Quando começou a ser divulgada para a imprensa e para o público, a novela “Deus Salve O Rei” (de Daniel Adjafre) prometia uma história recheada de ingredientes como, por exemplo, aventura, drama, humor e romance, tal como ocorreu com maestria em “Novo Mundo” (de Thereza Falcão e Alessandro Marson).
Mas, o que se vê no ar é uma narrativa deficiente, fruto da inexperiência de Daniel Adjafre como titular e das fantasias da população brasileira, que tenta prender o telespectador através de uma forçação de barra para a “shippação” do casal protagonista, Afonso (Romulo Estrela) e Amália (Marina Ruy Barbosa).
Apesar de Afonso não poder ser considerado um herói por cometer a irresponsabilidade de deixar o reino de Montemor nas mãos do seu irmão imaturo, Rodolfo (Johnny Massaro), em função do comportamento mimado de Amália, Romulo Estrela está brilhando na pele do seu primeiro protagonista e isso salva a trama.
Esse personagem fica prejudicado em função da chatice de Amália, que não dá valor ao seu esforço para abdicar a nobreza e virar plebeu. O ideal seria a sinopse seguir seu curso inicial, com Amália morrendo e Afonso se casando com Catarina (Bruna Marquezine), o que não vai mais acontecer.
Além disso, os desempenhos de Marina Ruy Barbosa e Bruna Marquezine continuam ruins, agora somados aos de José Fidalgo e Tatá Werneck. É uma pena ver bons atores fazendo figuração: Bia Arantes, Caio Blat, Leandro Daniel, Marcello Airoldi, Marco Nanini, Maria Manoella, Marina Moschen, Ricardo Blat e Rita Êlmor.
A produção está claramente enrolando para mostrar a tão aguardada guerra civil entre Artena e Montemor, provocada por Constantino (José Fidalgo), que irá ao ar apenas por volta do capítulo 55, mais precisamente no dia 13 de março, o que afeta seu acompanhamento. Espera-se que, a partir de então, as coisas andem.