Embora sua superexposição em diferentes tipos de mídias ao lado do seu namorado, Gabriel Leone, não seja das coisas mais agradáveis de se ver por aí, Carla Salle está provando potencial para interpretar mulheres com camadas profundas na supersérie “Onde Nascem Os Fortes” (de George Moura e Sérgio Goldenberg).
Como o elenco havia antecipado para a equipe do site Noticiasdetv.com durante a coletiva de imprensa da trama, ela recebeu a incumbência de viver uma das personagens mais interessantes da história: a automutilação de Valquíria, por causa de Aldina (Camila Márdila), é uma proposta inédita na dramaturgia da Rede Globo.
Neste papel, ela esbanja maturidade e naturalidade, coisa rara no casting do primeiro escalão da emissora carioca. Ela faz parte de uma nova geração que, aparentemente, se preocupa mais com o talento e menos com a fama. Geração essa que também conta com Alice Wegmann, Isabelle Drummond e Júlia Dalavia.
Quando estreou na televisão, no ano de 2011, como Natália em “Malhação – Conectados” (de Ana Maria Moretzsohn e Ingrid Zavarezzi), ela teve um bom desempenho ao lado dos seus colegas de cena, Alejandro Claveaux, Bia Arantes e Caio Paduan, mas aparentava que iria emendar arquétipos supérfluos ao longo da sua trajetória.
Isso apenas se confirmou quando vieram as oportunidades de viver Melissa em “Sangue Bom” (de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari) e Heloísa em “Babilônia” (de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga). Felizmente, apesar de supérfluos, esses arquétipos não eram semelhantes: ela não paralisou na zona de conforto.
Sua maior chance veio através da Leila de “Totalmente Demais” (de Rosane Svartman e Paulo Halm), um misto de pessoa bruta e sedutora. Por causa da falta de destaque de Maria em “Os Dias Eram Assim” (de Ângela Chaves e Alessandra Poggi), Valquíria pode ser interpretada como uma oportuna “correção”.