Juliano (Bruno Gissoni) e Natália (Daniela Escobar) demonstraram a força do seu amor passando por cima de seus próprios preconceitos quanto à diferença de idade; pela preocupação de Doralice (Rita Guedes) – esposa do pai de Juliano, que o considera um filho – em evitar que Juliano sofresse; pelo preconceito social de Mila (Tainá Müller), filha de Natália, e até mesmo pelo surgimento repentino de Reinaldo (Marcos Winter), ex-marido da bióloga.
Em cenas que vão ao ar a partir desta quarta-feira em ‘Flor do Caribe’, uma novidade chega para agitar ainda mais a vida do casal. Natália desconfia estar grávida de Juliano, e a gravidez se confirma nos capítulos seguintes. A notícia afetará diretamente Doralice (Rita Guedes). A funcionária de Dionísio (Sérgio Mambert) está justamente em busca da tão sonhada gravidez, arranjou o contato de um médico especializado em reprodução e está esperançosa de que, desta vez, conseguirá engravidar. A notícia, contudo, deixa Doralice sensibilizada.
ENTREVISTA COM RITA GUEDES
O que acha de ‘Flor do Caribe’ estar sendo exibida novamente?
Eu acho maravilhoso. Primeiro, acho muito boa essa ideia de a TV Globo estar fazendo essas edições especiais de novelas que marcaram pela temática, pela história toda em si. E acho que ‘Flor do Caribe’ foi uma ótima escolha, porque veio num momento muito especial. É uma novela solar, feliz, com locações maravilhosas. Uma grande parte das externas foi no Rio Grande do Norte, então tem aquele cenário lindo e paradisíaco com as dunas. E, ao mesmo tempo, traz temas muito relevantes para serem discutidos nesse momento, como ganância desenfreada, poder, preconceito racial, adoção.
Poderia falar sobre sua personagem na novela?
Foi uma delícia fazer a Doralice. Foi um personagem diferente dos personagens que o público estava acostumado a me ver interpretar na TV. Sempre interpretei personagens muito fortes, de mulheres independentes. E acho que a Doralice trouxe essa simplicidade. É um personagem que tem como grande sonho ser mãe e formar uma família. Então, eu acho que ela me instigou a enxergar um outro lado da mulher. Esse lado mãe, cujo único desejo realmente é ter uma família estruturada. Uma mulher guerreira, extremamente forte. Uma mulher de caráter, uma alma boa. Fez de tudo para ser uma mãe excelente.
O que a novela significou na sua vida?
Teve um significado diferente, exatamente por eu desempenhar um papel que trouxe muita conversa com o público. Fiquei muito feliz por isso, essa é a grande gratificação que a gente tem como artista. Ter a possibilidade de mostrar outras facetas do seu trabalho. E fora que eu trabalhei com pessoas que eu admiro demais. Eu admiro muito o Jayme Monjardim, o Leonardo Nogueira é um excelente diretor, todos os outros diretores da trama. Era uma época em que eu já estava no Estados Unidos e tinha voltando para fazer o final de ‘Avenida Brasil’ quando o Jayme me chamou para fazer ‘Flor do Caribe’ e eu acabei ficando. Quando terminou, eu voltei para os EUA. Fiquei porque eu acreditava demais na novela, no folhetim. Foi uma novela bem especial na minha carreira.
O que a personagem te ensinou?
Eu aprendi a ser mais calma. Eu sou muito agitada, sempre faço mil coisas. Lembro eu quando ia gravar, eu respirava, ia ouvindo o tema da novela, uma música da Maria Gadú. E acho que ela me trouxe isso, uma paz. Eu voltava das gravações muito tranquila.
Que cena gostaria de rever?
Quando a Doralice foi para o convento e estava trabalhando com as pessoas moradoras de rua, ela fez parto de uma criança. No momento da gravação eu já estava muito mexida, muito emocionada desde a preparação. E foi um momento muito bonito, bem filmado, iluminado.