A websérie “RED”, cuja terceira temporada começa a ser exibida nesta terça-feira (21), estreou em 30 de setembro de 2014 na Internet, no site Vimeo, e é a primeira produção brasileira com temática lésbica. O projeto conta a história de Mel Béart e Liz Malmo, atrizes que se conhecem durante a filmagem de um curta-metragem e acabam por levar para a vida real o envolvimento amoroso que vivem na ficção, como Scarlet (Mel) e Simone (Liz). A produção é 100% nacional e independente. Cada uma de suas temporadas conta com oito episódios.
As roteiristas Viv Schiller e Germana Belo notaram a carência de histórias com uma narrativa mais direta e realista, abordando casais de mulheres no cenário nacional. Influenciadas por seriados como “The L Word” e “Orange is the New Black”, além de casais da teledramaturgia brasileira mais recente, como “Clarina”, o apelido do par formado pelas personagens Clara e Marina da novela “Em Família” (Rede Globo), as autoras exploram as várias nuances da atração e relacionamento entre mulheres.
A viabilidade de um projeto com essa temática e formato no Brasil só é possível devido ao modelo de produção independente e às características próprias da Internet, como interatividade, liberdade de criação, custos mais baixos de produção e facilidade de acesso.
As duas temporadas de “RED” contam com mais de dois milhões de visualizações e já foram assistidas em 145 países. “RED” foi indicada ao New York Web Festival em dois anos consecutivos, nas categorias melhor websérie de língua estrangeira, melhor websérie dramática e melhor ator coadjuvante. No mesmo ano, também ganhou uma indicação na categoria melhor roteiro drama do Rio Web Festival.
Para garantir os fundos necessários para a produção de suas temporadas, a série contou exclusivamente com o apoio de seus fãs e followers através de campanhas de crowdfunding e de doações feitas diretamente pelo seu canal no Vimeo.
Em 2016, RED foi adquirida pela empresa francesa Vivendi (dona das plataformas Canal+, Studio Canal e Universal Music). A partir de então, passou a ser exibida também no Studio+, o primeiro app mundial dedicado à exibição de séries curtas.
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