Filho adotivo de Quirino (Ailton Graça) e Doralice (Rita Guedes), Juliano (Bruno Gissoni) é pescador em Vila dos Ventos. Um rapaz humilde, de bom coração, que se aproxima de Natália (Daniela Escobar) e suas filhas Mila (Tainá Muller) e Carol (Maria Joana) quando elas chegam à cidade. Embora as duas tenham sua idade, é com Natália que Juliano se envolve, ao ajudar a bióloga nas expedições que a levaram até ali, e é por ela que ele se apaixona.
Carol é a primeira a descobrir sobre o romance que os dois iniciam às escondidas e apoia a mãe, que faz de tudo para esconder o namoro de Mila, sabendo que a filha não terá a mesma reação que a irmã. Nos próximos capítulos, Juliano passa por uma saia justa, tendo que se esconder dentro do armário de Natália para não ser pego por Mila no quarto de sua mãe. Esse é só o começo de uma onda de repressão e preconceito que o casal viverá devido à diferença de idade, não só através de Mila, mas de Doralice também.
‘Flor do Caribe’ é escrita por Walther Negrão e tem a direção artística de Jayme Monjardim, direção geral de Leonardo Nogueira e direção de Teresa Lampreia e Thiago Teitelroit.
ENTREVISTA COM BRUNO GISSONI
Qual foi a cena de ‘Flor do Caribe’ mais marcante para você ou mais difícil de fazer?
Toda a sequência do Juliano e da Natália foi marcante. Foi um romance bem legal de ser explorado. E também as cenas com o Luiz Carlos Vasconcelos. O Juliano tinha uns conflitos bem marcantes e interessantes com o personagem dele. Acho que foram os dois contextos que mais me marcaram na novela.
Qual maior desafio que você teve para interpretar seu personagem na novela?
O Juliano é de um universo completamente distante do meu. Ele é um pescador, é adotado e acaba se apaixonando por uma mulher mais velha do que ele. Então, vários universos que eu nunca tinha tido vivência. Esse foi o maior desafio, encontrar um elo verídico entre o meu personagem e eu.
Qual aprendizado você teve com seu personagem?
O Juliano é muito feliz com pouco, ele não vivia a vida dessa forma materialista como a maioria de nós vive. Então, eu acho que essa foi a maior lição. Era um personagem muito leve e feliz com tão pouco.
O que você mais recorda do contato com o povo potiguar e dos locais do Rio Grande do Norte?
O povo Potiguar, o Rio Grande do Norte, o Nordeste inteiro é um povo muito receptivo e eu lembro que foi muito especial para mim por várias razões. Baía Formosa, Pipa, eram cidades que eu não conhecia. E eu fiquei espantado com a beleza e com a simplicidade do lugar. É um Brasil muito latejante, muito vivo e pulsante. Acho que é isso que vou levar para o resto da vida como recordação desse lugar.
De que forma o convívio da viagem ajudou no resultado final?
Eu sou carioca, né? Então, no momento que eu fui realocado para o lugar que era do Juliano, o lugar que ele foi criado e tem todas as suas memórias, um lugar que é dele… Acho que isso ajuda na criação de qualquer personagem. Ver o Juliano em um povo local. Essa construção foi muito importante para mim.
O que você diria para si mesmo, depois desses 7 anos desde a estreia da novela?
Depois de sete anos, para aproveitar mais ainda. Foi um momento muito feliz da minha vida, um momento muito solar, a maioria das cenas que eu gravava eram em locais paradisíacos. Poder conviver e aprender com pessoas incríveis foi um momento muito especial.
Flor do Caribe foi seu primeiro papel na TV depois do sucesso de Avenida Brasil. Como foi sair do Iran, um jogador de futebol, para Juliano, um pescador?
A mudança de Juliano e Iran foi bem impactante também. E foi muito legal viver essa transformação tão radical de um universo para outro. Mas eu acho que é aí que está a graça. Você conseguir explorar várias vidas, memórias e personalidades em um período tão curto de tempo. Essa é uma das grandes virtudes e qualidades da nossa profissão.
Como se sente ao se rever em reprises de trabalhos mais antigos? Qual foi seu maior aprendizado como ator?
Eu adoro rever. Eu sou muito crítico também e fico imaginando como seria se eu tivesse criado o personagem de forma diferente. É muito legal conseguir ver o seu trabalho como ator, anos atrás. Só acrescenta. Eu acho que você se torna melhor de acordo com as suas experiências e as suas vivências, tanto pessoalmente quanto profissionalmente. O personagem Juliano me trouxe muitas informações sobre aquele universo. Assim como o Iran. Essa é a melhor troca que pode acontecer entre o ator e a arte.
O que mais mudou na sua vida neste período?
O que mais mudou na minha vida foi a perspectiva. As informações que eu aprendi com os personagens. O que eu vivi na minha vida durante esses sete anos me transformaram como pessoa, com princípios diferentes, enxergando a atuação de forma diferente. Eu acho que isso que mudou. Mas a essência é a mesma.