Recém saída do elenco de “Malhação – Toda Forma de Amar” (de Emanuel Jacobina) – que teve sua exibição interrompida recentemente – Karine Teles vai protagonizar a série “Os Últimos Dias de Gilda” (de Rodrigo de Roure) no Canal Brasil. Trata-se de uma adaptação da peça de teatro homônima, dirigida por Gustavo Pizzi.
O monólogo “Os últimos dias de Gilda” foi escrito em 2003 e estreou no Rio de Janeiro no ano de 2004 sob a direção de Camilo Pellegrini e interpretação de Karine Teles. A montagem de estreia participou da Mostra ‘Nova Dramaturgia Carioca’ – projeto capitaneado por Roberto Alvim – na Sala Paraíso do Teatro Carlos Gomes. Em 2009, sob a direção de Victor Esses e interpretação de Gael Le Cornec, ‘The Last days of Gilda’ estreou em Londres. Essa mesma montagem participou do Festival de Edimburgo no ano de 2011. Em Montpelier (França), no ano de 2011, ‘Les Derniers jours de Gilda’ foi dirigida por Katharina Stalder e teve Corinne Blanc Faugère no papel de Gilda. Em Paris, 2013, a atriz Hélène Bouchaud atua como ‘Gilda’ sob a direção de Julie Kpéré. O texto, traduzido para o francês (Les Derniers Jours de Gilda), para o inglês (The Last days of Gilda), para o alemão (Gilda – die letztenTage) e para o holandês (De Laatste dagen van Gilda) teve duas publicações: ‘Les Derniers Jours de Gilda’ na coleção bilingue ‘Palco Sur Scène’ (França e Brasil, 2010) e na coleção ‘De Nieuwe Toneelbibliotheek’ (Holanda, 2012) pela participação em intercâmbios e mostras de dramaturgia nestes dois países. Em 2012, o autor assinou contrato com a ‘Zuckerhut Theaterverlag’, editora alemã que divulga suas obras: ‘Gilda – die letztenTage’ e ‘Madame Dings’.
Gilda é uma criadora de porcos e galinhas para abate, talentosa cozinheira e amante de boa parte dos homens da vizinhança. Prepara deliciosas iguarias e as oferece antes, durante ou depois do ato sexual para seus tantos amores. As mulheres do entorno a odeiam e a querem morta, para conter essa influência libertária que Gilda exerce. Sua mais ferrenha inimiga é Cacilda, amargurada e invejosa, incita a vila inteira contra ela. Gilda tenta resistir aos ataques cada vez mais violentos e à paralela guerra entre traficantes e policiais que tem em seu bairro ponto estratégico. Opta por se isolar na sua cozinha e transforma seus dias numa reflexão sobre a vida, o amor e o sangue derramado dentro e fora de sua casa.