Como bem lembra a personagem Veridiana (Laura Cardoso), passaram 26 anos, 7 meses e 5 dias desde que sua filha, Maria Adília (Inez Viana), deixou Vila dos Ventos, cidade fictícia de ‘Flor do Caribe’. Em cenas que vão ao ar a partir desta quarta-feira, Carol (Maria Joana) resolve ajudar a família de Lino (José Henrique Ligabue), gravando um vídeo de Veridiana ao lado dos netos, Lino, Dadá (Renata Roberta) e Candinho (José Loreto). Na gravação, a avó de Candinho pede que, caso se depare com este apelo na internet, a filha retorne à cidade, pois a família nunca será inteiramente feliz sem a presença dela entre eles.
A razão da partida? O público e os filhos de Maria Adília ainda desconhecem. É um segredo que permanece guardado apenas com a matriarca da casa. Quem mais sofre com a ausência da mãe, e o desconhecimento sobre quem é seu pai, é Candinho. O rapaz vive conversando com sua amiga, a cabra Ariana, sobre o assunto. E pergunta a qualquer um que passe à sua frente sobre pistas do paradeiro de sua família. Será que a iniciativa da Carol dará fim a esse sofrimento? Na entrevista abaixo, o ator José Loreto relembra os momentos curiosos das gravações e fala sobre a experiência de fazer a novela.
‘Flor do Caribe’ é escrita por Walther Negrão e tem a direção artística de Jayme Monjardim, direção geral de Leonardo Nogueira e direção de Teresa Lampreia e Thiago Teitelroit.
ENTREVISTA COM JOSÉ LORETO
O que você achou de Flor do Caribe ter sido escolhida para ser exibida em edição especial? Como recebeu a notícia da volta da novela?
Eu achei maravilhoso porque a novela é super solar, e o Rio Grande do Norte tem essa característica. Qualquer take feito por lá já dá um calor no coração. E essa novela do Walther Negrão é sensacional! O meu personagem é de uma leveza muito especial, é um dos que me deu mais prazer em fazer.
Qual a importância de Candinho na sua carreira? Como se preparou para a personagem?
O Candinho foi muito importante para mim porque eu tinha acabado de fazer ‘Avenida Brasil’, minha primeira novela do início ao fim. Antes, eu tinha feito várias participações, e o Candinho veio logo depois do Darkson. Eram dois personagens completamente diferentes. Isso permitiu que eu pudesse mostrar melhor o meu trabalho para o público. Também foi muito importante para que outros diretores e autores, que ainda não conheciam o meu trabalho, pudessem me ver de outra forma. Acho que foi um trabalho positivo em todos os sentidos. Para esse trabalho, foi a primeira vez que eu li “Grande Sertão: Veredas”. Também vi muitos filmes de referência (mais lúdicos) para dar a leveza que a trama do Candinho pedia. Acho que consegui. Tive muita força de todos que estavam a minha volta.
Qual a cena mais difícil?
As cenas mais difíceis foram as das dunas, onde eu andava com a cabra, e as patas dela afundavam na areia. A gente passou mais de um mês gravando em pequenas cidades. Gravamos em Natal e em uns lugares muito pequenos também. E eu sempre lá, com a minha cabra inseparável! (risos) As cenas de monólogo, de diálogo com ela, também foram difíceis porque, às vezes, ela fazia xixi ou olhava pro lado. Eu tinha que estar muito atento para lidar com essas improvisações. (risos)
Que lembranças te marcaram das viagens de gravação?
Passei um mês no Rio Grande Norte. Tenho um carinho lindo por cada lugar que estive e que me acolheu. Anos depois, voltei a um restaurante que eu nem lembrava que tinha ido. Só lembrei quando vi uma plaquinha com o meu nome dizendo que eu tinha estado lá. Depois disso, veio um filme na minha cabeça. Me lembrei de tudo que tínhamos vivido durante as gravações.
Como foi a parceria com Laura Cardoso?
Foi um grande sonho trabalhar com a Laura Cardoso, uma atriz que eu acompanho há muitos anos. Ter sido o neto dela, mas tratado como filho, foi um presente! Foi incrível poder trocar e observar aquela mulher deslumbrante.