Na reta final de ‘Amor Perfeito, está cada vez mais próximo o reencontro de Leonel (Paulo Gorgulho) com sua família. Sem memória e com limitações, consequência da tentativa de assassinato que sofreu pelas mãos da sua esposa Gilda (Mariana Ximenes), a volta do personagem é fundamental para a resolução da injustiça que recaiu sobre a vida de sua única filha, Marê (Camila Queiroz). Em entrevista, o ator Paulo Gorgulho fala sobre essa virada da trama, adianta cenas emocionantes e revela os rumos de seu personagem.
“A expectativa da volta do Leonel e dessa virada é bem grande. Ele é meio como a peça determinante, o elo que faltava para que as coisas se encaixem e partam para a solução final. E eu acredito que, sim, é o começo da redenção do personagem. O Leonel volta sem memória, completamente fora do lugar de segurança e da zona de conforto dele e o personagem tem que se reeducar, tem que se entender nessas relações e na sociedade. E, a partir dessa necessidade, ele começa a se transformar”, resume Gorgulho. Confira abaixo a entrevista completa.
Cândida e Verônica frente a frente; Marê de volta ao Grande Hotel
Depois de descobrir que Anselmo (Paulo Betti) é o verdadeiro pai de Júlio (Daniel Rangel), Cândida (Zezé Polessa) fica profundamente abatida, mas volta a reunir forças pensando nos filhos e no seu trabalho na prefeitura. Em cenas previstas para esta terça-feira, 22, Cândida e Verônica (Ana Cecília Costa) colocam o passado a limpo, tendo no centro da discussão a relação de cada uma com Anselmo. Em uma conversa franca, Cândida diz que não merecia ter sido enganada, o que Verônica concorda e acrescenta que também se sente assim, já que quando conheceu Anselmo não sabia que ele era casado. Cândida revela que sempre desconfiou do marido com Verônica, mas que jamais poderia imaginar que eles tivessem um filho. A primeira-dama fala então que a descoberta dessa história foi importante para ela tirar a venda dos olhos e enxergar o covarde que é o marido. A conversa termina de maneira afetuosa, com um abraço entre as duas.
Para Gilda, os dias não têm sido nada fáceis. Em plano elaborado por Marê com a ajuda de Nelson (Rômulo Weber), um amigo dos tempos do curso de Administração e Finanças, Gilda faz um investimento em ações que causa prejuízo suficiente para fragilizar sua administração diante dos demais acionistas do grupo. Afastada por tempo indeterminado da presidência, cabe a Érico (Carmo Dalla Vecchia) assumir o cargo. E um dos primeiros atos do advogado é escolher quem passa a ocupar a Gerência Administrativa do Grande Hotel Budapeste: Maria Elisa, então, volta a gerenciar o patrimônio que sempre foi seu.
Carminha Laranjeiras e Laura vêm aí
A cantora Carminha Laranjeiras (Dhu Moraes) chega com sua comitiva para uma apresentação no café-concerto do Grande Hotel Budapeste, para a felicidade de Aparecida (Isabel Fillardis), sua devotada fã, que também divide com ela o sonho de cantar. Na comitiva da artista está Laura (Gabz). Laura é a filha de Wanda (Juliana Alves) e Silvio (Bukassa Kabengelle), que deixou a cidade de São Jacinto em busca do seu sonho de se tornar cantora, escolha que Silvio jamais aceitou – daí o rompimento com o pai. A volta de Laura à cidade também é importante para a missão de Marê em provar sua inocência. As cenas estão previstas para irem ao ar no próximo dia 29.
ENTREVISTA COM PAULO GORGULHO
A morte de Leonel selou os destinos de Gilda (Mariana Ximenes) e Marê (Camila Queiroz) no começo da trama. E a volta dele promete causar um rebuliço nessa história. Qual a expectativa para essa virada? Seria o começo da redenção de Leonel?
A expectativa da volta do Leonel e dessa virada é bem grande. Ele é meio como a peça determinante, o elo que faltava para que as coisas se encaixem e partam para a solução final. E eu acredito que, sim, é o começo da redenção do personagem. O Leonel volta sem memória, completamente fora do lugar de segurança e da zona de conforto dele e o personagem tem que se reeducar, tem que se entender nessas relações e na sociedade. E, a partir dessa necessidade, ele começa a se transformar.
O personagem volta com problemas na memória e algumas limitações após sobreviver a tentativa de assassinato. Além da caracterização, houve alguma preparação?
Sim, teve que haver porque agora é o lugar do não fazer. É só o sentir. Está tudo na cabeça dele, então é um trabalho interno intenso, dinâmico e constante para que o “não fazer nada” do personagem pudesse transmitir tudo o que estava acontecendo com ele. Fora a questão de também me adaptar a enxergar com um olho só, já que agora o personagem passa a usar uma espécie de tampão, o que muda muito a relação das coisas.
Pode adiantar algo sobre a cena do reencontro de Marê (Camila Queiroz) com Leonel (Paulo Gorgulho)?
Ah, foi muito especial, muito emocionante. E, fora, que quem faz a minha filha é a Camila Queiroz. Não é qualquer pessoa, é uma grande atriz, uma pessoa incrível, muito legal. Então, foi muito gostoso de fazer, intenso, emocionante e lindo. Tenho certeza que o público vai se emocionar porque a gente fez com muita dedicação e com muita verdade.
Em breve, seu personagem receberá abrigo na Irmandade. Como tem sido gravar nesse núcleo? E as cenas com Marcelino (Levi Asaf)?
A Irmandade é uma farra, né? É um lindo circo. Aqueles grandes nomes que estão lá, todos já velhinhos. Mas com uma bagagem, uma experiência e um talento incrível. Então é um presente, é um parque de diversões levado a sério. E o Levi, pelo amor de Deus, é um achado, esse menino é especial, estou encantado com ele e muito feliz, muito honrado de estarmos gravando juntos e dele fazer meu neto. Fico emocionado. E ele é muito parceiro, cada vez está entendendo mais a dinâmica do nosso trabalho e fica mais tranquilo, relaxado e seguro. E está navegando com muita destreza. Então é um prazer, além de ele ser uma pessoa… uma pessoinha encantadora.
Estava ansioso para o retorno? Como foi a recepção da equipe da novela? Como tem sido a recepção do público?
Eu estava bem ansioso para retornar porque eu gosto muito da história, da novela, do personagem que eu faço. Acho que o Leonel passa mensagens poderosas nesse lugar dele, de elite branca, machista, racista. É um homem preconceituoso, intolerante e autoritário. Então, eu estava muito ansioso e feliz para voltar e reencontrar a equipe, com quem eu estive no começo da novela. E eu adoro! O time é incrível, maravilhosa, pessoas muito legais, carinhosas e competentes. E o público está adorando e espera que eu vingue e salve a Marê (Camila Queiroz), puna a Gilda (Mariana Ximenes) e que meu personagem se transforme.
‘Amor Perfeito’ é criada e escrita por Duca Rachid e Júlio Fischer com direção artística de André Câmara. A obra é escrita com Elísio Lopes Jr, com a colaboração de Dora Castellar, Duba Elia e Mariani Ferreira. A direção é de Oscar Francisco, Alexandre Macedo, Lúcio Tavares, Joana Antonaccio e Larissa Fernandes. A produção é de Isabel Ribeiro e Mônica Fernandes e a direção de gênero de José Luiz Villamarim.