O insinuante Wanderlei, interpretado por Paulo Betti, é amante da ácida Raquel (Gloria Pires), a gêmea má de ‘Mulheres de Areia’. A novela, que volta ao ar dia 26 de junho, no ‘Edição Especial’, tem lugar importante na carreira do ator, que também está no folhetim das seis, ‘Amor Perfeito’, como o prefeito Ancelmo Evaristo.
Na trama, Raquel, interessada somente no dinheiro do jovem empresário Marcos Assunção (Guilherme Fontes), consegue seduzir o rapaz e levá-lo ao altar, no lugar de Ruth (Gloria Pires), sua irmã gêmea, que verdadeiramente o ama. Enquanto isso, ela mantém encontros às escondidas com Wanderlei, mas é descoberta pelo escultor Tonho da Lua (Marcos Frota). Após desaparecer num acidente no mar, e ser dada como morta, Raquel descobre que sua irmã está se passando por ela e planeja se vingar. Ela se une a Wanderlei para dar um golpe na família Assunção, além de se fantasiar de assombração para assustar da Lua.
O final de Wanderlei é trágico e envolve um assassinato. Em 1993, a morte de Wanderlei se tornou um dos principais assuntos do público, que estava ávido por saber quem teria sido o autor do crime.
Confira a entrevista com Paulo Betti:
Quais são as suas principais lembranças de seu personagem em ‘Mulheres de Areia’?
Lembro de conversas que a gente tinha, de ficar jogando sinuca. Lembro de gravações com o Guilherme Fontes, com a Gloria Pires. Lembro que eu falava muito que eu era o namorado mau da gémea má, porque tinha o namorado bom da gêmea boa (risos). Mas eu me lembro muito do clima. Lembro também do Marcos Frota fazendo o papel que tinha sido do Gianfrancesco Guarnieri na primeira versão dessa novela. Foi tudo muito agradável. Até hoje, em muitos lugares, as pessoas falam ‘Guanderlei’, porque a novela passou em vários países de língua espanhola, então eu fiquei muito conhecido como ‘Guanderlei’.
Como foi contracenar com nomes como Gloria Pires?
A Gloria Pires fazia o papel da gêmea boa e da gêmea má, e ela estava sempre às voltas com essa dualidade. Gloria Pires foi uma parceira incrível, a gente se relacionava muito bem e tinha altas conversas, sempre fui muito feliz trabalhando com ela.
Wanderlei teve um final trágico, ao ser misteriosamente assassinado. O que você acha do desfecho desse personagem?
Eu fiquei muito preocupado quando soube desse destino do personagem porque, naquela época, as revistas às vezes publicavam as matérias como se fosse sobre a gente. Eles não iam dizer ‘Wanderlei foi assassinado’, podia sair em uma revista ‘Paulo Betti foi assassinado’. Então eu tinha sempre essa preocupação em relação a minha mãe e aos meus familiares, para que eles não tomassem um susto vendo isso na imprensa. Era uma confusão danada.
Qual é a expectativa para estar no ar com dois papéis ao mesmo tempo, em novelas e épocas diferentes?
Que eu não tenha um ataque cardíaco ao ver a passagem do tempo (risos). A expectativa é de que o trabalho esteja bem-feito, que eu tenha feito bem o personagem naquela época, a passagem do tempo, inevitavelmente, será visível.
‘Mulheres de Areia – Edição Especial’ estreia dia 26 de junho, logo após o ‘Jornal Hoje’. A obra tem autoria de Ivani Ribeiro com colaboração de Solange Castro Neves. A direção é de Carlos Magalhães com Ignácio Coqueiro e direção geral de Wolf Maya. A novela ainda conta com Daniel Dantas, Vivianne Pasmanter, Eloísa Mafalda, Paulo Goulart, Evandro Mesquita, Oscar Magrini e grande elenco.