‘Verdades Secretas’ exigiu um processo de preparação intenso para Felipe Hintze. Na trama de Walcyr Carrasco, seu personagem, Eziel, lida com o bullying que sofre na escola por ser obeso e com a paixão pela melhor amiga Angel (Camila Queiroz). “Mesmo com pouca idade, ele carrega uma intensidade e uma vivência extrema. Coloquei muita humanidade em todos os seus momentos, compreendendo suas viradas na trama. E como o Eziel trabalha na hamburgueria do pai, eu fiz um laboratório e trabalhei durante um mês em uma hamburgueria, quis aprender como é o ritmo de trabalho. Esse projeto demandou muita dedicação, muito estudo! Isso é muito gratificante para nós atores”, relembra.
Nos momentos livres, Felipe conta que o elenco jovem se divertia muito e construiu fortes amizades. “Os laços que construí durante esse trabalho se perpetuam até hoje. Fui padrinho de casamento da Camila Queiroz e toda vez que a Agatha Moreira vai para São Paulo, ela fica na minha casa. Quando encontro alguém do elenco sempre existe um carinho muito especial”, revela Felipe. Em entrevista, o ator relembra um pouco mais o trabalho e os bastidores.
‘Verdades Secretas’ é escrita por Walcyr Carrasco, com direção de núcleo de Mauro Mendonça Filho e direção geral de André Felipe Binder, Natália Grimberg e Mauro Mendonça Filho, direção de Allan Fiterman, Mariana Richard e André Barros. A obra vai ao ar às segundas após ‘Império’, às terças depois de ‘The Masked Singer Brasil’, às quintas na sequência de ‘Sob Pressão’, e às sextas após o ‘Globo Repórter’.
ENTREVISTA COM FELIPE HINTZE
O que pensou quando soube que ‘Verdades Secretas’ voltaria a ser exibida na TV Globo?
Acho que ‘Verdades Secretas’ merece essa reprise não apenas para preparar o público para a sua continuação que está vindo aí, mas também para estabelecer uma conexão com o tempo de agora. A pandemia fez com que as pessoas olhassem mais para dentro de si, investigando mais os próprios sentimentos.
Como você descreveria seu personagem e como foi o processo de construção dele?
Mesmo com pouca idade, meu personagem carrega uma intensidade e uma vivência extrema. O Eziel lida com o bullying que sofre na escola e com a paixão pela sua melhor amiga. Coloquei muita humanidade em todos os seus momentos, compreendendo suas viradas na trama. E como o Eziel trabalha na hamburgueria do pai, eu fiz um laboratório e trabalhei durante um mês em uma hamburgueria, quis aprender como é o ritmo de trabalho.
Como o Eziel marcou a sua carreira?
Esse trabalho marcou a minha carreira de uma forma muito especial. ‘Verdades Secretas’ é uma novela icônica, que me rendeu muitos frutos. Os laços que construí lá se perpetuam até hoje. Eu fui padrinho de casamento da Camila Queiroz e toda vez que a Agatha Moreira vai para São Paulo, ela fica na minha casa. Quando encontro alguém do elenco sempre existe um carinho muito especial.
Como foi o convite para fazer parte do elenco de ‘Verdades Secretas’?
Eu estava gravando a série ‘Dupla Identidade’, com o Mauro Mendonça Filho e, no meio da gravação, ele me convidou para o projeto. O Walcyr já conhecia o meu trabalho, pois tinha me visto no teatro.
Qual a principal lembrança que você tem do período de gravação?
Eu lembro muito da nossa rotina, do elenco jovem. A gente morava no mesmo prédio no Rio de Janeiro durante o período de gravação e fazia tudo junto. Acredito que essa convivência extrema beneficiou no resultado do trabalho.
Qual foi o principal desafio desse trabalho?
Desmembrar a complexidade das personagens foi um desafio, mas a gente foi muito bem conduzido pelo Mauro Mendonça Filho e a pela nossa preparação. O projeto demandou muita dedicação, muito estudo! Isso é muito gratificante para nós, atores.
O público o abordava muito nas ruas por conta da trama quando ela foi exibida originalmente?
Muito! Até hoje as pessoas me param na rua para falar de ‘Verdades Secretas’, mesmo eu fazendo outros trabalhos na Globo. Ficou na memória das pessoas.
O Eziel sofria bullying na escola. Como foi para você levantar essa questão com seu personagem?
Foi a primeira vez que eu tive a percepção de como o meu trabalho pode afetar as pessoas. Um dia eu estava saindo do supermercado quando fui parado por um menino que me disse que sofria preconceito por ser obeso e que, quando me via na televisão, eu inspirava ele a ir atrás dos seus sonhos. A representatividade é muito importante para a sociedade. Fico feliz por contribuir com isso.
A trama fez muito sucesso em 2015 e tem sido muito bem recebida agora. A que você atribui o sucesso da história?
À genialidade da trama, à direção primorosa e ao elenco bem escalado. Tudo contribuiu para o sucesso do projeto.
Você está assistindo novamente à trama? É muito autocrítico ao rever um trabalho antigo?
Estou revendo sim. Há um tempo, eu revi alguns episódios no Globoplay. Agora estou acompanhando na íntegra. Tenho autocrítica na hora da realização, mas depois que está feito eu aproveito e assisto como público.