Atualmente morando nos Estados Unidos e com a vida profissional voltada para a área da saúde, Daniela Escobar conta que o trabalho em ‘O Clone’ segue presente em sua vida até hoje. São constantes as abordagens do público sobre sua personagem, Maysa, esposa de Lucas (Murilo Benício) e mãe de Mel (Débora Falabella). “As abordagens nunca pararam, desde a primeira exibição. Mesmo aqui nos Estados Unidos, onde a trama foi exibida e reprisada quatro vezes já. Os mexicanos, brasileiros e russos são os que mais se manifestam. Amam a novela e a minha Maysa. As manifestações dos russos são impressionantes. A novela passa na Rússia, sem parar, esses vinte anos! Agora com as mídias sociais são diários os comentários, os envios de fotos e cenas minhas por eles. Recebo mil elogios e um carinho contínuo”, comenta Daniela.
Além do sucesso da trama e de sua personagem, o que mais marcou Daniela ao atuar em ‘O Clone’ foi a oportunidade de fazer parte da campanha antidrogas promovida pela novela.
“Tivemos um workshop longo com uma série de palestras com dependentes químicos – alguns já estavam livres do vício – e seus familiares nos contando as consequências na relação familiar. O quanto famílias inteiras são destruídas em função da maldita droga”, relembra. Em entrevista, Daniela recorda um pouco mais sobre o trabalho.
Exibida no ‘Vale a Pena Ver de Novo’, ‘O Clone’ é escrita por Gloria Perez, com direção de núcleo e geral de Jayme Monjardim, direção geral de Mário Márcio Bandarra e Marcos Schechtmann, e direção de Teresa Lampreia e Marcelo Travesso.
ENTREVISTA COM DANIELA ESCOBAR
‘O Clone’ é um de seus trabalhos mais marcantes na carreira na TV. De que forma a novela impactou sua trajetória profissional?
Meu trabalho foi reconhecido em toda a América Latina e até na Rússia. Isso me abriu muitas oportunidades de trabalho.
Até hoje o público fala desse trabalho com você? Como são essas abordagens? Com a reprise os comentários aumentaram?
Sim, até hoje. E com muito carinho. As abordagens nunca pararam, desde a primeira exibição. Mesmo aqui nos Estados Unidos, onde a trama foi exibida e reprisada quatro vezes já. Os mexicanos, brasileiros e russos são os que mais se manifestam. Amam a novela e a minha Maysa. As manifestações dos russos são impressionantes. A novela passa na Rússia, sem parar, esses vinte anos! Agora com as mídias sociais são diários os comentários, os envios de fotos e cenas minhas por eles. Recebo mil elogios e um carinho contínuo.
Como eram os bastidores das gravações e a relação com o elenco?
A minha relação com a maioria do elenco era ótima. Admirava muitos dos atores desde criança. Dividir a cena com Juca de Oliveira, Nívea Maria, Reginaldo Faria, Neusa Borges, Vera Fischer, Osmar Prado e Beth Goulart, entre outros, era um prazer enorme para mim. Lembranças boas que carrego para a vida toda.
Como foi a preparação para viver a Maysa? Chegou a estudar sobre dependência química em função do drama vivido com a filha Mel?
Sim, tivemos um workshop longo com uma série de palestras com dependentes químicos – alguns já estavam livres do vício – e seus familiares nos contando as consequências na relação familiar. O quanto famílias inteiras são destruídas em função da maldita droga.
Como descreve a relação da Maysa com a filha e com o Lucas?
Com a filha ela vive uma relação de passar adiante o que se esperava dela como mãe. O educar é de acordo com as expectativas da sociedade e, principalmente, das aparências. Maysa não enxerga a filha de verdade, em seu ponto de vista, a Mel deve se vestir de uma determinada maneira, se comportar de uma determinada maneira, se relacionar com determinadas pessoas, evitar se relacionar com determinadas outras, e sempre de acordo com a posição socioeconômica dos envolvidos. O que gera numa menina que já não tinha muita autoestima os pesados e traumáticos conflitos que são mostrados ao longo da trama. Com o Lucas é uma relação baseada em mentiras do início ao fim. Lucas a engana e ela se permite enganar. Recria e alimenta suas próprias ilusões. Tudo em nome das aparências. Uma perda de tempo e de vida de dar pena.
Qual foi o maior desafio desse trabalho?
O maior desafio mesmo foi conciliar gravações de segunda a sábado o dia todo, tendo só o domingo para estudar o texto da semana seguinte, com dar a devida atenção ao meu filho que só tinha três anos na época.
Você está assistindo novamente à trama? É muito autocrítica ao rever um trabalho antigo?
Não estou assistindo tudo porque não tenho o canal em casa aqui nos Estados Unidos, mas recebo cenas diariamente pelas mídias sociais e quando revejo a autocrítica acontece sim. Sempre penso que poderia ter feito de um outro jeito, que poderia ter afinado melhor. O que tem acontecido bastante é eu me surpreender com certas cenas, por eu absolutamente não lembrar de sequer as ter feito. Foi um volume de trabalho grande e muitas cenas é como se eu as estivesse assistindo pela primeira vez como espectadora mesmo.
Quais são seus projetos atuais?
Estou finalizando dois cursos de medicina preventiva. Em um deles estudo prevenção baseada na medicina ayurveda e o outro na nutrição. Recentemente comecei mais um curso sobre os efeitos do aquecimento Global na nossa saúde. Meus projetos do momento são todos ligados à área da saúde.