Apesar de não ser estreante, o ator Rômulo Estrela, que atualmente está interpretando uma espécie de vilão, um perigoso bandoleiro chamado Gaspar, que lidera o tráfico negreiro (comercialização de escravos com cor de pele negra), na novela “Liberdade, Liberdade” (de Mário Teixeira e Márcia Prates), dirigida por André Câmara, Bruno Safadi, João Paulo Jabur, Pedro Brenelli e Vinícius Coimbra, está mostrando mais uma vez que merece ser protagonista. O público não aguenta mais ver os mesmos atores sendo mocinhos nas produções da emissora carioca e, muitas vezes, esses eleitos não estão preparados para tamanha responsabilidade, ao contrário de Rômulo Estrela.
Embora não apareça com frequência na novela “Liberdade, Liberdade”, o ator brilha na pele de Gaspar, cada vez que o personagem surge em cena, além de estar muito bem assessorado e gerido por uma equipe de conteúdo artístico. Esse é um papel desafiador, com um sotaque específico, com uma expressão corporal específica e com uma índole assustadora, ou seja, diferente do que o ator fez em seus dois trabalhos anteriores, que são as novelas “Além do Tempo” (de Elizabeth Jhin) e “Além do Horizonte” (de Carlos Gregório, Marcos Bernstein e Ricardo Hofstetter), nas quais interpretou figuras semelhantes: Roberto e Álvaro.
Apesar de Roberto e Álvaro terem o mesmo perfil (canalha mulherengo), o ator soube construí-los em lados opostos. O próprio Roberto de “Além do Tempo” apareceu repaginado na segunda fase, em nada lembrando o personagem da primeira fase, o que demonstra a dedicação do ator, que, apesar de ainda não ter sido protagonista na televisão, já teve os papéis principais do filme “Depois de Tudo” e da peça teatral “Apartamento 171”. Então, atenção produtores de elenco: Rômulo Estrela está preparado para interpretar um mocinho, por mais chato que o personagem seja. Ele é bom em figuras duvidosas, mas merece ir além.
Para quem não sabe, o ator Rômulo Estrela estreou na televisão em 2004, vivendo o lutador Minotauro na novela “Da Cor do Pecado”, já que também luta na vida real. Na Rede Record, ele fez “Essas Mulheres”, “Caminhos do Coração”, “Os Mutantes”, “Promessas de Amor”, “Bela, A Feia”, “Rei Davi” e “Balacobaco”. Na Rede Globo, ele fez “Cobras & Lagartos”, “Malhação 2007”, “Duas Caras”, “Por Toda a Minha Vida”. Mas, foi com “Além do Horizonte“ e “Além do Tempo“ que ele ficou conhecido pelo público, o que lhe possibilitou atuar nos filmes “Em Nome da Lei“ e “Depois de Tudo“, além da novela “Liberdade, Liberdade“. Em paralelo, ele carrega uma trajetória no teatro. Entre os diferentes trabalhos realizados, se destaca a peça teatral “Apartamento 171”, na qual contracenou com os atores Amanda Richter, Antônio Rocha Filho, Camila Rodrigues, Fernanda Pontes, Matheus Souza, Raymundo de Souza e Renata Ricci, além de também ter sido produtor.
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