Vanessa Gerbelli estreou na TV com o pé direito. A caipira Lindinha, uma das vilãs de ‘O Cravo e a Rosa’, foi seu primeiro trabalho diante de uma câmera e, além do peso da personagem na história, ela tinha outros desafios pela frente. “A Lindinha era totalmente diferente de mim. Eu era mais urbanóide ainda do que sou hoje… aprendi a pegar galinha, porco, fazer queijo, segurar lagartixa, ordenhar vaca…aprendi muito sobre fazer novela com os profissionais incríveis que trabalharam ali. Era um cuidado imenso desde o texto até os menores detalhes. O que aprendi nessa novela levo para todos os trabalhos que faço!”, conta a atriz.
Animada para rever a novela que marcou sua trajetória a partir desta segunda-feira, dia 06, Vanessa lembra que Lindinha era capaz das piores maldades para separar o amado Petruchio (Eduardo Moscovis) de Catarina (Adriana Esteves). “Lindinha era impulsiva, apaixonada, ingênua e um pouco mau-caráter. Ela tentou até o fim conquistar o Petrucchio, manipulando o que ou quem quer que fosse para conseguir isso. Usava um anel mágico, fazia intrigas, manipulava o Januário (Taumaturgo Ferreira). Era obstinada, mas as tentativas eram sempre meio infantis, diferente da personagem da Drica Moraes, a Marcela, que era bem cruel”, compara Vanessa. Em entrevista, a atriz conta um pouco mais sobre o trabalho e os bastidores das gravações.
De volta a partir desta segunda-feira, dia 6, ‘O Cravo e a Rosa – Edição Especial’, tem autoria de Walcyr Carrasco, coautoria de Mário Teixeira e colaboração de Duca Rachid, direção-geral de Walter Avancini e Mário Márcio Bandarra e direção de Amora Mautner. A direção de núcleo é de Dennis Carvalho.
ENTREVISTA COM VANESSA GERBELLI
O que achou da escolha de ‘O Cravo e a Rosa’ para inaugurar o novo horário de novelas?
Achei sensacional, é uma novela preciosa, com história, texto, direção e atuações antológicas.
Na sua opinião, quais fatores fazem a novela ser sucesso em todas as exibições?
Além do que eu disse acima, penso que a história é baseada no clássico ‘A Megera Domada’, um sucesso que atravessou séculos. A novela tem também um humor leve, ingênuo, os romances empolgam, os cenários e figurinos são lindos…e ela foi pioneira nesse estilo de novela das seis que o Walcyr Carrasco eternizou.
Qual a importância desse trabalho em sua carreira? Considera a Lindinha um de seus papéis mais importantes?
Sem dúvida, tanto porque foi o primeiro trabalho que fiz diante de uma câmera, quanto pela qualidade de tudo. Era um cuidado imenso desde o texto até os menores detalhes. Eu aprendi muito ali, com todos os profissionais envolvidos. O que aprendi ali, levo para todos os trabalhos que faço.
Quais foram os principais desafios para viver a Lindinha e como foi sua preparação para interpretar uma jovem que vive na roça, o que aprendeu?
A Lindinha era totalmente diferente de mim. Eu era mais urbanóide ainda do que sou hoje… aprendi a pegar galinha, porco, fazer queijo, segurar lagartixa, ordenhar vaca…aprendi muito sobre fazer novela com os profissionais incríveis que trabalharam ali. Era um cuidado imenso desde o texto até os menores detalhes. O que aprendi nessa novela levo para todos os trabalhos que faço!
O que você recorda da trajetória da personagem, as artimanhas para conquistar o Petruchio e a relação com o Januário?
Lindinha era impulsiva, apaixonada, ingênua e um pouco mau-caráter. Ela tentou até o fim conquistar o Petrucchio, manipulando o que ou quem quer que fosse pra conseguir isso. Usava um anel mágico, fazia intrigas, manipulava o Januário. Era obstinada, mas as tentativas eram sempre meio infantis, diferente da personagem da Drica Moraes, a Marcela, que era bem cruel.
Como foi a parceria com todo o núcleo da fazenda e a Drica Moraes?
Foi maravilhosa, são amigos que levo comigo até hoje.
Teve alguma cena que ficou mais marcada na memória?
Eu me lembro muito da cena em que a Lindinha vai embora da fazenda, rompendo relações com o tio, louca da vida. Foi intensa e menos cômica que as outras cenas, a personagem mostra ali uma mudança que eu achei muito interessante.
Qual a principal lembrança que você guarda do período de gravação da trama e dos bastidores?
Lembro de nos divertirmos, e estudarmos muito também, na fazenda. Jogando nos intervalos, conversando e estudando muito as cenas. Taumaturgo (Ferreira), como eu, gostava de ensaiar bastante antes de gravar. Todos curtiam. Tinha algo parecido com a cumplicidade que encontramos no teatro com aquele grupo, que era maravilhoso.
Até hoje o público fala da novela com você? Como são essas abordagens?
A abordagem é sempre muito carinhosa, vinda de várias gerações, porque a novela reprisou algumas vezes, atraindo públicos de idades muito diferentes. Sempre lembram da Lindinha.
Você pretende assistir novamente à trama? É muito autocrítica ao rever um trabalho antigo?
Já fui muito autocrítica… agora não sou mais. Gosto de rever sim, sempre me surpreendo com ótimas lembranças da época do trabalho.