Em cenas previstas para irem ao ar a partir de amanhã, dia 5, ao saber da traição do irmão, que não contou sobre seu envolvimento com Aline (Barbara Reis), Caio (Cauã Reymond) decide se vingar com as informações deixadas por Cândida (Susana Vieira) antes de morrer, e revela a Daniel (Johnny Massaro) o passado de Irene (Gloria Pires). A atitude choca o irmão, que fica inconformado com a nova imagem criada de sua mãe.
Ainda no encontro familiar, na presença de Antônio (Tony Ramos), Irene, Daniel, Ademir (Charles Fricks), Petra (Debora Ozório), Luigi (Rainer Cadete) e Angelina (Inez Viana), Caio conta a todos que o irmão é filho de Ademir, fruto do relacionamento de sua madrasta com ele na juventude, para a surpresa de todos. Irene parece incrédula com o ataque e a notícia deixa Daniel descontrolado. Para fugir da situação, ele sai furioso de casa e ao volante do carro provoca um acidente na estrada, colocando sua vida em xeque. Petra e Luigi decidem ir atrás dele, mas não conseguem evitar o pior.
A sequência da revelação foi dirigida pelo diretor artístico Luiz Henrique Rios, que manteve o elenco concentrado durante todo o tempo no estúdio. A equipe presente se emocionou com a atuação e entrega do elenco envolvido na gravação. Uma curiosidade sobre a foto de Irene mostrada na gravação foi revelada pelo pesquisador da Globo e da novela, Celso Machado. “Localizei a foto no acervo fotográfico da Globo. É da novela ‘Mico Preto’, de 1990. Na trama, a personagem da Gloria Pires, a Sarita, também era prostituta. A diretora de arte Didi Maakaroun e o diretor artístico Luiz Henrique Rios escolheram a foto porque tem o clima da personagem no passado e porque é diferente do visual da Irene”, conta ele.
Já a sequência do acidente de Daniel, gravada em três dias, entre estúdio, externa no Rio de Janeiro e no Mato Grosso do Sul, foi conduzida pelo diretor-geral da novela, João Paulo Jabur. O ator Johnny Massaro, que se despede nesta semana da trama, comenta sobre a experiência. “Para mim, a sequência da morte do Daniel começa na revelação, pois é isso que detona toda a tragédia. Nesse sentido, foi mais desafiador gravar esse momento (da descoberta), já que era uma espécie de causa e consequência. O acidente foi uma gravação muito delicada e até bastante divertida, porque envolveu muita ação e muitos efeitos. Foi uma oportunidade única de aprender como isso funciona e de ver quanta gente precisa para que uma cena como essa seja segura de se realizar e emocionante de se assistir. A morte do Daniel estava prevista desde o princípio, o que não quer dizer que eu não tenha passado por um luto. Mas digamos que agora eu esteja naquele famoso “quinto estágio”, que é a aceitação. A sensibilidade é uma das matérias-primas do ofício da atuação, então é natural que a gente se envolva e se afete. E morte é sempre um tema delicado, seja na realidade ou na ficção. Já morri algumas vezes no teatro e no cinema, mas na TV é a primeira vez (risos)”, diz Johnny.
Cauã Reymond adianta como ficará Caio após a morte do irmão. “Ela vai ficar muito mexido, e carregará mais essa culpa, além do falecimento da mãe que já o assombra. No entanto, continua amando Aline. Mas ela seguirá conectada a Daniel e, até onde eu sei, não vai se permitir viver uma relação com o meu personagem. Ela usará sempre a figura do Daniel para se afastar desse sentimento novo”, revela o ator. Já a atriz Barbara Reis, intérprete de Aline, acredita que a personagem vai se abrir para Caio apesar de sofrer muito com a morte de Daniel. Ela fica devastada. Afinal de contas, é um grande amor. E também tem o sentimento de desilusão, pois ela descobre que Daniel já estava com a data do casamento para ser marcada. Aline percebe que ele a estava enrolando e não iria mesmo assumi-la. Além disso, vai carregar esse sentimento de culpa, já que foi um “pivô” da discussão entre os irmãos, o que culminou no acidente. Mas isso não vai impedir que ela se abra para o Caio. No entanto, faz com que ela se atrapalhe e empurre o Caio para ficar com outra pessoa”, adianta.
‘Terra e Paixão’ é uma novela criada e escrita por Walcyr Carrasco. A obra é escrita com Márcio Haiduck, Vinícius Vianna, Nelson Nadotti e Cleissa Regina. A direção artística é de Luiz Henrique Rios com direção geral de João Paulo Jabur e direção de Tande Bressane, Jeferson De, Joana Clark, Felipe Herzog e Juliana Vicente. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim e a produção é de Raphael Cavaco e Mauricio Quaresma.