‘O Cravo e a Rosa’ foi um marco na carreira de João Vitti. Além de seu personagem, o jornalista Serafim, ser um dos mais lembrados entre os que viveu até hoje, o ator decidiu fazer um importante movimento em sua vida durante o trabalho na novela. “‘O Cravo e a Rosa’ me trouxe tanta alegria que rompi com todos os preconceitos que eu tinha em relação ao Rio de Janeiro e decidi sair de São Paulo com minha família para viver na cidade onde sou feliz há mais de 20 anos”, conta o ator.
Novelas de época são os trabalhos na TV que o ator guarda com mais carinho. Para ele o processo de preparação é estimulante. “Amo fazer personagens que viveram em outros tempos. Aliás, muita gente me diz que tenho ‘cara de personagem de época’. Antes de ‘O Cravo e a Rosa’ tinha feito ‘Éramos Seis’ e ‘O Direito de Nascer’, que de certa forma me ambientaram para esse trabalho”, acredita. Em entrevista, o ator revela um pouco mais sobre o trabalho na obra e os bastidores.
‘O Cravo e a Rosa – Edição Especial’ tem autoria de Walcyr Carrasco, coautoria de Mário Teixeira e colaboração de Duca Rachid, direção-geral de Walter Avancini e Mário Márcio Bandarra e direção de Amora Mautner. A direção de núcleo é de Dennis Carvalho.
ENTREVISTA COM JOÃO VITTI
Como está sendo relembrar ‘O Cravo e a Rosa’ e sentir o retorno do público?
Assisto sempre que posso e com muita alegria. ‘O Cravo e a Rosa’ é uma unanimidade entre o público, não conheço quem não goste da novela.
Na sua opinião, quais fatores fazem a novela ser sucesso em todas as exibições?
Acredito que a fonte está no talento e inspiração do Walcyr Carrasco em sua adaptação para a TV da obra de Shakespeare, ‘A Megera Domada’, e no elenco extraordinário que o Dennis Carvalho e o Walter Avancini reuniram.
Qual a importância desse trabalho em sua carreira?
Poder contracenar e aprender com grandes atores que admiro e respeito como Ney Latorraca, Luís Melo, Carlos Vereza, Eva Todor, Pedro Paulo Rangel, Eduardo Moscovis, Adriana Esteves, Drica Moraes, entre outros, e ter tido a oportunidade de ser dirigido pelo mestre Walter Avancini. E na minha vida pessoal ‘O Cravo e a Rosa’ me trouxe tanta alegria que rompi com todos os preconceitos que eu tinha em relação ao Rio de Janeiro e decidi sair de São Paulo com minha família para viver na cidade onde sou feliz há mais de 20 anos
O que você mais gostou ao interpretar esse personagem?
Amo fazer personagens que viveram em outros tempos. Aliás, muita gente me diz que tenho ‘cara de personagem de época’. Antes de ‘O Cravo e a Rosa’ tinha feito ‘Éramos Seis’ e ‘O Direito de Nascer’, que de certa forma me ambientaram para esse trabalho
Conte um pouco sobre a personalidade do jornalista Serafim.
Serafim é um autêntico caça-dotes, ambicioso, interesseiro e covarde.
Como foi a parceria com o elenco, alguma mais especial?
Todos os encontros foram especiais e significativos. A história dos bastidores, as relações de amizade e companheirismo que foram sendo construídas entre os atores, diretores e equipe também aparecem subjetivamente na tela da TV, refletindo uma aura de muito brilho e alto astral. Parte considerável do sucesso da novela tem suas raízes nesse valor inestimável e essencial para um trabalho onde iríamos conviver quase diariamente por muitos meses.
Qual a principal lembrança que você guarda do período de gravação da trama e dos bastidores?
São muitas as boas lembranças que guardo das gravações e dos bastidores, mas nada se compara as caronas que eu dava para o Ney Latorraca quando voltávamos dos Estúdios Globo. Era uma hora de gargalhada me segurando para não fazer xixi na calça. O Ney é uma pessoa incrível, por quem eu tenho um carinho imenso.
Até hoje o público fala da novela com você, mesmo antes da reprise? Como são essas abordagens?
Sim, sempre e com muito carinho. As pessoas iniciam a abordagem comigo rindo ao falar sobre o jornalista Serafim.
Você é muito autocrítico ao rever um trabalho antigo?
Depois do trabalho não, mas durante sim. Não gosto de assistir minhas cenas quando estou gravando, com o trabalho no ar.