A volta de ‘Tapas & Beijos’ para a TV Globo, na próxima terça-feira, dia 04, traz imensa alegria aos atores que fizeram parte do elenco, o autor Claudio Paiva e o diretor Mauricio Farias.
Além da felicidade de rever o trabalho, o grupo considera o retorno do programa uma homenagem ao ator Flávio Migliaccio, intérprete do divertido Seu Chalita, falecido recentemente. “O Flávio era o nosso astro rei, o maior comediante, um poço de sabedoria. Sentimos muita saudade e revê-lo na série vai ser muito bom. O público também vai sentir junto essa saudade”, acredita Andrea Beltrão, protagonista da série ao lado de Fernanda Torres. O ator Érico Brás, quem mais contracenou com Flávio, se emociona ao relembrar a relação que tinha com o colega. “Foi muito bom ter aproveitado o Flávio como pessoa na minha vida, não só como profissional. Ele me ensinou muita coisa, me sentia como um filho”, conta o intérprete de Jurandir, garçom do restaurante de Seu Chalita.
Ao todo, o programa teve cinco temporadas e deixou o público querendo mais. Enquanto reflete sobre as razões de ‘Tapas & Beijos’ ser um projeto tão bem-sucedido, Fernanda Torres relembra a grande quantidade de cenas externas, o capricho dos cenários, figurinos e do próprio texto. “A cidade cenográfica representando Copacabana era incrível, as pessoas sempre me perguntavam onde ficava no bairro aquele quarteirão…Os figurinos de Fátima e Sueli também eram impecáveis…A roupa rosa, elas pareciam duas bonecas, lembro que adoravam isso”, recorda a atriz. “O clima que existia entre nós sem dúvida fez toda a diferença, conquistou o público. Não me lembro de nenhuma briga em cinco anos”, revela Kiko Mascarenhas, que teve dois personagens na série, Santo Antonio, o grande confidente de Sueli, e o advogado Tavares.
Essa convivência repleta de carinho e alegria é o que mais deixa saudades do período de gravações. “A gente tinha muito prazer em fazer o programa, íamos gravar com muita vontade e o retorno do público nos deixava mais feliz ainda. Sinto saudades demais”, revela Vladimir Brichta, que interpretou Armane. “A gente era muito feliz e sabia disso”, completa Otávio Müller, o Djalma na série. Malu Rodrigues, que viveu Bia, filha de Jorge (Fábio Assunção), relembra o carinho que recebeu quando chegou para gravar sua primeira cena. “Inicialmente, eu faria só uma participação e todos foram extremamente atenciosos e cuidadosos comigo. Só tenho a agradecer por ter feito esse trabalho”, enaltece.
Passados cinco anos do fim de “Tapas & Beijos’, o programa aborda temas que se mantêm atuais, como os dilemas amorosos e o empoderamento feminino. O autor Claudio Paiva e o diretor Maurício Farias comentaram sobre essa característica do programa. “Os dramas pessoais dessas mulheres independentes, que focavam no trabalho e buscavam ser felizes no amor, são valores que continuam importantes. Na série também quis abordar o ambiente de trabalho, as relações que você cria ali, onde descobre grandes amizades e amores”, analisa Claudio Paiva. “Os personagens tinham um lado meio desajustado, solitário, perdido, e se encontravam através dos ambientes de trabalho. Isso tornou o programa bastante comum ao público”, acredita Mauricio Farias.
Com tanta gente talentosa e divertida no elenco, os acessos de risos durante as gravações eram constantes. “Uma vez, eu, Fernanda e Andrea desandamos a rir porque o Otávio Müller não conseguia dizer a palavra férias. A gente se divertia tanto que atrapalhava as gravações. São muitas histórias de bastidores”, recorda Fernanda de Freitas, que viveu Flavinha.
A vontade de rever os episódios é grande, as lembranças não têm fim e trazem muita felicidade. Todos os atores são unânimes sobre isso. “Tenho o colete do Jorge até hoje”, brinca Fábio Assunção.
De volta a partir de 4 de agosto, após ‘Cine Holliúdy’, ‘Tapas & Beijos’ tem redação final de Cláudio Paiva e direção geral de Mauricio Farias.