A vida não está fácil para Isabel (Thaíssa Carvalho). Ao lado de Amadeu (Dudu Azevedo), Rodrigo (Thiago Martins) e Ciro (Max Fercondini), e com a ajuda de Duque (Jean Pierre Noher), ela chega à Guatemala para resgatar o amigo Cassiano (Henri Castelli) da prisão de Dom Rafael (Cesar Trancoso), em cenas que vão ao ar em ‘Flor do Caribe’ a partir desta quarta-feira. Para além das missões pessoais e profissionais que seu cargo na Aeronáutica traz, ao retornar à Vila dos Ventos, Isabel precisa lidar ainda com conflitos do coração.
Cada vez mais próxima de Amadeu, a tenente luta contra os sentimentos, assim como faz o amigo. Além de evitar que a amizade seja afetada, ambos concordam que se envolver com um colega de profissão seria um problema. Mas até quando a razão pesará mais que a emoção?
‘Flor do Caribe’ é escrita por Walther Negrão e tem a direção artística de Jayme Monjardim, direção geral de Leonardo Nogueira e direção de Teresa Lampreia e Thiago Teitelroit.
ENTREVISTA COM THAÍSSA CARVALHO
O que você achou da escolha de Flor do Caribe para ser exibida em edição especial neste momento?
Recebi com muita alegria. Flor do Caribe foi uma novela solar, com um clima de bastidores delicioso, que refletia muito no nosso trabalho. A energia boa era vista no resultado final. Fiz grandes amigos que tenho na minha vida até hoje. Tenho uma lembrança muito feliz. E a tenente Isabel foi uma personagem que tem um espaço especial no meu coração e me ensinou muitas coisas. Vai ser incrível rever tudo isso no ar, agora com calma para poder assistir. Quando estamos gravando, não temos esse tempo. Agora vou poder curtir mais. Eu fiz um post sobre a novela e os comentários foram muito positivos. Acho que a leveza da novela é necessária neste momento.
Qual a importância da personagem na sua carreira? Como se preparou?
A Isabel foi bem diferente do que já tinha feito na TV Globo. Trouxe uma nova visão sobre o meu perfil de trabalho e abriu muitas portas e possibilidades. Por ser uma tenente da Aeronáutica, piloto de caça, tive que fazer uma preparação intensa. Não só fisicamente, uma vez que os tenentes tinham muitas cenas de ação e virávamos noite gravando. Mas também para aprender sobre o universo da aeronáutica. Como falar, se portar, o linguajar usado, os termos técnicos e condutas, uso da farda e também um preparo técnico para as tomadas aéreas, pois tive que voar de caça de verdade. Ficamos duas semanas na base de aérea de Natal e foi incrível. Um privilégio de poucos ter tido a experiência de voar num caça Super Tucano da FAB.
Tem alguma característica ou algo que você aprendeu com a personagem que ficou pra sua vida?
Vivemos uma era em que os debates sobre feminismo e a questão do posicionamento da mulher no mercado de trabalho ganham força. A Isabel entra na história assim, com o “pé na porta”. Sem sombra de dúvidas, ela era uma mulher empoderada. Vivia em uma república com outros oficiais homens e sabia se posicionar e ocupar seu lugar de chefe deles, quando necessário. Havia cenas ótimas, criadas pelo gênio Walter Negrão, que mostravam ela se posicionando, sempre com muito humor. Sempre tive isso dentro de mim, mas acho que, com a experiência de viver esta mulher, isso se reforçou de alguma maneira. Me sentia poderosa ao dar vida àquela mulher que subia num caça, era inteligente, forte e sabia se impor.