A complexidade de Damião, um homem correto, engajado na política, que acaba se envolvendo com a esposa do melhor amigo e descobre ser filho de um político corrupto, deixou as melhores lembranças em seu intérprete, Malvino Salvador. O ator, que em ‘A Favorita’ fazia sua primeira novela das nove, diz que o trabalho ficou marcado como um dos melhores de sua carreira. “Foi a minha quinta novela e a primeira no horário nobre. O Damião vivia o dilema da amizade, da paixão e da traição. Depois teve de lidar com uma possível perda dos movimentos das pernas e em seguida com a descoberta do pai, que não conhecia e era seu inimigo político. Ou seja, é um personagem muito rico. Me realizava fazendo as cenas”, revela o ator.
A parceria em cena com Helena Ranaldi, que viveu Dedina, a esposa do amigo Elias (Leonardo Medeiros) por quem Damião se apaixona perdidamente, e a harmonia com o restante do elenco também ficaram guardados na memória de Malvino. “A Helena foi uma parceira incrível! Obstinada em realizar o melhor da cena. Tive o privilégio, ao longo da minha carreira, de ter participado de bastidores harmônicos e felizes. Esse trabalho foi um deles. A gente se divertia nas cenas do bar do Copola (Tarcísio Meira), quando juntava todo o elenco”, relembra.
Em entrevista, Malvino Salvador comenta um pouco mais sobre o trabalho em ‘A Favorita’.
No ar no ‘Vale a Pena Ver de Novo’, ‘A Favorita’ é escrita por João Emanuel Carneiro, com direção geral e de núcleo de Ricardo Waddington, direção de Paulo Silvestrini, Gustavo Fernandez, Roberto Vaz, Pedro Vasconcelos, Marco Rodrigo, Roberto Naar, Ary Coslov e Isabela Secchin.
ENTREVISTA COM MALVINO SALVADOR
O que mais te marcou em ‘A Favorita’?
‘A Favorita’ é um novelão! Daqueles que marcam um momento. O público ficava vidrado com a trama e esperava ávido pelos próximos capítulos. Ela surpreendia a cada momento. Não era óbvia. Lembro da minha reação ao ler os capítulos, na época. Eu ficava surpreso e ansioso para ler mais. Nós atores, nos surpreendíamos, assim como o público. Isso era muito estimulante nos bastidores. A cada novo bloco de capítulos que recebíamos era um alvoroço. Os atores e a equipe em geral comentavam com entusiasmo.
Como foi o processo de composição para interpretar o Damião?
Pratiquei capoeira, que era uma atividade que o personagem vivenciava. Assisti a alguns filmes e documentários sobre os movimentos sindicais, pois o Damião era sindicalista.
Como foi a parceria com a Helena Ranaldi e outros atores com quem mais contracenou?
A Helena foi uma parceira incrível! Obstinada em realizar o melhor da cena. Tive o privilégio, ao longo da minha carreira, de ter participado de bastidores harmônicos e felizes. Esse trabalho foi um deles. A gente se divertia nas cenas do bar do Copola (Tarcísio Meira), quando juntava todo o elenco.
De que forma essa novela foi importante para a sua carreira?
Foi minha quinta novela. A primeira no horário nobre. O Damião vivia o dilema da amizade, da paixão e da traição. Depois teve de lidar com uma possível perda dos movimentos das pernas e em seguida com a descoberta do pai, que não conhecia e era seu inimigo político. Ou seja, foi um personagem muito rico. Me realizava fazendo as cenas.
Qual a cena envolvendo seu personagem ficou mais marcada na memória?
Elencaria todas as cenas de Dedina e Damião, que são o enredo principal desses personagens.
Você gosta de assistir trabalhos antigos? Ou é muito autocrítico e prefere não rever?
Sempre digo que estou em constante evolução na minha carreira como ator. Naquela época, em 2008, tinha muita inexperiência ainda. Obviamente hoje faria escolhas diferentes em cena. Mesmo assim, gosto de rever os meus trabalhos. Me divirto.