Fábio (Guilherme Leicam) é um jovem que passou boa parte de sua vida só ao lado do pai, Juan Guilherme (Carlos Casagrande). Ele estava acostumado a conhecer várias namoradas do ex-modelo, até que viu o dono da Fashion Motos se apaixonar verdadeiramente pela professora Letícia (Tânia Khalill). Fábio acompanhou todo o início do relacionamento, que caminha para o casamento.
Há muitos anos, o rapaz não morava com a mãe, Chiara (Helena Ranaldi), que vivia na Europa. Inesperadamente, ela voltou à vida de pai e filho para se reaproximar do jovem, já que está com uma doença terminal. A chegada de Chiara atrapalhou o noivado de Juan e Letícia, que adiaram o casamento. Por conta do empecilho que Chiara trouxe ao relacionamento do casal, Fábio e Carolina (Bianca Salgueiro), filha de Letícia, brigaram ao defenderem suas mães.
A dúvida que paira sobre a doença de Chiara não está no cotidiano de Fábio. A mãe do rapaz optou por não contar para o filho sua real situação de saúde. Ela quer aproveitar para recuperar o tempo que passou longe de Fábio sem que ele saiba que ela está com um grave problema.
‘Fina Estampa’ é uma obra de Aguinaldo Silva, com direção geral e de núcleo de Wolf Maya e direção de Ary Coslov, Claudio Boeckel, Marcelo Travesso, Marco Rodrigo e Marcus Figueiredo.
ENTREVISTA COM GUILHERME LEICAM
Qual foi a importância de ‘Fina Estampa’ em sua carreira?
A primeira novela das nove a gente nunca esquece! Lembro que, na época, o convite para fazer o Fábio foi uma surpresa muito bacana, principalmente por conta da semelhança do perfil do Carlos Casagrande com o meu, já que faríamos pai e filho. Foi minha primeira experiência em horário nobre, eu tinha acabado de estrear na TV. Na história, ele era menor de idade e eu já tinha 21 anos, fiz um trabalho de preparação e desconstrução para me adaptar ao perfil. Na verdade, sempre me interessei por desafios de composição de personagem.
Como está sendo acompanhar a novela e rever um trabalho com esse distanciamento?
O tempo passa muito rápido mesmo, parece que foi ontem (risos). Eu estava assistindo à cena de quando a Chiara procura o Fábio, inclusive postei nas minhas redes sociais. Quando o Fábio está com Rene Jr. no colégio, aquela cena me lembrou que ali começou uma amizade muito legal com o David Lucas e outros amigos que tenho até hoje. Diariamente, eu recebo marcações nas minhas redes sociais em relação ao personagem e à novela. Na rua todo mundo me fala: “nossa como você estava novinho” ou perguntam: “o que vai acontecer com a sua mãe lá na novela?”.
O que lembra com mais carinho das gravações? Qual cena mais te marcou?
O que mais me marcou foi acompanhar de perto as gravações da Griselda e também do incrível Crô. Era impressionante ver como a Lilia Cabral vivia aquela personagem, que mulher genial, e que profissional maravilhosa, gentil, humilde, exemplo de profissional que eu sempre admirei. Ela geralmente fazia as cenas de emoção de primeira, sem errar o texto, sem errar nada. Eu aplaudi de perto umas três vezes. Para mim, estar numa novela de Aguinaldo Silva com direção de Wolf Maya, ao lado de grande elenco e técnicos de alta performance profissional, foi como fazer uma faculdade intensiva de interpretação para TV. Foi emocionante, eu aprendi muito lá todos os dias.
Tem algum projeto futuro que queira mencionar?
Gostaria de falar sobre um trabalho que venho desenvolvendo há um tempo. Nessa quarentena estou trabalhando sem sair de casa através da Escola de Atores Guilherme Leicam, com aulas online para atores e atrizes iniciantes ou profissionais. Desde 2014, quando fundei a produtora Dialetica filmes, venho trabalhado com esse segmento de preparação de atores. Sempre gostei de me preparar e criei inicialmente uma escola que atendesse todas as minhas necessidades como ator. Com o tempo fui passando o meu conhecimento adiante junto a profissionais da área, como diretores, técnicos, produtores que me ajudaram a atender em escolas físicas um pouco mais de duas mil pessoas pelo Brasil. Assim, nós geramos oportunidades para novos atores na área. Eu me sinto orgulhoso por fazer esse trabalho de incentivo à nossa arte. E agora o jeito foi fazer online mesmo, não podemos parar de estudar, temos que continuar nos desenvolvendo.
Como está lidando com esse período de isolamento social?
Nesse período, os estudos e o contato virtual com meus alunos têm sido a melhor parte do meu dia. Eu sei que vamos passar dessa fase, então eu não perco tempo reclamando da vida e das dificuldades. Todos temos dificuldades, o problema é que sempre deixamos para depois, e o que vem depois é o que plantamos algum dia. Então eu tenho plantado muita fé que vamos sair dessa para melhor, e tenho feito por onde. Todo cuidado é pouco nesse momento, precisamos cuidar da saúde, do corpo e também da nossa mente! Eu acredito que as coisas não vão voltar exatamente ao “normal”, a vida é uma metamorfose, e com todas as mudanças, precisamos nos adaptar e compreender esse novo mundo o mais rápido possível.