Nas cenas previstas para irem ao ar essa semana em ‘Além da Ilusão’, Joaquim (Danilo Mesquita) segue empenhado para prejudicar Rafael (Rafael Vitti) e conseguir retomar o posto de noivo de Isadora (Larissa Manoela). O administrador vai usar Iolanda (Duda Brack) e Margô (Marisa Orth) em busca do seu objetivo e propõe a elas se juntarem contra o rapaz, custe o que custar. Mas Margô está atenta às intenções dele e faz jogo duro, enquanto convence Iolanda de que aliar-se a Joaquim pode ser uma forma de saírem do vermelho na companhia de teatro.
Joaquim sabe o quanto a companhia é importante para elas e usa as ameaças do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) ao espetáculo para convencê-las a se mudarem com ele para Campos e juntos desmascarem Rafael. Ele aproveita ainda a descoberta sobre a paternidade de Toninho para colocar Rafael contra a parede e arma para separá-lo de Isadora com a revelação de que ele é o pai do menino. No entanto, precisa convencer as duas a toparem o acordo e sugere montarem a peça no Cassino de Constantino (Paulo Betti), mas terá de abrir mão de uma boa quantia para sustentar as vedetes na cidade.
Confira as entrevistas com Duda Brack e Marisa Orth:
Entrevista com Duda Brack
Como você define a sua personagem?
Eu vejo a Iolanda como uma sobrevivente, se pudesse defini-la com uma palavra só. Para o contexto da sociedade na época, ela é uma mulher marginal, está à margem do modelo de mulher da sociedade da época: mãe solo nos anos 1940, artista, vedete do teatro de revista que saiu de casa muito cedo para se jogar nas estradas e acreditar no sonho de fazer arte, e teve de lidar muito cedo com a realidade do que era o mundo para uma mulher naquela época. Então, todas as vilanias que ela comete na trama têm isso muito claro como pano de fundo; ela foi ganhando malícia e jogo de cintura para sobreviver às questões com as quais se deparava: de fome, de dificuldade financeira, de filho pra criar. Acho que ela tem na Margô uma âncora, uma espécie de farol; creio que seja a grande referência dela, uma mãe, madrinha, amiga. Apesar de saber da realidade em que está inserida, de como o mundo a enxerga e do quão limitador isso pode ser, ela é uma mulher que quer acreditar na arte, no amor – ela é romântica também. É uma mulher visceral, sonhadora, idealista e forte, mas também tem seu lado frágil, com uma carência e solidão enormes. É uma personagem linda, cheia de camadas, com muito borogodó.
Em que/quem se inspirou para fazê-la?
Eu vejo a inspiração sempre como um caleidoscópio. São vários prismas, a gente puxa uma coisa de cada lugar, vai tecendo uma colcha de retalhos e, com isso, moldamos a construção do personagem. Eu busquei as dores em comum na minha história e na história das mulheres da minha família, mas também pesquisei várias coisas de ícones da época: Betty Boop, Carmen Miranda, Luz del Fuego, Bibi Ferreira, Hebe, as vedetes todas do teatro de revista, toda essa estética, o que isso significava para a época. E ainda, e sempre, uma das minhas maiores referências como atriz, que é a Penélope Cruz. Eu sou apaixonada por ela, que é uma influência muito grande para mim, e a personagem dela em ‘Vicky Cristina Barcelona’ tem um tom um pouco parecido com a Iolanda no que cabe à personalidade – não posso falar muito para não dar spoiler. E, ainda, a Marilyn Monroe – pesquisei bastante sobre a história e a vida dela. Trazendo algumas coisas que foram bem simbólicas para mim ao longo do processo, busquei mulheres fortes, contraventoras para as suas épocas.
Como está sendo ver este trabalho no ar?
Antes de mais nada, eu estou feliz. Estou amando assistir à novela, como espectadora, e me sinto honrada e agradecida por poder fazer parte de um trabalho tão bonito quanto esse. Se me perguntassem qual personagem eu gostaria de interpretar nessa história, eu escolheria a Iolanda, e isso para mim é muito simbólico e me traz toda a plenitude que eu poderia desejar a respeito do trabalho. Tem sido muito legal poder viver essa mulher. Novela é como se fosse o áudio do WhatsApp acelerado, só que vezes 200, é tudo muito rápido; é muita coisa, a carga horária é intensa, são muitas cenas para estudar e decorar; a Ale [Alessandra Poggi] é uma autora que escreve de forma muito dinâmica, sempre tem alguma coisa acontecendo, uma surpresa, algo inesperado, então isso não nos dá descanso. E para mim, esse batismo – porque é a minha primeira novela – está sendo um furacão; eu não estou com muito tempo para assimilar nervosismo nem a expectativa de me ver no ar. Mas já é a realização de um sonho. No mais, estou emanando que as pessoas possam se identificar com essa personagem, que ela possa provocar reflexão, paixão, ímpeto, coragem. Que ela possa mover não só a trama, mas também a parte em que os espectadores vão se identificar com essa história.
Comente sobre a relação de Iolanda com Margô.
A Iolanda tem uma grande admiração pela Margô e tem ela como um farol. Ela dá um norte para a Iolanda, é quem a acolheu nessa vida de solidão e de acreditar no seu sonho, na sua arte e se jogar no mundo sozinha, foi quem a amparou quando a Iolanda ficou grávida, então, quando ela não sabe o que fazer, pra onde ir, como agir, a Margô é esse oráculo. E ela também tem uma grande admiração pela artista que a Margô é, ela é uma referência.
Como está sendo contracenar com Marisa Orth?
Tem sido muito especial construir as personagens com a Marisa, porque ela já conhecia o meu trabalho – e eu, vendo o trabalho dela desde criança na TV, sempre a tive como uma grande rainha, sempre a admirei. Isso já é natural, de artista para artista. A admiração que a Iolanda tem pela Margô é algo que eu já tenho pela Marisa, e isso é meio caminho andado. E a Marisa já me conhecia e me acolheu, ficou feliz que iria estar comigo, e isso nos aproximou muito; ela se tornou uma espécie de madrinha para mim, como atriz, e a gente troca muito sobre música e sobre a vida. Já virou uma grande amiga com quem eu já tive a oportunidade de ter conversas profundas, então foi paralelo. A gente construiu isso, que está refletindo na relação das personagens. Eu sinto que ela me ilumina.
Como foi o convite para atuar em ‘Além da Ilusão’?
O Fábio Zambroni (produtor de elenco) me viu em um show no fim de 2020 – foi o único show presencial que eu fiz ao longo da pandemia, com público reduzido, distanciamento social –, e me chamou para um teste. E o engraçado é que, nessa época da minha vida, eu tive algumas experiências de sincronicidade; veio para mim uma relação muito forte com esse nome Iolanda, a relação com esse nome. Então, ele me chamou para o teste, a personagem era Iolanda e tinha tudo a ver comigo, era a minha cara, e eu acho que o Fábio é muito sagaz, muito sensível, ele percebe além, ele tem esse canal aberto. Eu fiz o teste e passei, então o Luiz Henrique [Rios, diretor artístico da novela] me ligou pra efetivar o convite – e eu topei, lógico.
Entrevista com Marisa Orth
Como você define a sua personagem?
Margô é uma sobrevivente. Numa época em que mulheres só podiam ser casadas e quando artistas eram vistas como prostitutas, constrói seu jeito de viver se utilizando de alguns recursos não muito lícitos…
Em que/quem se inspirou para fazê-la?
Em tantas mulheres, artistas de outro tempo, seu sotaque vem de amigas francesas que moram no Brasil. E ainda há muitos registros das vedetes que viveram em 1940.
Como está sendo ver este trabalho no ar?
Estou muito entusiasmada em participar dessa novela que já é um sucesso! Temos números de palco lindos. Figurinos incríveis. É ao meu lado está a Duda Brack, cantora compositora, muito jovem, estreando nas novelas.
Comente sobre a relação de Margô com Iolanda.
Margô é uma madrinha de Iolanda. Há uma relação maternal. Porém, em alguns momentos, Margô não se furta de utilizar Iolanda e seu filho bebê, Toninho, pra conseguir o que quer.
Como está sendo contracenar com Duda Brack?
A Duda é um presente. Uma linda artista. Cantora excelente e muito me envaidece estar no núcleo “musical” ao lado dela.
Como foi o convite para atuar em ‘Além da Ilusão’?
Fui convidada tanto pela autora Alessandra Poggi , como pelo diretor Luiz Henrique Rios.
‘Além da Ilusão’ é criada e escrita por Alessandra Poggi, com direção artística de Luiz Henrique Rios. A obra é escrita com Adriana Chevalier, Letícia Mey, Flávio Marinho e Rita Lemgruber. A direção geral de Luís Felipe Sá e direção de Tande Bressane, Jeferson De e Joana Clark. A produção é de Mauricio Quaresma e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.
Nas cenas previstas para irem ao ar essa semana em ‘Além da Ilusão’, Joaquim (Danilo Mesquita) segue empenhado para prejudicar Rafael (Rafael Vitti) e conseguir retomar o posto de noivo de Isadora (Larissa Manoela). O administrador vai usar Iolanda (Duda Brack) e Margô (Marisa Orth) em busca do seu objetivo e propõe a elas se juntarem contra o rapaz, custe o que custar. Mas Margô está atenta às intenções dele e faz jogo duro, enquanto convence Iolanda de que aliar-se a Joaquim pode ser uma forma de saírem do vermelho na companhia de teatro.
Joaquim sabe o quanto a companhia é importante para elas e usa as ameaças do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) ao espetáculo para convencê-las a se mudarem com ele para Campos e juntos desmascarem Rafael. Ele aproveita ainda a descoberta sobre a paternidade de Toninho para colocar Rafael contra a parede e arma para separá-lo de Isadora com a revelação de que ele é o pai do menino. No entanto, precisa convencer as duas a toparem o acordo e sugere montarem a peça no Cassino de Constantino (Paulo Betti), mas terá de abrir mão de uma boa quantia para sustentar as vedetes na cidade.
Confira as entrevistas com Duda Brack e Marisa Orth:
Entrevista com Duda Brack
Como você define a sua personagem?
Eu vejo a Iolanda como uma sobrevivente, se pudesse defini-la com uma palavra só. Para o contexto da sociedade na época, ela é uma mulher marginal, está à margem do modelo de mulher da sociedade da época: mãe solo nos anos 1940, artista, vedete do teatro de revista que saiu de casa muito cedo para se jogar nas estradas e acreditar no sonho de fazer arte, e teve de lidar muito cedo com a realidade do que era o mundo para uma mulher naquela época. Então, todas as vilanias que ela comete na trama têm isso muito claro como pano de fundo; ela foi ganhando malícia e jogo de cintura para sobreviver às questões com as quais se deparava: de fome, de dificuldade financeira, de filho pra criar. Acho que ela tem na Margô uma âncora, uma espécie de farol; creio que seja a grande referência dela, uma mãe, madrinha, amiga. Apesar de saber da realidade em que está inserida, de como o mundo a enxerga e do quão limitador isso pode ser, ela é uma mulher que quer acreditar na arte, no amor – ela é romântica também. É uma mulher visceral, sonhadora, idealista e forte, mas também tem seu lado frágil, com uma carência e solidão enormes. É uma personagem linda, cheia de camadas, com muito borogodó.
Em que/quem se inspirou para fazê-la?
Eu vejo a inspiração sempre como um caleidoscópio. São vários prismas, a gente puxa uma coisa de cada lugar, vai tecendo uma colcha de retalhos e, com isso, moldamos a construção do personagem. Eu busquei as dores em comum na minha história e na história das mulheres da minha família, mas também pesquisei várias coisas de ícones da época: Betty Boop, Carmen Miranda, Luz del Fuego, Bibi Ferreira, Hebe, as vedetes todas do teatro de revista, toda essa estética, o que isso significava para a época. E ainda, e sempre, uma das minhas maiores referências como atriz, que é a Penélope Cruz. Eu sou apaixonada por ela, que é uma influência muito grande para mim, e a personagem dela em ‘Vicky Cristina Barcelona’ tem um tom um pouco parecido com a Iolanda no que cabe à personalidade – não posso falar muito para não dar spoiler. E, ainda, a Marilyn Monroe – pesquisei bastante sobre a história e a vida dela. Trazendo algumas coisas que foram bem simbólicas para mim ao longo do processo, busquei mulheres fortes, contraventoras para as suas épocas.
Como está sendo ver este trabalho no ar?
Antes de mais nada, eu estou feliz. Estou amando assistir à novela, como espectadora, e me sinto honrada e agradecida por poder fazer parte de um trabalho tão bonito quanto esse. Se me perguntassem qual personagem eu gostaria de interpretar nessa história, eu escolheria a Iolanda, e isso para mim é muito simbólico e me traz toda a plenitude que eu poderia desejar a respeito do trabalho. Tem sido muito legal poder viver essa mulher. Novela é como se fosse o áudio do WhatsApp acelerado, só que vezes 200, é tudo muito rápido; é muita coisa, a carga horária é intensa, são muitas cenas para estudar e decorar; a Ale [Alessandra Poggi] é uma autora que escreve de forma muito dinâmica, sempre tem alguma coisa acontecendo, uma surpresa, algo inesperado, então isso não nos dá descanso. E para mim, esse batismo – porque é a minha primeira novela – está sendo um furacão; eu não estou com muito tempo para assimilar nervosismo nem a expectativa de me ver no ar. Mas já é a realização de um sonho. No mais, estou emanando que as pessoas possam se identificar com essa personagem, que ela possa provocar reflexão, paixão, ímpeto, coragem. Que ela possa mover não só a trama, mas também a parte em que os espectadores vão se identificar com essa história.
Comente sobre a relação de Iolanda com Margô.
A Iolanda tem uma grande admiração pela Margô e tem ela como um farol. Ela dá um norte para a Iolanda, é quem a acolheu nessa vida de solidão e de acreditar no seu sonho, na sua arte e se jogar no mundo sozinha, foi quem a amparou quando a Iolanda ficou grávida, então, quando ela não sabe o que fazer, pra onde ir, como agir, a Margô é esse oráculo. E ela também tem uma grande admiração pela artista que a Margô é, ela é uma referência.
Como está sendo contracenar com Marisa Orth?
Tem sido muito especial construir as personagens com a Marisa, porque ela já conhecia o meu trabalho – e eu, vendo o trabalho dela desde criança na TV, sempre a tive como uma grande rainha, sempre a admirei. Isso já é natural, de artista para artista. A admiração que a Iolanda tem pela Margô é algo que eu já tenho pela Marisa, e isso é meio caminho andado. E a Marisa já me conhecia e me acolheu, ficou feliz que iria estar comigo, e isso nos aproximou muito; ela se tornou uma espécie de madrinha para mim, como atriz, e a gente troca muito sobre música e sobre a vida. Já virou uma grande amiga com quem eu já tive a oportunidade de ter conversas profundas, então foi paralelo. A gente construiu isso, que está refletindo na relação das personagens. Eu sinto que ela me ilumina.
Como foi o convite para atuar em ‘Além da Ilusão’?
O Fábio Zambroni (produtor de elenco) me viu em um show no fim de 2020 – foi o único show presencial que eu fiz ao longo da pandemia, com público reduzido, distanciamento social –, e me chamou para um teste. E o engraçado é que, nessa época da minha vida, eu tive algumas experiências de sincronicidade; veio para mim uma relação muito forte com esse nome Iolanda, a relação com esse nome. Então, ele me chamou para o teste, a personagem era Iolanda e tinha tudo a ver comigo, era a minha cara, e eu acho que o Fábio é muito sagaz, muito sensível, ele percebe além, ele tem esse canal aberto. Eu fiz o teste e passei, então o Luiz Henrique [Rios, diretor artístico da novela] me ligou pra efetivar o convite – e eu topei, lógico.
Entrevista com Marisa Orth
Como você define a sua personagem?
Margô é uma sobrevivente. Numa época em que mulheres só podiam ser casadas e quando artistas eram vistas como prostitutas, constrói seu jeito de viver se utilizando de alguns recursos não muito lícitos…
Em que/quem se inspirou para fazê-la?
Em tantas mulheres, artistas de outro tempo, seu sotaque vem de amigas francesas que moram no Brasil. E ainda há muitos registros das vedetes que viveram em 1940.
Como está sendo ver este trabalho no ar?
Estou muito entusiasmada em participar dessa novela que já é um sucesso! Temos números de palco lindos. Figurinos incríveis. É ao meu lado está a Duda Brack, cantora compositora, muito jovem, estreando nas novelas.
Comente sobre a relação de Margô com Iolanda.
Margô é uma madrinha de Iolanda. Há uma relação maternal. Porém, em alguns momentos, Margô não se furta de utilizar Iolanda e seu filho bebê, Toninho, pra conseguir o que quer.
Como está sendo contracenar com Duda Brack?
A Duda é um presente. Uma linda artista. Cantora excelente e muito me envaidece estar no núcleo “musical” ao lado dela.
Como foi o convite para atuar em ‘Além da Ilusão’?
Fui convidada tanto pela autora Alessandra Poggi , como pelo diretor Luiz Henrique Rios.
‘Além da Ilusão’ é criada e escrita por Alessandra Poggi, com direção artística de Luiz Henrique Rios. A obra é escrita com Adriana Chevalier, Letícia Mey, Flávio Marinho e Rita Lemgruber. A direção geral de Luís Felipe Sá e direção de Tande Bressane, Jeferson De e Joana Clark. A produção é de Mauricio Quaresma e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.