Após quatro anos desde a chegada de Leopoldina (Letícia Colin) ao Brasil e seu casamento com Dom Pedro I (Caio Castro), que passou pela comovente separação de Noémie (Luisa Micheletti), sua amante francesa, a família real é obrigada a embarcar de volta para Portugal a pedido das cortes portuguesas. Com isso, Dom Pedro se vê obrigado a assumir o lugar de Dom João (Leo Jaime), seu pai. O caminho do príncipe regente e pai de família não será fácil, mas ele contará com o apoio de Leopoldina, que, mesmo conhecendo os defeitos do marido, vai ajudar no processo de independência do Brasil e dará força para que continue no cargo.
Na despedida, Pedro consola o pai, que não queria ir embora do Brasil e lembra que a atitude dele garante o poder da família em Portugal. Ele promete que fará o mesmo protegendo o Brasil, como representante do país. Dom João se preocupa com o filho e o alerta quanto ao risco de os liberais atrapalharem suas ações. Pede que ele garanta que, se o Brasil for se separar de Portugal, que seja para ele e não para algum desses aventureiros. Dom Pedro não entende a intenção do pai, mas consente.
Logo, o príncipe descobre que Dom João, Carlota (Débora Olivieri) e os irmãos foram embora e deixaram o Brasil falido. E, ao tomar conhecimento de que as tropas da guarda real estão sem receber, Dom Pedro se reúne com Thomas (Gabriel Braga Nunes), Avilez (Paulo Rocha) e Chalaça (Romulo Estrela) para definir as prioridades de governo, pois a falta de apoio do povo e das tropas poderá influenciar no tempo de permanência do príncipe no Brasil. Sem segurança, o príncipe fica vulnerável.
As cenas estão previstas para irem ao ar a partir de sábado, dia 11 de abril. ‘Novo Mundo’ é escrita por Thereza Falcão e Alessandro Marson, com Duba Elia, João Brandão e Renê Belmonte e tem direção artística de Vinícius Coimbra e direção de André Câmara, João Paulo Jabur, Bruno Safadi, Guto de Arruda Botelho e Pedro Brenelli.
ENTREVISTA COM CAIO CASTRO
O que você achou de ‘Novo Mundo’ ter sido escolhida para voltar ao horário das seis? Como recebeu a notícia?
Fiquei surpreso e muito feliz. Foi um personagem que mostrou momentos distintos do meu trabalho como ator. Está sendo muito legal poder rever isso. E vale destacar a boa iniciativa da Globo em colaborar com o combate da propagação do coronavírus cancelando as gravações e trazendo essas novelas em edições especiais. Foi importante e necessário para enfrentarmos essa pandemia.
Qual a importância desse personagem na sua carreira?
Dom Pedro foi um personagem muito importante pra mim. Criei uma conexão especial e inexplicável. Foi quase como se eu tivesse tido uma permissão ancestral para dar vida a esse Dom Pedro. O personagem ganhou o carinho do público e recebeu um destaque muito bacana na trama, foi um trabalho intenso e muito gratificante.
Qual cena gostaria de rever?
A cena da declaração da independência, com certeza. Foi um momento muito especial e me emocionei gravando. Retrata um momento histórico do nosso país.
O que você tem ouvido dos amigos e do público desde que foi anunciada a volta da novela?
Eu sinto e vejo que a novela conquistou o carinho do público e acredito que isso tem relação com o fato de a trama contar, de forma mais lúdica, um pouco da história do Brasil. As pessoas se identificam, criam uma relação emocional e afetiva. Tenho recebido muitas mensagens bacanas de pessoas que estão felizes com o retorno da novela e de Dom Pedro I.
Como tem percebido a recepção do público depois de três anos da estreia, em 2017?
Muito bem. Tem pessoas que querem rever a história que, como disse, criaram uma relação afetiva, outras que não conseguiram acompanhar na época e podem ver agora. Também acho que estamos vivendo um momento frágil e de muita incerteza, e ter algum entretenimento que leve um pouco de alegria e diversão para as pessoas é muito bom e bem-vindo.
Tem alguma característica ou algo que aprendeu com o personagem que ficou para a sua vida?
Faz tanto tempo, mas acho que de Dom Pedro I ficaram os ensinamentos da aula de violino. Ainda sei tocar algumas músicas. Também aprendi um pouco mais sobre cavalos, a montar, e consegui me relacionar melhor com eles depois da novela.
Como ficou a relação com a equipe?
Conheci grande parte durante o trabalho e ainda falo com a maioria, até hoje. Temos um grupo e nos falamos por lá.
ENTREVISTA COM LUISA MICHELETTI
O que você achou de ‘Novo Mundo’ ter sido escolhida para voltar ao horário das seis? Como recebeu a notícia?
Eu achei oportuna a edição especial da novela porque ela contextualiza a história do Brasil de um jeito didático e poético. Muitas questões que a gente vive hoje tiveram origem lá atrás. Dá pra gente entender as raízes de muitos problemas que temos hoje. A mistura étnica, cultural, o que a Leopoldina trazia da Áustria de referência estética. Faz sentido. Já que a próxima novela, ‘Nos Tempos do Imperador’, fala de Dom Pedro II (Selton Mello), quando as coisas voltarem ao normal, as pessoas vão poder seguir a história com cronologia.
Conte um pouco sobre os desafios da personagem:
Para mim foram dois grandes desafios: um foi a dança. Noémie era uma bailarina. Por mais que eu tivesse algumas noções, precisei ter muitas aulas. Adoro ter que ultrapassar as barreiras de quem eu sou. Essa é a parte mais legal do meu trabalho. Foi riquíssimo pra mim. O outro desafio foi o sotaque. A maioria do elenco teve que fazer, porque cada personagem vinha de um canto do mundo. No meu caso, o sotaque era francês. Tive que caprichar nessa prosódia. Eu adoro esse desafio. Me jogou para novas demandas do meu corpo e da minha fala.
Que cenas marcaram o seu trabalho e você quis rever?
Eu quis rever todas (risos). Mas acho que a cena que deu mais trabalho foi a da dança. E a mais bonita, que marcou mais, foi a cena da gravidez. Pra mim, como atriz, foi muito importante. O Caio Castro é um ator que joga muito junto. A presença dele foi essencial. Achamos uma conexão verdadeira entre um casal que sabe que não vai ficar junto, mas que está esperando um filho. Foi uma cena muito bonita de fazer.
O que percebeu no público após a volta da novela?
Acho que as pessoas têm muito carinho por essa novela. Fomos recebidos bem na época e desta vez. Essa novela é leve, tem humor, tem romance, e tem mensagens importantes para o Brasil hoje.
O que mudou da estreia em 2017 para os dias de hoje?
Acho que três anos depois, tudo mudou, mas nem tanto. A gente continua com as mesmas questões. Continuamos precisando de uma independência, mas em outros níveis. Temos que ter um estado forte, aprender a se sustentar, a ter capacidade de cuidar do nosso próprio povo.
O que levou desse trabalho?
Com a personagem, em si, tivemos uma convivência meio rápida. Mas o processo de trabalho me ensinou muito. Principalmente na prosódia e na função dessa personagem na trama. A questão de ela ser uma não-nobre, num reino ao qual ela não pertence e o que significa isso em questão de arquétipo de personagem.
Como ficou o contato com a equipe?
Eu fiquei muito amiga da Joana Antonaccio, que era assistente de direção e agora é diretora. Até hoje temos contato e conversamos sobre muitas coisas. A equipe inteira é maravilhosa. Diretores e elenco, todo mundo muito legal.