Ritinha (Isis Valverde) é uma mulher que não tem medo de colocar o que sente para fora. Tem orgulho de suas origens e carrega consigo tudo que aprendeu e viveu em Parazinho. Além disso, ela acredita ser filha do boto e sempre atende o chamado da mãe d’água: dentro da água é onde ela se sente mais confortável. Não à toa se realizou ao nadar como sereia em um aquário e não desgruda mais de sua cauda.
Mas agora sua preocupação maior é o nascimento de seu filho com Zeca (Marco Pigossi), mas que todos acreditam ser de Ruy (Fiuk). No fim da gestação, Ritinha começa a sentir as dores do parto. No entanto, ela se recusa a ir para o hospital, despista Zú e Ivana (Carol Duarte) e sai com Marilda (Dandara Mariana) em direção a Niterói. A sereia quer a companhia de sua mãe, Edinalva (Zezé Polessa).
Mas no meio do caminho, elas se deparam com um tiroteio. E quem está lá na luta contra os bandidos é Jeiza (Paolla Oliveira). A policial escuta um grito de socorro que vem de um táxi e entra para acudir. As duas se reconhecem, mas o que importa ali para Jeiza é salvar mãe e filho.
A Major ajuda Ritinha a dar à luz Ruyzinho e a ligação das duas, que não se gostam por conta de Zeca, fica ainda mais estreita, só que agora o motivo é o nascimento do bebê. Agradecida pela ajuda importante, Ritinha não pensa duas vezes e convida Jeiza para batizar seu filho.
‘A Força do Querer’ é uma novela de Gloria Perez, com direção artística de Rogério Gomes, direção geral de Pedro Vasconcelos e direção de Davi Lacerda, Luciana Oliveira, Claudio Boeckel, Roberta Richard e Fábio Strazzer.
ENTREVISTA COM ISIS VALVERDE
Qual foi a importância de ‘A Força do Querer’ em sua carreira?
Ritinha foi minha primeira protagonista das nove e era uma personagem muito desafiadora. Primeiro pelo jeito livre dela: Rita era uma mulher que seguia seus impulsos e lidava com as consequências deles depois. É uma entrega muito grande ao presente, ao momento. E segundo que ela era uma sereia! Eu interpretei uma sereia com cauda e tudo que tinha direito (risos).
O que sentiu quando soube que a novela seria exibida novamente?
Eu fiquei muito feliz com essa novidade, com a chance de matar um pouco de saudade dessa história. Muitos dos temas que Gloria Perez trouxe à tona continuam atuais e são muito pertinentes de serem discutidos.
Como você descreveria a Ritinha?
Ela acredita que é uma sereia e filha de um boto. E, sendo uma sereia, a forma de ela amar e se apaixonar é diferente da nossa. Não dá para enquadrá-la como mocinha, nem como vilã. Ela é uma força da natureza. A Ritinha cria suas próprias leis, é totalmente impulsiva e livre.
Pode contar alguma curiosidade das gravações que você lembre com carinho?
Nadar com os botos foi uma experiência inesquecível! É muito impressionante. Eles são muito dóceis, amorosos, reconhecem a gente. As cenas da Ritinha como sereia foram todas muito especiais, colocar a cauda, aprender a me movimentar com ela. As sereias fazem parte do nosso imaginário. Colocar aquele figurino me transportava para outro lugar!
A sua personagem exigiu grande preparação, já que ela fazia performances como sereia. Pode contar um pouco como foi realizada essa preparação? E como foi viver essa sereia?
Foi um processo intenso de preparação. A cauda que eu usava era muito pesada e dentro d’água ficava mais ainda. Fiz aulas de apneia e consegui evoluir e ficar até dois minutos em apneia em movimento, mas comecei com 12 segundos. E em estática consegui ficar quatro minutos. Foi uma dedicação grande, achei no início que não conseguiria. Eram duas horas de treino por dia durante três meses. Ainda aprendi a dançar carimbó.
Conta um pouco como foi gravar cenas na Região Norte. E como você se preparou para viver uma jovem paraense?
Foi mágico! Me emocionei quando dancei carimbó pela primeira vez. Como tivemos a oportunidade de visitar algumas cidades da Região Norte, andei muito para conhecer mais da cultura da região. Me apaixonei pela culinária local, fiquei louca para provar tudo.
Por que você acha que a novela fez tanto sucesso quando foi exibida?
Eram histórias muito fortes, personagens muito bem construídos. Isso cativa o público, que acompanha, torce, reflete. ‘A Força do Querer’ foi uma história que trouxe mulheres em personagens muito potentes, as mulheres eram a força que movimentava a trama, tanto elas individualmente quanto as relações entre elas. Foi bom ver além da questão da rivalidade feminina, mostrar uma história em que elas são amigas, mesmo que tão diferentes. Acredito que isso também instigou o público.