“Interpretar o Armando foi muito diferente de tudo o que eu já tinha feito”, revela Marcelo Adnet ao falar de seu personagem na nova temporada da série policial ‘A Divisão’, produção Original Globoplay que ganha episódios inéditos semanais às sextas, até 27 de outubro. Bastante conhecido por sua veia humorística, o artista pode ser visto em uma faceta totalmente inovadora de seus papéis anteriores.
Empresário famoso e influente, Armando é sequestrado e vive momentos de tensão e angústia na trama. “Ele é um cara que tem sucesso, é carismático, inteligente, mas, ao mesmo tempo, é muito popular. Para entender a alma do Armando, quem ele é, não foi tão difícil. Mas para chegar nas emoções que ele sente, nunca tinha feito nada parecido. O personagem passa por uma situação muito pesada, e eu nunca tinha interpretado isso na minha vida”, descreve Adnet.
O caso de Armando é investigado pela Divisão Antissequestro comandada pelo delegado Mendonça (Silvio Guindane) e o chefe de investigação Santiago (Erom Cordeiro). Os pais de Armando são interpretados por Nivea Maria e Roberto Pirillo, enquanto Gabriel Godoy dá vida a Marcelo, primo de Armando que fica à frente das negociações com a DAAS. Adnet ainda reflete sobre a vivência na ficção: “Como nos ensina, como amei aprender e a mergulhar mais profundamente na dramaturgia. Foi uma experiência sensacional”.
A nova temporada de ‘A Divisão’ conta ainda com a volta de Cinnara Leal como a médica Fernanda e de Branca Messina como Lavínia, a ex-corregedora da polícia civil que agora se dedica à DAAS; as participações de Neusa Borges, Tony Tornado, Dudu Nobre, Marcello Melo e José Junior, criador da série que também entra em cena no último episódio; entre outras novidades do elenco: Jorge Jeronymo, Aisha Jambo, Alice Morena, Ricardo Chantilly, Ana Carolina Dias, Felipe Roque, Diego Raymond, Carol Tavares, Rogério Casanova, Thiago Thomé, Rafa de Martins, Pedro Caetano, Rennan da Penha, Rose Haagensen.
‘A Divisão’ é uma obra Original Globoplay, criada por José Junior e José Luiz Magalhães, com direção geral de Lipe Binder. A série é escrita por José Junior, José Luiz Magalhães, Gustavo Rademacher, Bárbara Velloso e Clara Meirelles. A produção é feita por AfroReggae Audiovisual e A Fábrica. As duas primeiras temporadas estão disponíveis na íntegra no Globoplay.
Entrevista com Marcelo Adnet
É a primeira vez que você interpreta um personagem com carga dramática. Como foi o convite para fazer a série?
Interpretar o Armando foi muito diferente de tudo o que eu já tinha feito. O que me atraiu nesse projeto, em primeiro lugar, é trabalhar com o José Junior, que é um cara que eu acho admirável e tem projetos que fazem a diferença para muitas pessoas, principalmente no Rio de Janeiro, uma cidade tão complexa, tão difícil de captar a essência. Vejo nele uma dimensão muito importante para o audiovisual, para a cultura carioca, para a representatividade, isso me atraiu primeiro. Depois, o papel dramático em si. O Armando é um cara solto, engraçado, leve, carinhoso, gente boa e que passa por situações muito difíceis e dramáticas durante a série. Para mim, é sempre legal fazer uma coisa diferente daquilo que o público está acostumado a ver. Então, tem um desafio também como ator, que é muito interessante para mim. E, claro, atuar ao lado de pessoas incríveis, também é sempre um aprendizado.
Como você descreve o Armando?
Ele é um cara que tem sucesso, é carismático, inteligente, mas, ao mesmo tempo, é muito popular. Para entender a alma do Armando, quem ele é, não foi tão difícil. Mas para chegar nas emoções que ele sente, nunca tinha feito nada parecido. O personagem passa por uma situação muito pesada, e eu nunca tinha interpretado isso na minha vida. O sequestro transforma totalmente o Armando. Acho que como transforma qualquer um. Nos sentirmos vulneráveis, da noite para o dia sem nossa liberdade, sem nosso espaço, sem as pessoas que amamos. Nossos hábitos, vícios, costumes. Sem banho, sem comida, sem afeto, sem possibilidades. É algo tão radical, e que você não sabe se vai sobreviver, que muda a vida de qualquer um. Quem sobrevive a essa experiência passa a valorizar muito mais tudo o que tem. É na ausência que realmente damos importância à presença. O Armando olha para o infinito que há dentro dele mesmo, essa experiência de ficarmos sozinhos, isolados e sem saber se vamos sair vivos. Sem saber se vai voltar a dar um abraço na sua mãe, no seu pai. É uma situação que deixa qualquer um reconsiderando a sua vida inteira, reavaliando a vida inteira. É bem sofrido e que deixa marcas profundas nesse personagem.
E como foi a construção e a preparação para interpretá-lo?
Os momentos que passo na série começam em um lugar de glamour e poder e depois em um cativeiro. Tem um arco bastante grande para o personagem, internamente, as emoções dele e o que ele vive em torno dele. A preparação foi maravilhosa. É, em si, uma escola, um aprendizado que levamos para a vida. E cada momento da preparação é muito importante para criar um laço. O desafio de interpretar o Armando é que eu nunca passei por isso na minha vida, para ser sincero, poucas vezes imaginei passar por algo assim. Então, é uma vivência que não sei como é. Se eu tivesse fazendo um jogador de futebol, tenho mais ou menos ideia. Se eu tivesse que fazer um advogado, eu conheço alguns. Pessoas de outras profissões, também. Mas sequestro, nunca estive em um cativeiro, eu não conheço particularmente uma pessoa que foi sequestrada. É uma emoção que eu definitivamente nunca vivi nada parecido.
Qual sua expectativa para o público vê-lo em uma faceta totalmente diferente?
Acredito que esse papel mais dramático e intenso surpreenda o público, que está acostumado a me ver fazendo comédia, fazendo graça, imitação, música e, dessa vez, vai me ver em um papel diferente. Eu espero gerar alguma identificação também, alguma empatia do público com a trajetória do Armando.
Para você, qual o balanço dessa experiência na nova temporada da série ‘A Divisão’?
Fazer parte de ‘A Divisão’ significa uma entrada na dramaturgia, eu botar um pé com força nesse gênero que para mim não era até aqui o mais natural. É um encontro mais intenso, mais maduro com a dramaturgia, que eu espero que renda frutos e que me abra horizontes para outros trabalhos. Como nos ensina, como amei aprender e a mergulhar mais profundamente na dramaturgia. Foi uma experiência sensacional. Foram cenas muito intensas que não tem como você manter um distanciamento 100%, você se envolve. Essa experiência me ajudou também emocionalmente, expandindo o meu horizonte emocional. Por mais que seja ficção, saímos do set um pouco abalados no fim do dia. Sofremos de verdade também. Eu chegava em casa com uma sensação de valorização da vida, a vida que eu tenho, o fato de estarmos vivos. É muito intenso.
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