Estreou, nesta segunda-feira (4), a novela “A Lei do Amor” (de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari), dirigida por André Barros, Denise Saraceni, Giovanna Machline, Natália Grimberg, Natália Warth e Oscar Francisco, que, com um capítulo, já demonstra que está devolvendo qualidade para o horário nobre da Rede Globo. A dignidade da faixa estava perdida desde 2012, quando “Avenida Brasil” saiu do ar. É que o que veio entre uma e outra, apesar de ter sido bem planejada, não foi bem executada. Os créditos são da falta de criatividade dos autores veteranos e da intervenção do diretor de dramaturgia Sílvio de Abreu.
Apesar de ter uma história considerada clichê, que não foge do molde folhetinesco, principalmente por conta da sua narrativa contada em duas fases, assim como algumas das suas antecessoras, “A Lei do Amor” se diferencia de “Salve Jorge”, “Amor à Vida”, “Em Família”, “Império”, “Babilônia” e “Velho Chico” – com a exceção de “A Regra do Jogo”, que teve uma excelente trama policial, mas pecou por causa do seu núcleo intragável de humor – por apresentar um texto sensível e uma série de escalações acertadas, apesar de que ainda incomoda a cansativa repetição de elenco, ou seja, a típica panelinha de sempre.
Então, qual é o diferencial de “A Lei do Amor”? Os autores-roteiristas Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari souberam estruturar o argumento que escreveram, planejando uma história humanizada, do início ao fim, para depois executar, sem subestimar a paciência do público para ficar uma hora por dia na frente da televisão. O oposto de “Babilônia” e “Velho Chico”, que pareceram não se importar com seu séquito, por vaidade. A diretora artística, Denise Saraceni, por sua vez, tratou de corrigir os erros das duplas fases que vieram antes. Os atores foram preparados para ficarem muito parecidos nas camadas das suas interpretações.
Os destaques do primeiro capítulo da nova novela das 21h são Daniel Ribeiro, Denise Fraga, Tarcísio Meira e Vera Holtz. São talentos que não fazem parte da panelinha de sempre e que, por causa disso, merecem aparecer mais vezes em papéis de destaque. Uma pena que dois se despedem ainda nesta semana e um entra em coma na segunda fase. Chay Suede, apesar do seu excelente desempenho e dom para ser mocinho, ainda não se diferenciou do que fez em “Rebelde” e “Babilônia”. Isabelle Drummond, camaleoa, está no seu melhor momento e merece todos os reconhecimentos no ano que vem.
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