Entrevista: Maria Carol Rebello fala sobre a figura feminina de “Êta Mundo Bom”

No ar na novela Êta Mundo Bom – escrita por Walcyr Carrasco e Maria Elisa Berredo, com direção artística de Jorge Fernando, que vai ficar no ar até meados de setembro deste ano – como a taxi girl Olga, a atriz Maria Carol Rebello bateu um papo exclusivo com o site Noticiasdetv.com sobre como se preparou para viver a sua personagem nesta história de época, além do arquétipo da figura feminina entre os direitos já conquistados pelas mulheres na atualidade e a repressão que elas sofriam nos anos 40, período em que é retratado o folhetim em questão.

Em Êta Mundo Bom, a sua personagem, Olga, é uma mulher solteira e malvista pela sociedade por trabalhar como taxi girl para sobreviver, em uma época em que o ‘normal’ era ter filhos e cuidar do lar do marido. Como você lida com essas características na sua vida, tendo em vista que a mulher, hoje em dia, possui maior independência, embora ainda haja certa submissão e repressão ao direito feminino?
“Olga é uma mulher da década de 40, onde as mulheres já trabalhavam. Ela não é malvista por trabalhar, ela tem medo de ser malvista por trabalhar como taxi girl e por isso mente dizendo ser professora. Acho lindo a luta da mulher por todos esses anos. É um absurdo que, em 2016, ainda temos que discutir e achar que existe alguma submissão. Isso não pode existir e nem ser aceito por mulher nenhuma.”

Como foi a preparação para viver uma taxi girl na novela? Você já dançava antes? Quais são as suas especialidades na área? Houve algum cuidado especial com o corpo e com os cabelos por causa da personagem ou você naturalmente possui os seus próprios cuidados?
“Tivemos três meses incríveis de aulas de dança de salão. Sempre dancei: faço sapateado e amo dançar. Conhecia pouco da dança de salão, mas me encantei. Estou tomando mais cuidado com a pele e com os cabelos por causa das maquiagens e dos laquês que uso diariamente pra viver a Olga.”

Que perfil de personagem gostaria de interpretar no futuro?
“Interpretar mulheres fortes que tenham personalidade e que toquem outras mulheres a terem força e não se deixarem reprimir nunca.” 

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