Com muitos vilões e personagens exuberantes no currículo, Ney Latorraca revela que atuar em ‘O Cravo e a Rosa’ foi especial por ter vivido um personagem com características bastante distintas dos anteriores. “‘O Cornélio entrou para a minha história. Anteriormente na TV, eu tinha feito o Silas na novela ‘Zazá’, que era um vilão, e depois eu voltei para fazer um papel completamente diferente, tendo que me apagar. O Cornélio não tem nenhuma exuberância, é um homem dominado pela sogra e pela mulher. O nome é maravilhoso: Cornélio já traz o estigma do personagem”, relembra, aos risos.
‘O Cravo e a Rosa’ também marcou a carreira de Ney pelas diversas qualidades da obra, que ele faz questão de enaltecer. O ator não tem dúvidas de que a trama será um sucesso novamente no novo horário de novelas. “Quando um produto é bem-feito, de extremo bom gosto como essa novela, mesmo já tendo se passado 20 anos, o público adora rever, adora desde a abertura em preto e branco, como se fosse filme antigo, até o tratamento da história, que é plena e universal. Walcyr Carrasco, que é um mestre, transportou ‘A Megera Domada’ para os anos 20, uma época genial esteticamente. Além disso, é uma trama que faz bem porque você descansa, relaxa e se diverte assistindo às cenas”, acredita o ator. Em entrevista, Ney conta um pouco mais sobre o trabalho e os bastidores das gravações.
De volta a partir da próxima segunda-feira, dia 6 de dezembro, ‘O Cravo e a Rosa – Edição Especial’, tem autoria de Walcyr Carrasco, coautoria de Mário Teixeira e colaboração de Duca Rachid, direção-geral de Walter Avancini e Mário Márcio Bandarra e direção de Amora Mautner. A direção de núcleo é de Dennis Carvalho.
ENTREVISTA COM NEY LATORRACA
O que achou da escolha de ‘O Cravo e a Rosa’ para inaugurar o novo horário de novelas?
Eu fiquei muito feliz e surpreso com a escolha de ‘O Cravo e a Rosa’. É uma escolha muito acertada. A novela tem várias qualidades, uma história do Walcyr Carrasco baseada em Shakespeare, com direção de Walter Avancini, um elenco maravilhoso. Todos os atores estavam muito bem. A escolha do elenco foi incrível, além da direção de arte, figurino e das músicas da época de muito bom gosto.
Na sua opinião, quais fatores fazem a novela ser sucesso sem todas as exibições?
Quando um produto é bem-feito, de extremo bom gosto como essa novela, mesmo já tendo se passado 20 anos, o público adora rever, adora desde a abertura em preto e branco, como se fosse filme antigo, até o tratamento da história, que é plena e universal. Walcyr Carrasco, que é um mestre, transportou ‘A Megera Domada’ para os anos 20 , uma época genial esteticamente. Além disso, é uma trama que faz bem porque você descansa, relaxa e se diverte assistindo às cenas.
Qual a importância desse trabalho em sua carreira? Considera o Cornélio um de seus papéis mais marcantes?
O Cornélio entrou para a minha história. É um trabalho completamente diferente dos outros que fiz. Anteriormente na TV, eu tinha feito o Silas na novela ‘Zazá’, que era um vilão, e depois eu volto para fazer um papel completamente diferente, tendo que me apagar. O Cornélio não tem nenhuma exuberância, é um homem dominado pela sogra e pela mulher. O nome é maravilhoso: Cornélio já traz o estigma do personagem (risos).
Como foi a parceria com o elenco, especialmente a Maria Padilha, com quem você mais contracenava?
A minha relação com o elenco era incrível porque o Walter Avancini escolheu muitos atores de teatro. Ele foi sábio em colocar atores que vieram do teatro em todos os núcleos. É muito bom trabalhar com uma pessoa que você gosta, que você é fã. Eu amo a Maria Padilha, ela é minha amiga há muitos anos, foi um prato cheio trabalhar com ela nessa novela.
Teve alguma cena do Cornélio que ficou mais marcada na memória?
A cena mais impactante, bonita e triste para mim, é quando o Cornélio descobre a traição. Eu revi essa cena outro dia e achei muito bem-feita e muito bem redigida.
Qual a principal lembrança que você guarda do período de gravação da trama e dos bastidores?
Eu tenho várias lembranças dessa novela, só lembranças positivas. A gente tinha uma dinâmica de grupo muito boa, gravávamos as cenas com rapidez. Essa energia do trabalho acabou passando para o público, porque tem isso, o público percebe essa temperatura.
Você pretende assistir novamente à trama? É muito autocrítico ao rever um trabalho antigo?
Eu vou assistir à novela todinha de novo, sou fã. Vai ser uma delícia rever a Adriana Esteves, Eduardo Moscovis, Luís Melo, Drica Moraes…tanta gente talentosa. Estarei assistindo e torcendo pelo sucesso. Eu sou muito crítico, assisto pensando: “Se eu pudesse fazer de novo, faria diferente”, mas é assim mesmo. Me sinto feliz por ter trabalhado em uma novela que entrou para a história da TV brasileira.