Se a convivência forçada durante a quarentena devido à pandemia já traz desafios aos mais saudáveis relacionamentos, é possível imaginar o estrago na vida de um casal que está prestes a se divorciar. Este é o tema que envolve o próximo episódio de ‘Amor e Sorte’, criado por Jorge Furtado, com direção artística de Patricia Pedrosa, neste episódio com a parceria de Ricardo Spencer na direção. Estrelado por Emílio Dantas e Fabiula Nascimento, ‘Territórios’ é escrito por Adriana Falcão e Jô Abdu.
“Essa é a história de um casal que decide se separar à noite e acorda com a notícia de que terão que deixar tudo do jeito que está por causa da pandemia. Para piorar, ela começa a ter sintomas do COVID19 e isso reforça que ambos precisam ficar realmente isolados dentro de sua própria casa. Tudo está muito difícil para todos nessa pandemia, para os mais velhos, para os mais jovens. Todo mundo tem que dar muito de si. Então, esse é um texto que fala dessas dificuldades para um casal que se ama, mas vivencia uma crise no casamento nesta situação”, diz Adriana Falcão.
Jô Abdu, parceira de Adriana neste projeto, desafia o público com um questionamento: “’Territórios’ é uma história de amor entre duas pessoas que se distanciaram tanto que perderam de vista como se amavam. Pra não dar spoiler, fica a pergunta se a proximidade imposta pelo confinamento vai conseguir fazer eles enxergarem o que um significa pro outro”.
Nesta breve entrevista, Fabiula Nascimento e Emílio Dantas comentam sobre a experiência de gravarem remotamente durante a quarentena.
Entrevista com Fabiula Nascimento e Emílio Dantas
Como foi a experiência de gravar remotamente ‘Amor e Sorte’?
Fabiula Nascimento – As funções foram acontecendo durante o set. Ninguém ficou responsável por nada e, ao mesmo tempo, os dois ficaram responsáveis por tudo. Foi muito natural. Eu venho do teatro e sempre trabalhei por trás das câmeras. Fiz cenário e trabalhei com isso por muitos anos. Tudo que diz respeito à nossa profissão me interessa.
Emilio Dantas – A gente aprendeu muita coisa sobre nós mesmos, nossa profissão, sobre o ofício. Eu sou muito curioso e gosto de aprender. Não tinha um tutorial sobre como fazer cada coisa. Então, foi muito louco descobrir tudo.
Sobrou tempo para estudar os personagens?
FN – A gente nem teve tempo para criar essas pessoas. Então, as personagens são um pouco do que a gente é. Não pensamos muito nessa construção. A Patricia Pedrosa e o Ricardo Spencer estavam muito ligados na gente, eles estavam dirigindo mesmo, nos direcionando. A interpretação foi a última coisa que a gente pensou. E é isso: de muitas possibilidades nascem novos atores e novas nuances.
ED – Então, de certa forma, foi também uma desconstrução. A Fabiula, por exemplo, é muito dedicada. Ela grifa o texto. Eu tenho um outro processo, gosto de achar uma playlist pro personagem, por exemplo. Cada um tem seu processo. E nada disso aconteceu. A preparação foi colocar pilha no microfone (risos).
Qual o sentimento que fica após terem conseguido realizar esse episódio?
FN – Foi tudo muito novo, mas muito prazeroso. Eu não consigo olhar para essa experiência como algo difícil, mas sim com um olhar positivo, de algo que conseguimos realizar.
Emilio – É um sentimento de muito prazer, na verdade, de muito trabalho. Foi um desafio, sim, mas também um prazer enorme. A gente faria tudo de novo.
‘Amor e Sorte’ é uma série em quatro episódios, criada por Jorge Furtado. O episódio ‘Territórios’ tem roteiro de Adriana Falcão e Jô Abdu, direção artística de Patrícia Pedrosa e direção de Ricardo Spencer.