A vida de K1 (Talita Younan) não anda nada fácil, em ‘Malhação: Viva a Diferença’. Ela demorou a denunciar os abusos que sofria do padrasto, pois morria de medo de contar para a mãe, Kátia (Dig Dutra), e ser recriminada pela forma que se comportava. Mas graças à conversa com a diretora do Colégio Cora Coralina percebeu que jamais deveria se sentir culpada.
Entretanto, após a denúncia, ela é expulsa de casa pela própria mãe e ainda sofre bullying na escola. Quem sai em defesa da jovem é Benê (Daphne Bozaski) e Dogão (Giovanni Gallo). Mas após tantos dias difíceis, a menina terá um reencontro inesperado com Kátia. Ela vai ver que a filha falava a verdade e entregará Roger (José Karini) à polícia.
Para Talita Younan, que dá vida à jovem K1, rever ‘Malhação’ está sendo lindo. “Agora, estamos alcançando ainda mais pessoas. Tanto quem não conseguiu assistir na época, quanto novos jovens. E quanto mais e mais a gente conseguir chegar neles, mais vamos ajudá-los, porque ‘Malhação: Viva a Diferença’ fala de tudo de uma forma muito real. Racismo, bullying, remédios para emagrecer, alcoolismo na adolescência, assédio, diferenças sociais, drogas, síndrome de Asperger, automutilação e muitos outros. Um honra participar de um projeto teen que tratou desses assuntos”, elogia.
A atriz acredita que o momento atual da trama está entre as principais mensagens de sua personagem. “Ela estava vivendo um assédio dentro da própria casa e não conseguia se abrir e contar, desabafar, denunciar… E eu fiquei muito grata por viver isso, quando vi o retorno do público. Recebia mensagens diariamente de pessoas dizendo que conseguiram se abrir depois de verem a K1 contando para a Keyla”, revela Talita.
‘Malhação: Viva a Diferença’ tem autoria de Cao Hamburger e direção artística de Paulo Silvestrini e vai ao ar logo após o ‘Vale a Pena Ver de Novo’.
Entrevista com Talita Younan:
Como vc descreve a K1 e o atual momento da personagem na trama?
A K1 foi um grande presente para mim. Eu consegui andar por várias facetas e mostrar muitos desenhos da personagem. Quando a história do assédio começou, ela não se vestia mais do mesmo jeito, se escondia atrás de roupas largas, que eram bem diferentes do que ela usava antes, e ela, que sempre foi muito solar, estava bem pra baixo. Eu, Talita, fiquei intrigada, porque não esperava que isso fosse acontecer com ela. Eu descobri quase ao mesmo tempo que o público. Desde sempre eu soube que a K1 e a K2 eram as vilãs da temporada, mas não sabíamos que rumo elas iam tomar. A Katarine (K1) me ensinou muito!
Qual a mensagem chave de sua personagem?
Acho que é justamente a mensagem do momento atual da trama. Ela estava vivendo um assédio dentro da própria casa e não conseguia se abrir e contar, desabafar, denunciar… E eu fiquei muito grata por viver isso, quando vi o retorno do público. Recebia mensagens diariamente de pessoas dizendo que conseguiram se abrir depois de verem a K1 contando para a Keyla. Pré-adolescentes e adolescentes me mandavam mensagem pedindo ajuda. Foi forte, mas foi especial saber que com meu trabalho de atriz eu pude informar, ajudar, incentivar em um assunto tão sério. Aliás, denunciem sempre. Qualquer tipo de assédio é crime.
Qual é a importância de Malhação na sua carreira?
Malhação foi um divisor de águas. A K1 passou por tudo nessa temporada. Foi malvada, sofreu assédio sexual, praticou bullying, evoluiu, virou fada, ajudou o namorado com a questão do alcoolismo, mostrou seu lado super cômico e também seus dramas. E que texto, que direção e o mais importante de tudo: quantos assuntos importantes nós falamos, quanta gente conseguimos alcançar. Foi um presente daqueles, um dos melhores que já ganhei até hoje.
Como é poder rever esse trabalho no momento atual?
Rever esse trabalho é lindo e acredito que ele não foi escolhido à toa em um momento tão deliciado como esse que estamos vivendo. Agora, estamos alcançando ainda mais pessoas. Tanto quem não conseguiu assistir na época, quanto novos jovens. E quanto mais e mais a gente conseguir chegar neles, mais vamos ajudá-los, porque ‘Malhação: Viva a Diferença’ fala de tudo de uma forma muito real. Racismo, bullying, remédios para emagrecer, alcoolismo na adolescência, assédio, diferenças sociais, drogas, síndrome de Asperger, automutilação e muitos outros. Um honra participar de um projeto teen que tratou desses assuntos.
Como está a repercussão hoje e o retorno dos fãs?
Receber esse carinho do público novamente, além da chegada de novos fãs, enche meu coração de felicidade. É muito gostoso ver como as pessoas se identificam com seu trabalho, sua arte e seus personagens. Às vezes, eu sinto que nossa Malhação está passando pela primeira vez, de tanta gente nova que tá chegando nas minhas redes sociais, isso é muito incrível e digo mais: os fãs de “MVAD” são fiéis, viu? Eles estão aqui comigo desde a primeira vez.