Carolina (Marjorie Estiano) e Evandro (Julio Andrade) se deparam com um rapaz em estado grave, no episódio desta semana de ‘Sob Pressão’, previsto para ser exibido nesta quinta-feira, dia 16. O paciente é baleado ao tentar proteger a avó, Dona Maria (Claudia Di Moura), durante um tiroteio. Ela chega ao Edith de Magalhães acompanhando o neto, e é amparada por Décio (Bruno Garcia) enquanto aguarda notícias sobre o estado de saúde do rapaz. Apesar da dificuldade do caso, Carolina e Evandro conseguem estabilizar o paciente, que ainda requer muitos cuidados. Dona Maria, então, decide permanecer no hospital e não perde a fé na recuperação do neto. Segundo o autor Lucas Paraizo, “ela representa a fé e a esperança do povo brasileiro”.
Mais cedo, antes de chegar ao trabalho, a dupla de cirurgiões decide ir à casa de Selma (Grace Passô), amiga de Diana (Ana Flavia Cavalcanti), para tentar obter informações sobre o paradeiro da ex-namorada de Evandro. Mas o que Selma diz não é o suficiente para Carolina, que, sem que Evandro saiba, decide voltar ao local no fim do expediente.
No hospital, Vera (Drica Moraes) atende uma menina que precisa de um cirurgia de emergência no esôfago. A infectologista, então, passa o caso da criança para Carolina e, em seguida, recebe a notícia de que seu filho Leonardo (João Vitor Silva) está a caminho da emergência. Enquanto realizava uma prova, o jovem passou mal devido ao uso irregular de medicamentos. O ocorrido faz com que Adilson (Enrique Diaz), ex-marido de Vera, apareça no Edith de Magalhães.
Uma Coprodução da Globo e Conspiração, ‘Sob Pressão’ é escrita por Lucas Paraizo com Márcio Alemão, André Sirangelo, Pedro Riguetti e Flavio Araujo, com direção artística de Andrucha Waddington e direção de Andrucha, Mini Kerti, Rebeca Diniz, Julio Andrade e Pedro Waddington. Com produção de Isabela Bellenzani (TV Globo) e Mariana Vianna (Conspiração), e direção de gênero de José Luiz Villamarim, a série vai ao ar às quintas-feiras após ‘Império’.
Assim como nas temporadas anteriores, ‘Sob Pressão’ aborda diversos assuntos inspirados na vida real. Ao final de cada episódio, além de alertar sobre a importância de manter os cuidados na prevenção da Covid-19, o público volta a ver cartelas contendo informações e dados sobre os temas do episódio daquele dia, como automedicação, um dos assuntos abordados no episódio.
Entrevista com a atriz Claudia Di Moura, que entra na trama como Dona Maria e permanece ao longo da temporada:
Qual é o sentimento de fazer parte de um projeto como Sob Pressão, que trata de assuntos sociais?
Sinto-me honrada e gratificada pela oportunidade de representar, dentro de um universo tão realista e artisticamente interessante, uma mulher que traduz a essência do povo brasileiro, que se equilibra entre a dor e a batalha.
Você assistia à série? Qual a sua relação com a obra?
Assistia e continuo assistindo. Não foram poucas as vezes em que me enxerguei na tela, não apenas como uma atriz que sempre sonhou em fazer parte de um elenco tão majestoso, mas principalmente como espectadora, que vê na série o drama da vida real magnificamente transposto para a televisão sob a batuta brilhante de Andrucha Waddington.
Como foi a relação com o elenco ao longo das gravações?
Fui acolhida e abraçada como dentro de uma família amorosa e comprometida com o propósito maior de realizar um projeto, cuja essência dialoga tão explicitamente com as agruras sociais do nosso tempo. Além de extremamente talentosos, todos os colegas de elenco sempre se mostraram empáticos, profissionais e sinceramente amistosos. Trago dessa jornada uma experiência incomparável que estará estampada em mim por toda a vida.
Alguma lembrança de bastidor que tenha te marcado?
Não apenas uma, como muitas. Uma delas foi o encontro poético com a genialidade de Julio Andrade, um colega extremamente virtuoso, generoso e gentil, com quem pude crescer absurdamente como atriz e pessoa. Outra foi ter gravado no Dia das Mães a cena mais excruciante e decisiva da personagem, poucos dias depois do abominável massacre do Jacarezinho e na mesma semana da chacina na creche do município de Saudades, em Santa Catarina – um dos maiores desafios da minha carreira.
De que forma você descreve Dona Maria e o que ela representa para a temporada?
Dona Maria é a mãe preta do Brasil, que se despede de seus filhos sempre com medo de que eles sejam tragados pela violência sistêmica que vitima a juventude negra. Ainda assim, a despeito de todos os temores e da tragédia iminente, ela compartilha com quem quer que cruze seu caminho um repositório infinito de fé e de esperança, que contamina a todos, inclusive ao espectador que a acompanha. Firme, doce e combativa, Dona Maria é o coração desta temporada e a tradução mais fiel do que é viver diariamente sob pressão.
Como foi a preparação para dar vida a Dona Maria? Teve inspiração em alguém ou personagem?
A minha preparação para viver esta personagem é ancestral: corre nas veias a herança dolorosa da vulnerabilidade social, do apagamento, da insegurança. Vem também de sentir e observar, porque é claro que tive sim inspiração para dar vida à Dona Maria: inspiração que vem de vivência e sobrevivência, do olhar inconsolável de Mirtes Renata, de Adriana Santana de Araujo, de Tatiana Ribeiro e de tantas outras matriarcas que sequer tiveram o direito a um título de condolência – pois, ao contrário de uma mulher que, ao perder o marido, torna-se viúva, uma mãe que perde um filho torna-se nada.