A HBO Max está pós-produzindo DA PONTE PRA LÁ, nova série nacional em parceria com a produtora Floresta. Em sete episódios estrelados por Gabz, João Guilherme, Victor Liam, Marcello Antony, Augusto Madeira, Virginia Cavendish, Amandyra, Caio Horowicz, Alexandre Bittencourt Rafa Neves, Nina Tomsic, e Manu Morelli, entre outros, a produção traça um paralelo sobre as diferenças sociais e culturais dos jovens da periferia e do centro das grandes cidades. Traz também os desafios de uma juventude intensa que pulsa ao som de batalhas poéticas, do trap ao rap paulista.
Com produção executiva de Vicente Amorim, o drama investigativo fala sobre paixão e luto, temas contextualizados entre dois mundos divididos por um grande mistério. Nele, uma jovem periférica se infiltra na escola mais exclusiva da alta sociedade paulistana em busca de uma única resposta: quem matou seu melhor amigo?
Apesar de, a princípio, Enzo (João Guilherme) parecer apenas um riquinho bad boy que fará contraponto aos jovens de periferia seu intérprete antecipa que há muitas outras camadas. A ponto de encontrar semelhanças entre ambos. “A maioria das coisas que a gente tem de parecido são nossos maiores defeitos”, afirma o ator. “Eu me identifico com o Enzo em muitos lugares, porque ele tem uma realidade próxima da minha”, admite. “Eu nasci em São Paulo, a minha mãe [a ex-bailarina Naira Ávila] começou uma empresa muito cedo, então não faltou nada dentro de casa, estudei em colégios particulares e sempre tive amigos muito idiotas, seja por falta de educação em casa, seja pela falta de valores que também vejo no Enzo e, principalmente, nos amigos dele”, complementa ele.
Na história, Enzo é filho do Secretário de Segurança Pública de São Paulo, vivido por Marcello Antony. Porém, não tem uma boa relação com o pai. “Ele não sente amor dentro de casa, ele tenta respeitar o pai, mas ali só a mãe dele é que dá algum carinho”, lamenta João Guilherme, que é filho caçula do cantor Leonardo e também já chegou a falar sobre a ausência paterna enquanto crescia.
Outra coisa que distancia o personagem de um simples playboy adolescente é a amizade com Ícaro (Victor Liam), um jovem trans da periferia que vai estudar em sua escola e é visto como um “extraterrestre” pelos demais. “O Enzo é um dos que melhor aceitam ele”, comenta. “E aceita de verdade, dá atenção mesmo, de olhar no olho e tal. Ele está junto, de fazer amizade, de poder estar próximo mesmo.”
A morte de Ícaro acaba sendo um ponto de inflexão para o jovem, que toma um rumo diferente do grupo de amigos. “O Enzo se afasta deles depois de toda a catástrofe”, adianta. “Diferente dessas pessoas, ele não é tão raso, tão cheio de maldade no coração, mas é um menino, até então, fraco por dentro, sabe?.”
“Ele amava o Ícaro, amor de brother, de irmão mesmo”, continua. “Eu nunca perdi nenhum amigo, graças a Deus não tenho essas referências pessoais, mas só de imaginar já é emocionante bastante, tá ligado? Então, ele procura algo para amar de novo.”
É nesse ponto da trama que entra Malu (Gabz), que era a melhor amiga de Ícaro e vai se infiltrar entre os mauricinhos da escola particular com o objetivo de investigar o que de fato aconteceu. Ela vai se envolver romanticamente com Enzo.
“Quando ela chega, ele está congelado”, analisa. “Toda aquela coisa kamikaze, no fundo, talvez nem exista mais, porque ele não sente mais nada. Mas depois que conhece a Malu, ele volta a querer viver e ter aquele calor que ele tinha dentro dele. Então, eu vejo ele como uma montanha bem alta, e tá frio pra caralho lá em cima, e a Malu é o verão chegando, o sol.”
“Em “Da Ponte pra Lá” uma jovem da periferia investiga a morte de seu melhor amigo, um garoto trans, e descobre enormes fissuras e pontes inesperadas entre a elite e a quebrada numa série épica, íntima e musical ao mesmo tempo”, comenta Vicente Amorim, produtor-executivo/diretor artístico. “Rap, slam, batalhas de rima, rachas e festas de música eletrônica são o coração pulsante dos nossos personagens enquanto navegam as descobertas que vem com o final da adolescência numa cidade fraturada que é ao mesmo tempo lar, prisão e inspiração”, completa.
Dois rios atravessam a cidade de São Paulo que, conectada por pontes, reflete duas realidades muito diferentes. De um lado, a 10ª cidade mais rica do mundo, que é também o principal polo financeiro da América Latina. Em uma outra faceta, a redução de um terço na expectativa de vida e condições que equivalem a de muitos dos países listados entre os mais pobres do mundo. É o retrato desses extremos que dá vida à atmosfera de DA PONTE PRA LÁ, que reúne histórias urgentes e intensas de juventudes separadas por abismos sociais.
“Com ‘Da Ponte Pra Lá’ apresentaremos uma obra que possibilita discussões importantes sobre diferentes realidades e instiga o público a refletir conosco. O projeto dá continuidade ao nosso trabalho de criar e promover conteúdos que representam a cultura local e se conectam com o público brasileiro”, comenta Marcelo Tamburri, Head de Desenvolvimento de Conteúdos Roteirizados da Warner Bros. Discovery.
DA PONTE PRA LÁ é uma série para a HBO Max produzida pela Floresta. Criada por Thais Falcão e Erick Andrade, com roteiro de Luh Maza, Thais Falcão e Rafael Spínola e direção geral de Rodrigo Monte e de episódios de Giovanni Bianco, Luh Maza e Tatiana de Lamare.