Montanha, professor de educação física, gente boa toda vida, muito mais do que um olheiro, como se diz no esporte, indica os caminhos para a ascensão social de muitos jovens de Curicica em ‘Totalmente Demais’. Essa missão confiada ao cantor Toni Garrido o deixou extremamente orgulhoso na época em que a novela foi gravada e exibida. “Eu fiz teste para outro personagem, mas os autores, Rosane Svartman e Paulo Halm, queriam para o Montanha alguém que o público acreditasse. E me disseram: ‘você é um artista em que as pessoas confiam’ ”, relembra ele.
E essa confiança é que Wesley (Juan Paiva) deposita nele. O filho do meio de Rosângela (Malu Galli) e Florisval (Aílton Graça) tem vocação para ser esportista, sonha se tornar jogador de futebol, mas, nem tudo sairá como planejado. Nos próximos capítulos o jovem fica paraplégico, depois de sofrer um acidente. E, graças a ajuda de Montanha (Toni Garrido), vai superar esse trauma. Sobre o personagem e as experiências vividas na novela, Toni Garrido fala na entrevista abaixo.
‘Totalmente Demais’ é criada e escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm, com direção-geral de Luiz Henrique Rios e direção de Marcus Figueiredo, Noa Bressane, Luis Felipe Sá, Thiago Teitelroit.
ENTREVISTA TONI GARRIDO
Qual foi sua reação ao saber que a novela seria exibida novamente?
Eu fiquei feliz porque é sempre bom rever um trabalho tão maneiro, tão gostoso de ter feito. É uma honra enorme ter participado dessa novela.
Tem alguma recordação divertida das gravações, bastidores?
São várias recordações divertidas. Aquele elenco era maravilhoso e o núcleo de Curicica era muito solar. As nossas cenas representavam sempre a diversão da novela, era sempre o contraponto às tramas mais sérias que os outros núcleos estavam apresentando. Nosso núcleo era pura beleza, havia muita descontração, a gente se divertia muito, sempre com muito respeito. Mas as brincadeiras de bastidores são secretas. O que acontece no camarim morre no camarim (risos).
Que lugar ‘Totalmente Demais’ ocupa na sua carreira?
Eu carregava o desejo de fazer uma novela num lugar de excelência que faz as maiores novelas do mundo. Já tinha feito outras três novelas, mas eu sempre tinha desejo de atuar na Globo, ser dirigido e ter todas as possibilidades que a emissora oferece de fazer um bom trabalho. Eu tinha essa expectativa e esse sonho.
Fale do perfil do seu personagem, que dramas tinha, como foi a repercussão na época…
Montanha tinha um perfil educativo, e o meu desafio era não deixá-lo chato, politicamente correto demais, porque ele representava uma possibilidade de ascensão e transformação para seus alunos. Eles eram moradores de Curicica, todos ali viviam em um ambiente em que as pessoas lutam muito para ser alguém na vida. E os autores queriam mostrar que só através da educação e da cultura se pode conquistar alguma coisa. E, nesse núcleo, essa possibilidade passava por ele. Me disseram que eu fui escolhido porque os autores queriam alguém que o público acreditasse. E me disseram: ‘você é um artista que as pessoas confiam’.
Como está sua rotina durante a pandemia?
Minha rotina na pandemia é de alguém que aceita e tem como referência a ciência. Sigo o que a Organização Mundial de Saúde (OMS) orienta e estou aqui fazendo a minha parte e a da minha família para a gente não ajudar a aumentar essa pandemia.