O ator Marcelo Faria chega em breve aos capítulos de ‘Alma Gêmea’ no ‘Vale a Pena Ver de Novo’, como o personagem Jorge, mas já adianta, em entrevista, como foi realizar esse trabalho que segue um sucesso de audiência. Na trama, Jorge foi um homem rico, mas perdeu tudo por uma causa misteriosa. Orgulhoso, esconde os remendos das roupas para se manter elegante. Vive com uma pequena pensão, de origem desconhecida para o público, e mora de aluguel em um pequeno prédio de apartamentos. No decorrer da história, vira um dos pretendentes de Mirna (Fernanda Souza), mas também se envolve com Kátia (Rita Guedes). Abaixo confira a entrevista com o ator:
Entrevista com Marcelo Faria
Como construiu o Jorge de ‘Alma Gêmea’?
Fiz o trabalho com a Katia Achcar, preparadora, e procuramos criar uma personagem meio desastrada como disfarce para a malandragem encoberta por ele, no sentido de ludibriar as mulheres. Foi divertido. Jorge entrou mais para a metade da trama e foi para o núcleo cômico do Emílio Orciollo e da Fernanda Souza, além do mestre Emiliano Queiroz. Foi um presente do Jorginho e do Walcyr.
Qual foi a cena mais difícil de gravar durante ‘Alma Gêmea’? E a mais divertida?
As cenas de chiqueiro eram as mais difíceis, pois tínhamos que ter roupas duplas para gravar. Mas ao mesmo tempo nos divertíamos. O Crispim sempre jogava os pretendentes da Mirna no chiqueiro, o Jorge foi o único que jogou o Crispim lá.
E como foi a parceria com o elenco?
Vários amigos faziam parte do elenco: Emílio Orciollo, Du Moscovis, Malvino Salvador, Drica Moraes, Priscila Fantin, Flávia Alessandra e os diretores, Jorge Fernando, Pedro Vasconcelos e Fred Mayrink.
A novela fez muito sucesso. Como era a repercussão do personagem?
Um sucesso nas ruas e o resultado: a capa do CD Internacional. Isso era um presente para o ator. Foi o primeiro personagem que fiz sem ser o galã conquistador.
Quais as principais lembranças que guarda desse trabalho e da rotina de gravação? Alguma curiosidade?
A sequência final do Jorge sendo preso após tentar se casar pela nona vez foi marcante. Chegam várias esposas e vários filhos de diferentes lugares do Brasil cobrando o marido. Foi bem engraçado e ele termina expulso da cidade.
Gosta de rever trabalhos antigos? De que forma mexem com você?
É sempre nostálgico, mas não procuro assistir as sequências inteiras, os dias são corridos e os projetos nos engolem. Às vezes, procuro determinadas cenas para colocar nas redes sociais.
Como foi a parceria com o Walcyr Carrasco?
Esta foi a única vez que trabalhei com o Walcyr. Adoro o trabalho dele e a forma que ele escreve. Nos falamos por telefone estes dias para um projeto teatral que estou desenvolvendo com o Pedro Vasconcelos.
Quais são seus próximos projetos? Pode adiantar alguma coisa?
Estou produzindo a montagem de “Tieta do Agreste” no teatro sem atuar e um longa-metragem chamado “Milhares de Solidões”, que irei protagonizar.
Criada e escrita por Walcyr Carrasco, com a colaboração de Thelma Guedes, direção de Fred Mayrink e Pedro Vasconcelos, direção-geral e direção artística de Jorge Fernando, ‘Alma Gêmea’ estreou em 2005, foi reexibida em 2009 na TV Globo, também no ‘Vale a Pena Ver de Novo’, e no Viva, em 2022.