Ouvir os nomes de personagens como Bionda, Tatuapu, Baldochi, Maria João, Van Damme, Beterraba, Nikos, Pierina e Brigitte é pura nostalgia. Dá vontade de voltar aos anos 2000 para acompanhar as aventuras dessa turma que movimentou a faixa das sete da TV Globo com ‘Uga Uga’. O Globoplay vai promover essa viagem ao tempo a partir desta segunda, dia 27 de fevereiro. As saudosas Nair Belo e Betty Lago, ao lado de Lima Duarte, Mariana Ximenes, Claudio Heinrich, Humberto Martins, Vivianne Pasmanter, Danielle Winits, Marcos Pasquim, Marcello Novaes e grande elenco proporcionam ao público uma maratona lotada de ação, humor e irreverência com a chegada da obra de Carlos Lombardi ao catálogo, pelo projeto de resgate de clássicos da dramaturgia.
Entre os destaques da época, a Bionda de Mariana Ximenes, que bombou com sua personalidade forte e invadiu as ruas com acessórios de seu figurino. “Vai ser muito divertido ter a chance de ver novamente essa história. ‘Uga Uga’ é uma novela divertida, hilária. E ter a chance de rever a Bionda, um papel que fiz com 18 anos, muitas lembranças passarão pela minha cabeça. Até hoje as pessoas comentam sobre a fuga dela vestida de noiva”, conta a atriz, se referindo à fama da personagem em abandonar seus noivos no altar. “Ela era uma grande rebelde, que só fazia o que queria. Isso é muito subversivo hoje, imagina há 23 anos”, comenta Mariana. “As pessoas se dividiam. Tinha quem adorasse o lado bem-humorado, rebelde e inconsequente dela e quem também me passasse um sermão, dizendo que era para ela tomar juízo. É divertido quando conseguimos chegar a tantas pessoas e de maneiras diferentes”, completa.
A história de Bionda se desenvolve em paralelo às duas tramas centrais que conduzem a novela, como a de Adriano/Tatuapu (Claudio Heinrich). A obra mostra as dificuldades do jovem, criado entre indígenas, que tenta se readaptar à vida em uma metrópole, depois de 20 anos. Após o falecimento dos pais em uma expedição à Floresta Amazônica, o órfão é criado por um Pajé (Roberto Bomfim). Enquanto isso, mesmo sem ter certeza de que o neto está vivo, Nikos Karabastos (Lima Duarte) não mede esforços para reencontrá-lo. Os traumas do passado também marcam o sargento Bernardo Baldochi (Humberto Martins) e sua ex-noiva, a mecânica Maria João (Vivianne Pasmanter). Para protegê-la de um perigoso criminoso que já prendeu, o oficial foge no dia do casamento e simula a própria morte. Desde então, sob a identidade de Bento, Baldochi mora em Costa Rica, cidade fictícia do Mato Grosso do Sul, a alguns quilômetros da selva onde vive Adriano/Tatuapu. Já Maria João, que continua em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, deixou o romantismo de lado para se transformar em uma mulher avessa a relacionamentos, principalmente às investidas do feirante Beterraba (Marcello Novaes).
Escrita por Carlos Lombardi, com colaboração de Margareth Boury e Tiago Santiago, ‘Uga Uga’ reúne ainda em seu elenco nomes como: Vera Holtz, Tato Gabus Mendes, Silvia Pfeifer, Stepan Nercessian, Wolf Maya, Juliana Baroni, Tatyane Goulart, Angelo Paes Leme, Heitor Martinez, Luciano Szafir, Maria Ceiça, Nelson Freitas, Alexandre Lemos e artistas que deixaram saudades. Entre eles, Françoise Forton, Geórgia Gomide e John Herbert.
Confira a entrevista completa com Mariana Ximenes, que descreve o saudosismo de rever a personagem Bionda e comemora a chegada da novela ao streaming da Globo.
ENTREVISTA COM MARIANA XIMENES
Como está a expectativa para rever ‘Uga Uga’ depois de 23 anos?
Vai ser muito divertido ter a chance de ver novamente essa história. ‘Uga Uga’ é uma novela divertida, hilária. E ter a chance de rever a Bionda, um papel que fiz com 18 anos, muitas lembranças passarão pela minha cabeça. Ela era uma personagem bem irreverente. Até hoje as pessoas comentam sobre a fuga dela vestida de noiva.
A Bionda bombou na época com sua personalidade forte e o figurino, que invadiu as ruas. Como a personagem te marcou?
Ela era uma grande rebelde, que só fazia o que queria. Isso é muito subversivo hoje, imagina há 23 anos. A recepção do público foi bem calorosa. Graças a figurinista Marilia Carneiro, que me ajudou a criar a Bionda do jeitinho que ela foi. Eu adorava me vestir de noiva e ela criou um modelito diferente do outro. Para mim, profissionalmente, foi a oportunidade de mostrar outros lados meus como atriz, afinal, Bionda era completamente diferente da Celi, de ‘Andando nas Nuvens’, que foi minha personagem anterior na Globo.
Sentiu essa repercussão?
Muito. As pessoas se dividiam. Tinha quem adorasse o lado bem-humorado, rebelde e inconsequente dela e quem também me passasse um sermão, dizendo que era para ela tomar juízo. É divertido quando conseguimos chegar a tantas pessoas e de maneiras diferentes. Curioso também esse tipo de história nos dias de hoje. A dramaturgia mudou muito, porque nós também nos transformamos.
Como era o clima das gravações? Lembra de alguma curiosidade dos bastidores que te marcou?
Foi muito gostoso, a turma era ótima. O Wolf (Maya) conseguiu reunir um timaço. No início, passamos um tempo em Ilha Grande para gravar e foi maravilhoso ter aquele tempo naquelas paisagens paradisíacas do Rio de Janeiro – um encantamento para uma paulista recém-chegada na Cidade Maravilhosa. Lembro também que eu fazia uma peça ao mesmo tempo da novela: “A Rosa Tatuada”, do Tennessee Williams. Era uma correria danada para conciliar, mas eu amava poder viver uma personagem moderna como a Bionda e outra “de época” no clássico do teatro.
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