Com mais de 60 anos de carreira, Juca de Oliveira diz que o trabalho em ‘O Clone’ é sempre lembrado como um dos mais relevantes da sua trajetória. Na trama de Gloria Perez, ele deu vida a Albieri, um cientista ambicioso e, ao mesmo tempo, apaixonado por seus ideais e pelos afilhados Lucas e Diogo, os gêmeos vividos por Murilo Benício. “Foi ótimo para a minha carreira profissional ter participado de uma obra-prima absolutamente fascinante para o público. É um dos meus trabalhos mais comentados até hoje”, revela o ator.
O processo para viver um homem que iria desafiar os limites da ciência através da clonagem humana foi um mergulho intenso para Juca de Oliveira. “O que eu mais recordo foram as experiências em laboratório e os diálogos com os cientistas. Acreditávamos que o texto de ‘O Clone’, o material que estávamos trabalhando naquela audaciosa e comovente novela, mudaria o destino do homem”, conta o ator, que revela que o momento mais emocionante da trama para ele foi quando Albieri conseguiu trazer Diogo, o afilhado que morre em um acidente, de volta através do clone de Lucas. “O momento mais emocionante foi quando, no laboratório de clonagem, tive o primeiro contato com Diogo vivo! Albieri usa as células de Lucas na formação do embrião e o insere em Deusa (Adriana Lessa), como se fosse uma inseminação artificial comum. E de repente o embrião está vivo! Diogo ressuscitou! Era o milagre da clonagem humana!”, relembra, com entusiasmo.
Exibida no ‘Vale a Pena Ver de Novo’, ‘O Clone’ é escrita por Gloria Perez, com direção de núcleo e geral de Jayme Monjardim, direção geral de Mário Márcio Bandarra e Marcos Schechtmann, e direção de Teresa Lampreia e Marcelo Travesso.
ENTREVISTA COM JUCA DE OLIVEIRA
O que sentiu quando soube que ‘O Clone’ iria ao ar novamente 20 anos após a exibição original?
Fiquei feliz, claro! É um motivo de enorme satisfação quando você toma conhecimento da reexibição de uma excepcional novela da qual participou. ‘O Clone’ é uma obra-prima de Gloria Perez. Foi uma honra ter representado meu personagem.
Como foi a preparação para viver um homem que iria desafiar os limites da ciência através da clonagem humana?
Abalado e inconformado com a perda do afilhado Diogo (Murilo Benício), que morre em um acidente de helicóptero, Albieri mergulha na mais audaciosa experiência de sua vida: clonar Lucas, seu irmão gêmeo, e provocar assim uma espécie de ressurreição de Diogo. Por essa história é possível calcular o que foi o nosso trabalho, sempre assessorado por vários cientistas comprometidos com os primeiros degraus da clonagem humana.
O que você recorda de todo o processo de construção do Albieri?
O que eu mais recordo foram as experiências em laboratório e os diálogos com os cientistas. Acreditávamos que o texto de ‘O Clone’, o material que estávamos trabalhando naquela audaciosa e comovente novela, mudaria o destino do homem. O momento mais emocionante foi quando, no laboratório de clonagem, tive o primeiro contato com Diogo vivo! Albieri usa as células de Lucas na formação do embrião e o insere em Deusa (Adriana Lessa), como se fosse uma inseminação artificial comum. E de repente o embrião está vivo e Lucas ressuscitou! Era o milagre da clonagem humana.
Na sua opinião quais são as razões para o Albieri querer criar um clone humano?
Ele combinava sua paixão pela ciência com o fascínio pelo desconhecido e a busca incessante do aprimoramento do ser humano.
Qual foi o maior desafio desse trabalho?
O maior desafio foi o contato com vários cientistas que nos assessoravam. É impossível desenvolver a criação de uma personagem como o cientista Albieri sem se envolver emocionalmente. A ovelha Dolly, o primeiro mamífero a ser clonado na Escócia, ainda estava viva quando gravávamos ‘O Clone’. Acreditávamos que ela e outros clones humanos aprimorariam a nossa vida social. Não sofreríamos mais. Clones de entes queridos voltariam para a nossa alegria e felicidade.
A novela é um de seus trabalhos mais marcantes da carreira na TV. De que forma ‘O Clone’ impactou na sua trajetória profissional?
Foi ótimo para a minha carreira ter participado de uma obra-prima absolutamente fascinante para o público. É um dos meus trabalhos mais comentados até hoje. Sempre que falam da minha carreira ao longo de mais de 60 anos lá está, com destaque, ‘O Clone’.
Qual a principal lembrança que você tem do período de gravação da trama? Como eram os bastidores?
A principal lembrança eram exatamente os bastidores da novela. Nunca tinha me envolvido num trabalho com participantes tão solidários. Nos tornamos uma família, um grupo de amigos empenhados no sucesso de todos. Estreitei amizades que já tinha e fiz novas que permaneceram para sempre. Nossa viagem ao Egito também foi um acontecimento que ficou marcado em minha memória.
Você está assistindo novamente à trama? É muito autocrítico ao rever um trabalho antigo?
Claro! Vou ver todos os capítulos se puder, com o maior prazer! Sim, sempre faço inúmeras autocríticas.