Imagine se a história de Alice no País das Maravilhas fosse contada nos dias de hoje, num mundo digital e computadorizado, com notebooks, softwares, banda larga, antivírus, spywares e toda a variedade de criações deste novo mundo conectado? Este é o enredo do musical “Alice no País da Internet”, espetáculo teatral que estreia no sábado, dia 15 de julho, às 19:30h, no Vivo Rio, em cartaz por todo mês de julho, sábados e domingos, com sessão extra na sexta-feira, dia 28. Com patrocínio da Vivo, a fábula, agora reescrita fantástica e ludicamente na forma de musical pelo roteirista Chiquinho Nery, que assina a direção ao lado de Cláudio Handrey, traz Heloisa Périssé no papel principal, com um “detalhe” mais do que especial: a atriz sobe ao palco pela primeira vez ao lado das filhas Antonia Périssé, de 10 anos, e Luisa Périssé, de 18 anos, que estreiam, juntas, nas artes cênicas.
O texto de Chiquinho Nery faz alusões diversas à obra de Lewis Carroll, escrita em 1865, resgatando alguns importantes personagens, mas agora reinseridos neste novo contexto hipermídia. Desta vez, Alice não cai na toca de um coelho, mas dentro de um computador, passando a conhecer, então, um novo leque de personagens e terminologias. De imediato, Alice conhece Bob Mouse, o mouse do computador, mas, considerado pela própria, um objeto “ultrapassado” pelo touchscreeen. A personagem a introduz neste vasto campo semântico (HD, memória ram, Control , Alt , Del, Control C, Control V, Instagram, Facebook, Snapchat, etc…) e busca, até o final, ajuda-la, alertando sobre os perigos da rede, vírus, malware, dentre outros.
A odisseia reserva novas surpresas, como a personagem Caipira, que leva Alice para passear na partitura de “O Trenzinho Caipira”, de Heitor Villa-Lobos; resgatando sua história e importância na cultura nacional.
Antonia Périssé interpreta a Coelha, hiperativa e apressada como a personagem original, mas que aqui conecta Alice ao verdadeiro País das Maravilhas, onde existe educação, saúde e cultura para todos, preservação da natureza, proteção aos animais. Luisa Périssé interpreta a Rainha de Copas, mostrando a vaidade e prepotência da personagem da história original, mas ganhando uma roupagem mais contemporânea.
Obviamente, não poderia faltar ao texto de Chiquinho Nery a figura do Chapeleiro Maluco que, nesta releitura lúdica, guarda as memórias (informações, dados) em chapéus-pen drives, sem perder a sua principal característica de estar perpetuamente destinado a beber chá, parando o tempo às 5 da tarde.
Dentro do computador, Alice encontra um vírus de computador que se apresenta disfarçado de Mosquita da Dengue (Aedes Aegypt).
Nesta versão, o Gato Risonho é chamado de Billy Cat, o provedor 4G, educado e bonito, que leva Alice a uma viagem inesquecível e educativa pelas Sete Maravilhas do Mundo Moderno, a bordo do aeroplano 14-BIS, de Santos Dumont. A odisseia começa nas Muralhas da China, passa pelas Ruínas de Petra, segue para as Ruínas de Chichén Itzá, Machu Picchu, Coliseu, Taj Mahal; e termina no Cristo Redentor na Cidade do Rio de Janeiro.
O musical também conta com os seguintes atores: Cláudio Handrey (Vírus), Danilo
Ferreira (Billy Cat), Rogério Freitas (Caipira), Sergio Duarte (Chapeleiro Maluco) e Luciano Borges (Bob Mouse).
A trilha sonora é composta por obras de grandes compositores da música universal, tais como: Villa-Lobos, Beethoven, Vivaldi, Rossini, Chopin, Tchaikovsky, etc…
O espetáculo conta com quatro números de animação de Ricardo Monteiro. Os Arranjos e Direção Musical são de Nico Rezende, cenários de Alexandre Murucci, figurinos de Marcelo Marques e coreografia de Suely Guerra. Idealização e roteiro de Chiquinho Nery e direção conjunta de Chiquinho Nery e Cláudio Handrey.
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