Há 15 anos, o antagonismo entre as gêmeas Paula e Taís (interpretadas por Alessandra Negrini) e a paixão avassaladora de Bebel (Camila Pitanga) e Olavo (Wagner Moura) estreavam na tela da TV Globo e conquistavam o público brasileiro. Escrita por Gilberto Braga e Ricardo Linhares com direção de Dennis Carvalho, ‘Paraíso Tropical’ marcou uma geração e faz parte do projeto de resgate dos clássicos da dramaturgia, além de ser mais uma etapa do Projeto Originalidade, que tem como objetivo oferecer para o assinante conteúdos de acervo exatamente como foram exibidos na TV aberta, além de melhorar a resolução em relação ao material que já estava disponível na plataforma anteriormente. A obra estreia nesta segunda-feira, dia 28
Paula e Taís têm personalidades opostas e só descobrem a existência uma da outra ao longo da trama, dando início aos conflitos. Paula foi separada da irmã ainda bebê e é criada por Amélia (Susana Vieira), dona de um bordel na Bahia. Só descobriu ter sido adotada e ter uma irmã após a morte de Amélia. Já Tais, que mora no Rio de Janeiro, sonha fazer parte do mundo dos ricos. Apesar de ter sido criada pelo avô Isidoro (Othon Bastos), vê nele um peso que a impede de ascender socialmente. Não tem escrúpulos em passar por cima da própria irmã para alcançar seu objetivo.
Por isso, Tais tenta destruir a relação amorosa de Paula com o íntegro Daniel (Fábio Assunção), executivo no mesmo grupo empresarial em que trabalha Olavo. Esse, por sua vez, faz de tudo para impedir que Daniel suceda o poderoso Antenor Cavalcanti (Tony Ramos), seu tio, na presidência da empresa. Ardiloso, Olavo sabe da preferência de Antenor por Daniel e tenta difamar a reputação do concorrente, mostrando-se capaz de tudo para alcançar seu objetivo.
Ambiciosa e deslumbrante, Bebel é uma das moças do bordel de Amélia, mas sonha sair de lá. Ela vem para o Rio de Janeiro e é levada para trabalhar no calçadão de Copacabana, onde acaba se envolvendo com Olavo. Eles se apaixonam, mas ainda demora para Olavo acatar o desejo de Bebel de tê-lo como “fixo”, Ao longo da novela, Bebel lançou mão de expressões que ganharam as ruas, como “catiguria”, em vez de “categoria”, e “cueca maneira”, quando queria se referir a um homem rico e bem cuidado.
Entrevista com Camila Pitanga
– Quais são as principais lembranças que você tem de Paraíso Tropical?
Tenho lembranças da alegria de gravar, do set, dos bastidores com a equipe técnica, dos câmeras, da maquiagem… Todo mundo. Uma memória tão alegre do início ao fim, uma saudade imensa de toda essa equipe, do elenco. Tive um jogo de cena incrível com Wagner, com Chico Díaz. Só tenho memória boa.
– Como você compôs a personagem?
Eu fiz um processo de pesquisa com a Marcia Feijó, Ângela Herz e Camila Amado. Com a Márcia Feijó trabalhamos corpo e improvisamos cenas e situações. Com a Ângela trabalhamos a voz, descobrindo uma embocadura, um jeito bem Bebel de falar as coisas, e também o andar. Com a Camila Amado era pesquisa de texto, estudo das cenas. Saudosa Camila que me ajudou, foi fundamental no processo de procura da Bebel.
Há algo que tenha aprendido com Bebel ou com o trabalho para dividir?
Eu acho que acabei pegando emprestado da Bebel uma certa ‘gaiatice’. Talvez eu me levasse muito a sério até aquele momento e a Bebel acabou quebrando, no bom sentido. algumas defesas, uma certa cerimônia que eu levo comigo até hoje. Eu ganhei uma leveza, uma alegria, uma ginga, que eu agradeço até hoje a Bebel.
– Agora em 2022 completa 15 anos da exibição original da novela. As pessoas ainda se lembram de Bebel? Se sim, como é receber esse carinho por uma personagem que ficou no imaginário do público?
É comovente, é uma vibração alegre, festiva. Sinto que as pessoas se conectaram com o lado cômico da personagem. Mas acho que também tem uma dimensão de uma mulher que luta, mesmo com toda a coisa ‘gaiata’ da personalidade dela. Eu levo isso não só do ponto de vista de atriz, mas o quanto que isso ainda reverbera no público. Eu recebo memes, citações cotidianamente. Quando a novela foi lançada, não tinha redes sociais nessas proporções. Agora, é o maior barato. Ver o meu trabalho através do entusiasmo de um ponto que toca as pessoas é uma emoção que fica difícil dar conta em palavras.
– O que este trabalho representa na sua trajetória artística?
Eu acho que é um divisor de águas. Eu acho que Bebel saía do esteio de personagem que eu estava fazendo até o momento. Bebel me trouxe uma popularidade e inaugurou uma nova etapa de vida, um reconhecimento de crítica e de público aliado a um prazer imenso de estar fazendo. Claro que era trabalho, mas todo dia eu estava me divertindo com toda a equipe. Eu levo uma memória muito afetiva, muito alegre que contagiou todo mundo que estava fazendo também
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