O diretor Jaci (Paulo Gorgulho) e os professores Lúcia (Debora Bloch), Marco André (Silvio Guindane), Sônia (Hermila Guedes) e Eliete (Thalita Carauta) estão de volta para o início de mais um ano letivo no curso noturno de jovens e adultos da Escola Estadual Carolina Maria de Jesus. Porém, as poucas matrículas não são suficientes para manter os portões abertos e é preciso um milagre para que os estudantes não voltem para casa sem o tão sonhado diploma. No dia 10 de setembro, o Globoplay estreia a segunda temporada da série Original ‘Segunda Chamada’. Nesta sequência, os conflitos que permeiam a vida dos personagens se fazem ainda mais complexos. Alunos, professores e funcionários vão aprender a desenvolver modos próprios de exercitar a tolerância para que todos possam conviver em harmonia, respeitando suas grandes diferenças. Os seis episódios da obra, parceria da Globo com a O2 Filmes, volta a destacar o poder transformador da Educação e traz novas e emocionantes história de superação.
Cada um com o seu passado, os novos alunos não se definem apenas pelo que mostram ao mundo, mas pelos sentimentos e desejos escondidos por uma vida de dificuldades, ‘nãos’ alheios e crenças limitantes. Abuso, intolerância racial, alcoolismo e a violência em todas as suas formas são alguns dos obstáculos que construíram as certezas dos jovens e adultos matriculados na escola. Nesta temporada, o colégio se prepara ainda para acolher estudantes que sequer têm onde morar e que, por isso, vivem sob os viadutos e pontes de São Paulo. A volta de ‘Segunda Chamada’ também desenvolve as histórias pessoais dos professores do colégio, suspensas desde o final da primeira temporada.
O primeiro contato do público com a obra escrita por Carla Faour e Júlia Spadaccini e com direção artística de Joana Jabace foi em 2019, com as histórias dos alunos e professores que passaram pelo cenário de ‘Segunda Chamada’ durante a primeira temporada. Para as autoras, escolher as temáticas da segunda temporada surge como uma ação mais do que rotineira e automática. Nesta nova fase, com a iminente ameaça da extinção do curso noturno para jovens e adultos, Carla e Júlia decidiram trazer para as salas de aula da Escola Carolina Maria de Jesus não só os dramas dos alunos da comunidade onde se passa a narrativa, mas também daqueles que sequer tem onde morar.
A criação dos nove personagens sem residência fixa e a ideia de matriculá-los como alunos surgiu enquanto as autoras andavam pelas ruas de grandes cidades, cada dia mais tomadas por homens, mulheres e crianças sem abrigo. Mostrar um pouco da realidade de pessoas em situação de rua é algo delicado, principalmente considerando todos os preconceitos que esses indivíduos suscitam. Mas o que dizer quando falamos do direito à educação para essa camada mais desassistida da sociedade? E o que acontece quando eles passam a conviver com outro grupo de pessoas já matriculadas, elas também necessitadas e cheias de problemas? São esses os questionamentos das autoras que deram origem à trama.
“Nessa segunda temporada, não vamos deixar de abordar as carências ligadas à educação pública, que continua sendo o foco da série. Mas, com a chegada dos novos alunos da escola, que são tão diferentes entre si, quisemos dar voz a uma camada ainda mais, digamos, invisível, que são as pessoas em situação de rua”, esclarece Carla Faour. Para Júlia Spadaccini, a novidade é um convite à reflexão: “Se na primeira temporada tratamos das histórias de pessoas que têm tão pouco, agora contaremos as dificuldades de estudantes mais necessitados ainda. O convite que fazemos ao público é: se juntarmos as experiências dos alunos já matriculados com a vida daqueles que sequer tem onde morar, o que acontece? Os conflitos não podem deixar de surgir, mas todos precisarão encontrar um modo de conviver, certo?”.
O extenso processo de pesquisa, herança da primeira temporada, continua presente. A dupla de autoras se preocupou em entender profundamente o tema, na tentativa de quebrar estereótipos e preconceitos: “Morar na rua é uma situação transitória, ninguém efetivamente escolhe os viadutos e pontes como casa. Na correria do dia a dia, não temos o hábito de pensar o que levou esses indivíduos a escolherem essa vida. Viver em avenidas, edifícios abandonados e pelas estradas tem um custo e até horários”, afirma Julia Spadaccini. Desde o início, as autoras souberam que a generalização é uma arma perigosa: “Seria uma irresponsabilidade tratar essas pessoas como um bloco. Os nossos personagens são seres humanos, colecionam histórias de um passado cheio de momentos significativos. Também são muitos os motivos que os levaram a viver a vida que levam. É isso que queremos mostrar, as histórias”, completa Carla Faour.
A preocupação de ir além do simples rótulo de ‘moradores de rua’ também foi da diretora artística, Joana Jabace. De volta à locação que dá vida à Escola Carolina Maria de Jesus, a diretora chega com a missão de dirigir novos atores e descobrir, junto com o elenco, o melhor caminho para contar sobre os estudantes recém-chegados: “Temos novas temáticas, representadas também pelos alunos que não moram na rua, que também emocionam e têm seu o seu peso para a série. É minha a reponsabilidade de ouvir o que o elenco tem a dizer e transmitir a esperança e as histórias de superação dos personagens. A educação é responsável por resgatar as pessoas. É um tema extremamente relevante e não importa se a pessoa vive ou não na rua. É o mesmo efeito para todo mundo.”
O elenco da segunda temporada de ‘Segunda Chamada’ ainda é composto por Angelo Antonio, Flávio Bauraqui, Moacyr Franco, Rui Ricardo Dias, Jennifer Dias, Pedro Wagner, Rejane Faria, Tamirys O’Hanna, Gustavo Luz, Nena Inoue, Nataly Rocha, Sidney Santiago, entre outros.
Original Globoplay, ‘Segunda Chamada’ é uma série da Globo em parceria com a O2, criada por Carla Faour, Julia Spadaccini e Jo Bilac. A segunda temporada de ‘Segunda Chamada’ é escrita por Carla Faour e Julia Spadaccini, com Dino Cantelli, Gionana Moraes, Maira Motta e Marcos Borges. A direção é de Joana Jabace, Henrique Sauer e Pedro Amorim; com direção artística de Joana Jabace, e direção geral de Pedro Amorim. A produção na TV Globo é de Isabela Bellenzani e na O2, de Bel Berlinck.
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