Nos próximos capítulos da novela “Éramos Seis” (de Ângela Chaves), exibida pela Rede Globo, Clotilde (Simone Spoladore) se arrepende de entregar seu filho com Almeida (Ricardo Almeida) para Olga (Maria Eduarda de Carvalho) e Zeca (Eduardo Sterblitch) criarem na cidade de Itapetininga (localizada na capital do estado de São Paulo).
Clotilde vai trás de Olga, tira a criança do berço para amamentá-la e deixa Olga desesperada por não ver o bebê dormindo. Ô meu filho, calminha, mamãe ajuda e…”, faz carinho Clotilde no quarto ao lado, o escuro, quando é pega em flagrante por Olga. “Clotilde do céu… O que está fazendo aí com meu caçula?”, pergunta Olga, espantada.
“Eu tenho leite, irmã, eu tenho. Ele é tão bonito. Parece o pai”, diz Clotilde. “O pai… o pai é o Zeca. Clotilde você amamentou o meu filho. Isso não está certo”, repreende Olga. “Mas ele é meu, sabe que é meu, e eu tenho leite, descobri que tenho”, insiste Clotilde. “Minha irmã do céu, estava quietinha no meu canto. Com meus quatro filhos me atormentando o juízo, me chega aqui com um bebê embalado pra presente e quase me mata do coração… Eu não te pedi nada, mas assim não pode ser”, avisa Olga. “Eu que te pedi e te agradeço ter aceito”, rebate Clotilde.
“Decidiu, está decidido… Não tem meio do caminho, minha irmã… Como é que eu fico? Como é que o Zeca fica e a cabecinha das minhas crianças, fica como? O Tavinho já está desconfiando de cegonha faz tempo, desde o nascimento do Zequinha no carro. E já vim eu num dia de chuva com o Francisco na mão dizendo que é irmão dele. Como é que fica, Clotilde?”, se enfurece Olga.
“Minha cabeça vai explodir. Eu cresci com muitas crenças. Que eu segui, eu quis seguir como manda o figurino. Abandonei um amor por medo e talvez tenha feito a mim e a ele infelizes para sempre. Então me rebelei. Quis viver esse amor, e já era tarde. Mas vivi. Tive uma experiência bonita, que chamam de pecado. Então achei que fui punida com este bebê”, constata Clotilde. “Só posso dizer que o pecado tem um rosto lindo. E não vou julgar ninguém”, afirma Olga.
“Mas tive vergonha, Olga. Reneguei, finge, fugi do meu filho o quanto pude, fugi desse amor. Mas bem que Durvalina me disse que ele não some, ele cresce com a barriga e com o tempo”, retruca Clotilde. “Ave Maria, se arrependeu de ter me dado o meu caçula”, se choca Olga. “Me arrependi. Mas fiz o melhor. Ele não será filho de uma mãe solteira. Terá uma família linda com a melhor mãe que ele pode ter, porque a mais generosa, a mais alegre, a mais certa que ele pode ter”, determina Clotilde. “Ah, meu filho… meu filho…”, se lamenta Olga.