Baseada na obra homônima de Ariano Suassuna, com misturas ainda de outras obras, a minissérie “O Auto da Compadecida” (de Adriana Falcão, Guel Arraes e João Falcão) vai ganhar uma reprise no canal fechado Viva a partir do dia 5 de março. A produção conta com direção artística de Guel Arraes.
Na pequena Taperoá, sertão paraibano, vive de pequenos bicos e muita esperteza a dupla João Grilo e Chicó. O primeiro, que costuma dar jeito em tudo, arruma encrenca na tentativa de convencer o Padre João a benzer a cachorra desenganada de sua patroa, a fogosa Dora, mulher do padeiro Eurico. O segundo, covarde e mentiroso, segue os passos do amigo, mas alerta que as coisas vão terminar mal. Está com razão. A cachorra morre e Dora quer um enterro cristão para o animal.
Mediante uma suposta herança deixada pela cachorra em testamento, o padre faz o enterro e os fatos acabam nos ouvidos do bispo, em visita a Taperoá, que também quer a sua parte na herança. Está também na cidade Rosinha, filha do poderoso Major Antônio Morais, que oferece a mão da moça a um pretendente valente e rico. Chicó se apaixona por ela e, com a ajuda de João Grilo, tenta enganar o major. É quando o temível cangaceiro Severino e seus capangas invadem a cidade.
Os personagens são mortos no confronto com os cangaceiros e vão a julgamento tendo o Diabo como advogado de acusação. Jesus Cristo é o juiz e João Grilo pede para que Sua mãe, Nossa Senhora – a Compadecida – interceda por eles. A santa consegue livrar os mortos da condenação ao inferno e se compadece de João Grilo, que volta à vida para se redimir dos pecados cometidos. Ele reencontra seu parceiro Chicó, agora possuidor de uma grande fortuna obtida com falcatruas.
Certo de que finalmente está rico, João Grilo surpreende-se ao saber que Chicó deve doar todo o dinheiro como pagamento da promessa que fizera para ter o amigo de volta. Ao fim da história, os dois continuam pobres e ganham a estrada com nova companhia, Rosinha, que abandonara tudo para viver ao lado de Chicó.