O destino: tudo que é determinado pela providência ou pelas leis naturais. Há quem chame de sorte, fado e até fortuna, mas pode ser também simplesmente o que está por vir. Na vida, ele continua sendo uma crença, há quem ponha fé e há quem não acredite. Mas quando vemos uma história de trás para frente, o destino vira poesia, e é assim que acontece na saga dos Leôncio e Marruá.
Gil (Enrique Diaz) e Maria Marruá (Juliana Paes) chegam ao Pantanal quase por acaso. Ao fugirem do Sarandi, no Paraná, a fim de deixar toda a tragédia que lhes assola para trás, encontram em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, o chalaneiro Eugênio. Cumprindo seu papel, Eugênio os leva “para mais perto de Deus”, como ele mesmo diz ao casal. Os dois são deixados por ele nas terras de José Leôncio (Renato Góes) e logo encontram uma tapera, uma residência abandonada em ruínas. Um lugar onde acreditam que podem reconstruir suas vidas. Nesta mesma época, José Leôncio volta do Rio de Janeiro casado com a carioca Madeleine (Bruna Linzmeyer), para a surpresa e angústia de Filó (Letícia Salles), que é apaixonada pelo patrão e amigo.
Embora nunca se encontrem, ao engravidarem de Jove (Jesuíta Barbosa) e Juma (Alanis Guillen), respectivamente, no mesmo período, Madeleine e Maria Marruá entrelaçam para sempre os destinos de suas famílias.
Longe do marido, sempre em viagens; longe dos pais, que estão no Rio de Janeiro; e desconfiada de Filó, sua única companhia; Madeleine vê seu brilho esvair ao longo dos meses de gravidez no Pantanal. Bem perto dali, Maria Marruá se revolta por ter engravidado. Após perder três filhos para a violência da disputa por terras, ela acredita que não tem forças para arriscar perder mais um. O encontro das duas é metafórico: neste mesmo local de solidão e dor, cada uma por suas razões, sem saber que estão gerando mais que bebês, mas um amor tão puro e belo, que nascerá muitos anos depois e que mudará para sempre a vida de todos os envolvidos.
‘Pantanal’ é escrita por Bruno Luperi, baseada na novela original escrita por Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Rogério Gomes, direção de Walter Carvalho, Davi Alves, Beta Richard e Noa Bressane. A produção é de Luciana Monteiro e Andrea Kelly, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.