Nos próximos capítulos da novela “A Dona do Pedaço” (de Walcyr Carrasco), exibida pela Rede Globo, Camilo (Lee Taylor) e Yohana (Monique Alfradique) finalmente conseguem colocar Josiane (Agata Moreira) atrás das grades por causa de três crimes graves cometidos contra Jardel (Duio Botta), Lucas (Kainan Ferraz) e Téo (Rainer Cadete).
Já com roupa de presidiária, Josiane é conduzida até uma cela cheia de mulheres perigosas, onde se comporta de forma petulante. “Mais uma aqui? Essa cela tá cheia. Não tem lugar”, reclama a capitã das presas. “Tem que ficar. Eu não mando. Só faço. Me mandaram botar ela aqui, tá botada. Entra”, manda a carcereira. “Mas a cela tá um pouco lotada”, se choca Josiane. “Lotada? Aqui tá um inferno”, ri a capitã das presas.
“Boa noite. Teu nome?”, pergunta a líder. “Jô”, responde a criminosa. “Jô é apelido. Nome”, exige a líder. “Josiane. Onde eu vou dormir?”, quer Josiane. “Motivo da prisão”, questiona a líder. “Eu fui acusada de homicídio. Mas sou inocente”, afirma Josiane. “Gostei de saber. Todo mundo aqui é inocente… Tem jeito de menina bem criada. Cê é das famosas? Tem a gente, prisioneiras comuns. E as famosas, que saíram no jornal”, filosofa a líder.
“Aqui celular só escondido. Senão tomam… Tem jeito de ter mãe, pai que têm grana. Eles conseguem um celular escondido?”, pergunta a chefe. “Minha mãe tá brigada comigo”, conta Josiane. “Motivo cê deve ter dado. A gente tem que honrar pai e mãe”, rebate a capitã. “Olha, eu já passei por um julgamento. Já cansei de ouvir lição de moral, ver choradeira, não é você que vai me dar lição de moral de novo”, resmunga Josiane.
“Sabe com quem tá falando?”, retruca a capiã. “Cê é uma presa. Tá que nem eu aqui na cela”, pouco se importa Josiane. “Eu sou a capitã, não só dessa cela não, mas da ala toda. Todo mundo aqui me respeita. Cê também vai me respeitar”, dá um ultimato a capitã.
“Coitada, acabou de chegar. É que nem eu. Meu pai era médico, sabe. Mas eu me meti com droga, tou aqui, fui presa por tráfico. Perdoa ela”, pede Nalva, outra presa. “Trinta anos e diz que é inocente?”, ri a capitã. “Para de tirar com a minha cara. Eu só quero saber onde vou dormir, quero descansar. Tou péssima”, briga Josiane. “Tá pensando que aqui é hotel cinco estrelas? Que tem cama pra você?”, diverte-se a capitã. “Se me puseram aqui é porque tem cama sim”, ressalta Josiane. “Eu consegui uma vaga na beliche de cima semana passada. Meu colchonete velho pode ficar pra você”, tenta acalmar a situação Nalva.
“Eu não vou dormir em colchonete”, avisa Josiane. “O quê? A Nalva tá te tratando bem, fazendo uma recepção e cê responde com desaforo?”, se irrita capitã. “Eu não tou aqui porque quero. Já tenho que cumprir minha pena. Não sou obrigada a ser amiga de vocês”, decreta Josiane. “O quê? Tá brincando com o perigo?”, ameaça a capitã. “Cê pode ser capitã do raio que te parta, em mim cê não manda. Agora dá licença, vou pegar aquela beliche lá. Vou deitar e dormir”, reafirma Josiane.
“Toma”, a capitã dá um tapa em Josiane. “Ai. Socorro”, resmunga Josiane. “Não grita socorro! Cala a boca e toma”, ameaça a capitã. “Ai! Eu perdi um dente”, diz Josiane, caída no chão. “Cê chegou aqui muito metidinha, vai ter que aprender. Cê não chama mais Josiane. Nem Jô. Agora todo mundo tem que te chamar do que eu mandar. Senão leva ferro”, avisa a chefe. “Qual meu nome agora?”, quer saber Josiane. “Carniça”, decreta a nova rival.