
Depois de se tornar mãe de Liz Didone Rossi, fruto do seu casamento com seu ex-marido, Flávio Rossi, Juliana Didone começou a consumir conteúdo sobre maternidade para entender melhor esse novo momento da sua vida, motivo pelo qual ficou atraída por um livro chamado “60 Dias de Neblina” (de Rafaela Carvalho).
Disposta a retornar aos palcos com um monólogo derivado do livro “60 Dias de Neblina”, a atriz entrou em contato com a escritora, com o intuito de encomendar o roteiro da peça teatral sob medida, sendo prontamente atendida. Ao Noticiasdetv.com, a atriz explicou que o espetáculo está em fase de captação.
“O desejo tem um poder enorme na condução da nossa vida né. Eu sempre ando atenta pra escutar quais são eles, e correr atrás de realizá-los. Abrindo as portas pro que eu quero fazer, no que eu acredito. E foi assim, na cara e na coragem que mandei email pra Rafa, nem sabia que a guria era tri legal. Mas com a certeza de que ela entenderia que precisávamos dar luz a textos tão bem humorados sobre um tema tão delicado. Tinha que transformar o livro em peça de teatro! Aqui estamos. Já já vocês vão ouvir falar e, espero, assistir @60diasdeneblina. Vem com a gente!” justifica Juliana Didone sobre a encomenda feita para Rafaela Carvalho.
“Em Dezembro, quando a atriz Juliana Didone me procurou eu fingi costume. Dias depois, o carro estacionado em frente à escola das crianças, esperando o horário de buscá-los, abro meu e-mail. A leitura foi mais ou menos assim: Oi Rafaela, Li seu livro / me deu vontade de ler para o mundo / peça de teatro. A partir daí foi um enorme blá-blá-blá, whiskas sachê, blá-blá-blá, peça de teatro. E agora me diz, como entrar na escola, dar oi para a professora, perguntar se está tudo bem, se a vontade é de beijar até o senhorzinho cujo cachorro defecou ao lado da porta do passageiro? Respirei, peguei as crianças. Fomos comprar sorvete no drive-trough de uma rede de fast-food. Comemos no carro. Afinal, quem liga pra carro? Na primeira conversa por telefone com a Ju, não assimilei metade do que ela disse. Lembro dela explicar que precisaríamos de um roteiro, uma personagem, uma história. Um contexto para as crônicas. Pensei comigo: Tranquilo, ela conhece profissionais excelentes pra fazer essa parte. Estou em boas mãos. Foi somente na segunda ligação que entendi que quem faria o roteiro era eu. Euzinha. Eu estava nas minhas mãos. Aí foi uma montanha russa. Recolhi o queixo do chão, disse que não conseguiria, oscilei entre sentimentos. Até que parei de me sabotar, sentei a buzanfa em frente ao computador e prometi que iria escrever essa peça ou não me chamaria Rafaela. Prazer, Manoela. Mentira, escrevi! Seis meses! Entre conversas, pesquisas, oásis das 22:30, áudios de WhatsApp, vergonha, lágrimas, risadas, muitas gargalhadas, a história nasceu. E cada vez que eu e Ju conversamos é uma empolgação que, mantendo a sinceridade, me dá medinho. Há meses quero gritar para o mundo. E não quero gritar que escrevi um livro em um período de vulnerabilidade e que virou uma peça de teatro”, relata Rafaela Carvalho sobre o convite realizado por Juliana Didone.