Suzy Rêgo abriu o baú memórias e está curtindo a viagem ao passado com as reprises das novelas Império, A Viagem, Salvador da Pátria, Era Uma Vez e Top Model, essa última disponível no catálogo do Globoplay. Em tempos de pandemia, a atriz tem adorado se rever em cena, com um olhar gentil sobre as personagens que marcaram a carreira, saboreando todos os momentos da trajetória nas artes dramáticas, que começou em 1989.
“É uma alegria me rever em cena, sou extremamente generosa com minha trajetória, estou longe de ser saudosista, nostálgica, mas amo falar os nomes de todos os colegas, reverenciar meus mestres, aplaudir os saudosos, relembrar as circunstâncias das gravações, comentar os costumes, figurinos, tendências, comportamentos e relembrar as tramas. Sou a presidente do meu fã-clube (a lôka!)”, brincou ela.
Momentos marcantes em A Viagem e Império
Em A Viagem e Império, o talento de Suzy fez toda a diferença para transformar Carmem e Beatriz Bolgari, respectivamente, em queridas do público. Ambas são otimistas, não se abalam com os obstáculos e não lhes faltam espírito aguerrido. Quase 20 anos separam uma personagem da outra e a atriz analisa o amadurecimento profissional.
“Carmem me fez tão feliz, foi uma honra interpretar a personagem representada por Ana Rosa na versão original da novela de Ivani Ribeiro. Carmem é leal, aguerrida, sonhadora, calejada, porém otimista e espiritualizada, tem uma vida afetiva disfuncional e, mesmo assim, segue otimista e humilde. Personagem admirável. E Beatriz é surpreendente e polêmica. Um prêmio para uma intérprete entregue feito eu. Beatriz é amor”, observou ela, que revelou uma curiosidade: por pouco não contracenou com Fernando Vieira, seu marido e pai de seus filhos gêmeos, Marco e Massimo, em A Viagem. Ele quase ficou com o papel de Mascarado, ex-noivo de Carmem, interpretado por Breno Moroni.
“Meu marido, Fernando Vieira, ator, mímico, clown, especialista em Commedia dell’ Arte, quase interpretou o Mascarado. Detalhes logísticos o impediram. Na época eu ainda não o conhecia”, contou ela.
Mulher multitarefa
Mas a carreira de Suzy não se limita às artes dramáticas. Ela começou aos 13 anos como modelo, foi Miss Pernambuco em 1984, e concilia outras funções – dona de casa, empresária, voluntária, embaixadora de produtos e serviços, produtora cultural, investidora, CEO, cozinheira, motorista, administradora, coach doméstica, influenciadora digital, mantenedora da limpeza, organizadora de eventos on-line, diretora de conteúdo -, que fazem dela uma mulher multitarefas, com empatia e solidariedade, preocupada com o mundo a sua volta e o mundo que deixará aos filhos.
“Agrego várias possibilidades profissionais ligadas a minha profissão. Atuo como voluntária em importantes causas sociais e, desde o início da pandemia, tenho me empenhado em coletar alimentos para quem precisa. Meu projeto de sustentabilidade segue, sou a mulher real que desejo para o mundo”, disse ela, que também não dispensa a vaidade. Fã de procedimentos estéticos, a atriz, de 54 anos, já pensa no que pode melhorar: “Após a segunda dose da vacina contra a Covid farei funilaria e pintura”, divertiu-se.
Mãe coruja
E, claro, que o lado mãezona não fica de fora. A atriz é só orgulho dos rebentos, que completam 12 anos em julho.
“Meus filhos, Marco e Massimo, são a elevação espiritual, compreendem o isolamento, felizmente se exercitam da forma possível e entendem as regras, pois desde que nasceram estão habituados aos horários de aulas (atualmente on-line), refeições, treinos, lições, colaboração nas tarefas caseiras, brincadeiras e conectividade. Temos reuniões diárias de cinco minutos e somos muito afetuosos, beijoqueiros e parceiros. Eles têm e são nossa escuta, minha e do Fernando”, pontuou ela, que vê a família como um time.