De todos os trabalhos que fez na TV, Luís Melo não tem dúvida ao dizer que o banqueiro Nicanor Batista é o tipo que interpretou que o público mais se recorda. E para ele, o trabalho é um dos mais importantes da carreira. “Foi um papel extremamente importante na história, até hoje as pessoas se lembram do Batista, da vida dupla que ele levava com a Joana (Tássia Camargo), da brincadeira do periquito e a periquita entre eles, que resultou em momentos hilariantes na novela. Fazer esse personagem foi um momento muito especial, trabalhar sob a batuta do Walter Avancini com uma equipe extremamente coesa, que trabalhava com muito prazer. Isso refletia e trouxe um resultado marcante. Sem dúvida, o banqueiro Batista é um personagem importantíssimo para mim e minha carreira”, conclui o ator. Em entrevista, Luís Melo relembra um pouco mais o trabalho na obra e os bastidores.
‘O Cravo e a Rosa – Edição Especial’, tem autoria de Walcyr Carrasco, coautoria de Mário Teixeira e colaboração de Duca Rachid, direção-geral de Walter Avancini e Mário Márcio Bandarra e direção de Amora Mautner. A direção de núcleo é de Dennis Carvalho.
ENTREVISTA COM LUÍS MELO
Você está acompanhando a novela e o sucesso que a reexibição vem fazendo? Na sua opinião, quais fatores fazem ‘O Cravo e a Rosa’ ter êxito em todas as exibições?
Sim, estou acompanhando. Os fatores que fazem essa novela ser sucesso é todo um conjunto. É uma história bem contada, uma adaptação que o Walcyr (Carrasco) fez brilhantemente do clássico da literatura ‘A Megera Domada’, com outras situações puxadas dos grandes clássicos. Uma direção primorosa do Walter Avancini e do Mário Márcio Bandarra. A escalação do elenco foi um grande acerto, é um elenco pequeno, mas que contou essa história de uma forma primorosa. A época dos anos 20, os cenários e os figurinos são lindos, é uma época bonita, elegante, com muito charme.
Qual a importância desse trabalho em sua carreira? Considera o Batista um de seus papéis mais marcantes?
Foi importantíssima porque ele tinha um papel extremamente importante na história, até hoje as pessoas se lembram do banqueiro Batista, da vida dupla que ele levava com a Joana (Tássia Camargo), da brincadeira do periquito e a periquita entre eles, que resultou em momentos hilariantes na novela. Fazer esse personagem foi um momento muito especial, trabalhar sob a batuta do Walter Avancini com uma equipe extremamente coesa, que trabalhava com muito prazer. Isso refletia e trouxe um resultado marcante. Sem dúvida o banqueiro Batista é um personagem importantíssimo para mim e minha carreira.
Quais foram os principais desafios para viver o personagem e o que recorda da preparação para interpretar um homem dos anos 20?
Foram muitos desafios, fazer novela de época é prazeroso, mas ao mesmo tempo é muito difícil também. Está distante do nosso dia a dia, mas ao mesmo tempo nos leva a outro mundo de muito glamour, com outros costumes, meu personagem tinha muita influência europeia, principalmente francesa. Tinha esse lado desafiador dos costumes, mas com uma equipe maravilhosa de figurino, cenário, arte, e o elenco sensacional, foi fácil entrar nesse personagem.
Teve alguma cena que ficou mais marcada na memória?
É difícil eleger uma, a novela teve momentos incríveis. O momento que as filhas descobrem que o pai tem uma vida dupla e também a relação dele com a Joana, em que ela não sabe que ele é um banqueiro. As cenas em que ela colocava dinheiro no bolso para caso ele precisasse, sempre preocupada com o bem-estar dele, essas cenas com a Joana me marcaram bastante também. Fora a relação com as minhas filhas, vividas pela Adriana Esteves e a Leandra Leal, que foi incrível. Todo esse universo da casa do banqueiro Batista resultou em cenas maravilhosas, principalmente do quebra-quebra, a Catarina ficando descontrolada, era muito bom.
Qual a principal lembrança que você guarda do período de gravação da trama e dos bastidores?
A principal lembrança do período de gravação e dos bastidores é que nós nos divertíamos muito. Muitas vezes era até difícil de gravar as cenas porque tinham momentos hilariantes de interpretação. Bastidores tranquilos, as pessoas felizes trabalhando, fazendo sucesso, a gente se divertiu muito e com a entrada da personagem da Drica Moraes, a Marcela, entrou muita luz na história.
Até hoje o público fala da novela com você? Como são essas abordagens?
Existem três personagens meus que o público guarda, além do Batista de ‘O Cravo e a Rosa’. São o Rubinho de ‘Cara e Coroa’, o Diabo de ‘O Auto da Compadecida’ e o Bento Manoel de ‘A Casa das Sete Mulheres’. Mas entre os meus personagens mais populares, o Batista ganha com certeza, as pessoas lembram muito, a abordagem é sempre muito carinhosa, o tratamento da minha relação com a Tássia Camargo, que tinha a brincadeira do periquito e a periquita, as pessoas sempre chegam com essas lembranças para ter uma conversa sobre a história, falam que estão gostando muito ou que estão revendo a novela.
Você é muito autocrítico ao rever um trabalho antigo?
Sou bastante autocrítico sim, mas é impressionante porque com a maneira com que foi conduzida essa novela, a gente percebia muito a evolução de todos durante o decorrer do trabalho. Essa dramaturgia que chegava muito ágil, a direção primorosa e o elenco maravilhoso. Onde atirava, dava certo. Foi uma novela muito feliz e por isso até hoje o público tem tanto carinho por ela.