Suely Franco revive seu sucesso em ‘O Cravo e a Rosa’: “É um presente de Deus a novela estar indo ao ar neste momento”
Em entrevista, a atriz relembra o trabalho na obra e os bastidores
Ao longo de seus mais de 60 anos de carreira, Suely Franco conclui que o trabalho em ‘O Cravo e a Rosa’ como a sensível Mimosa é um dos que mais lhe trouxeram o reconhecimento do público. E ter a personagem no ar nesse momento caiu como uma luva para a atriz, que está em cartaz no Rio de Janeiro com o espetáculo ‘Copacabana Palace – O Musical’, ao lado de Vanessa Gerbelli, que vive Lindinha na novela. “Achei um presente de Deus a novela ir ao ar nesse momento, estava prestes a estrear o musical quando soube que ‘O Cravo e a Rosa’ seria reexibida. Está tudo conspirando bem para mim (risos). A Mimosa é um dos meus papéis que mais marcaram o público, até hoje as pessoas falam muito sobre ela comigo”, conta a veterana.
Suely acredita que o sucesso da funcionária da família de Catarina (Adriana Esteves) está ligado à criatividade de Walcyr Carrasco e sua relação em cena com Pedro Paulo Rangel, que vive Calixto, o braço direito de Petruchio (Eduardo Moscovis) na fazenda. “As cenas em que a Mimosa desmaia ficaram marcadas na memória de quem assistiu. Essa ideia do Walcyr de fazer a personagem desmaiar quando estava com o Calixto foi maravilhosa, nunca tinha visto isso numa personagem. As pessoas ficavam esperando pelos desmaios dela”, revela Suely, que é só elogios à parceria com Pedro Paulo Rangel, seu amigo há mais de 50 anos. “Eu e o Pedro Paulo já éramos amigos há muito tempo na época da gravação da novela e somos até hoje. Na década de 60 ele me ensinou a dirigir, já fizemos diversas peças juntos, somos muito próximos. Então foi muito fácil fazer a ligação entre Mimosa e Calixto, tivemos uma química muito boa, e o público sentiu essa ligação”, enaltece. Em entrevista, a atriz relembra um pouco mais sua participação na obra e os bastidores das gravações.
‘O Cravo e a Rosa – Edição Especial’, tem autoria de Walcyr Carrasco, coautoria de Mário Teixeira e colaboração de Duca Rachid, direção-geral de Walter Avancini e Mário Márcio Bandarra e direção de Amora Mautner. A direção de núcleo é de Dennis Carvalho.
ENTREVISTA COM SUELY FRANCO
Como está sendo relembrar ‘O Cravo e a Rosa’?
Achei um presente de Deus a novela ir ao ar nesse momento, estava prestes a estrear o espetáculo ‘Copacabana Palace – O Musical’ quando soube que a novela seria reexibida. Está tudo conspirando bem para mim (risos). A Mimosa é um dos meus papéis que mais marcaram o público, até hoje as pessoas falam muito sobre ela comigo.
Na sua opinião, quais fatores fazem a novela ser sucesso sem todas as exibições?
Primeiro, o texto do Walcyr Carrasco. Ele é um danado, fico pensando como um autor que escreve ‘O Cravo e a Rosa’ também faz ‘Verdades Secretas’, um trabalho completamente diferente. Além disso, o elenco todo se dava muito bem, e isso passa muito para o público.
O que recorda da preparação para viver a personagem?
Eu não sou de fazer preparação para os trabalhos. Quando comecei na carreira não tinha escola de teatro, a gente fazia teatro com o que sentia em relação aos textos e sigo assim até hoje.
Como foi viver o romance da Mimosa com o Calixto, vivido pelo Pedro Paulo Rangel, que era um dos destaques da história?
Eu e o Pedro Paulo já éramos amigos há muito tempo na época da gravação da novela e somos até hoje. Na década de 60 ele me ensinou a dirigir, já fizemos diversas peças juntos, somos muito próximos. Então foi muito fácil fazer a ligação entre eles, tivemos uma química muito boa, e o público sentiu essa ligação.
Como foi a parceria com o restante do elenco?
Tive uma relação muito bacana com a Ana Lucia Torre. Ela é um doce de pessoa e, apesar de sermos rivais na história, a gente se dava muito bem. Também construí uma relação ótima com a Leandra Leal.
Teve alguma cena que ficou mais marcada na memória?
As cenas em que a Mimosa desmaiava. Essa ideia do Walcyr de fazer a personagem desmaiar quando estava com o Calixto foi maravilhosa, nunca tinha visto isso numa personagem. As pessoas ficavam esperando pelos desmaios dela.
Qual a principal lembrança que você guarda do período de gravação da trama e dos bastidores?
O que mais me lembro foi o tombo que eu levei em cena, caí no meio da lama…virou uma falha nossa no ‘Vídeo Show’ (risos).
Está assistindo novamente à trama? É muito autocrítica ao rever um trabalho antigo?
Costumo rever as novelas quando reprisam, quando estou fazendo não consigo assistir nada. Não sei se sou tão autocrítica, penso que poderia ter feito um pouco diferente, ou às vezes penso que gostei de determinada cena, mas não sou muito crítica comigo e nem com os outros. Meu trabalho é uma diversão e não sofrimento. Só sofro um pouco para decorar as cenas, não tenho facilidade. Invejo o Antonio Fagundes (risos).