Nos últimos tempos, Christiane Torloni tem aproveitado a oportunidade de rever trabalhos importantes na carreira, como ‘Fina Estampa’, reexibida na TV Globo no ano passado, e ‘Mulheres Apaixonadas’ e A Viagem’, que estão no ar no Canal Viva. A partir da próxima segunda, dia 29, a atriz poderá relembrar também o papel como a sofisticada Rebeca em ‘Ti Ti Ti’, no ‘Vale a Pena Ver de Novo’. Logo no começo da trama a personagem fica viúva de Orlando (Paulo Goulart), com quem teve dois filhos: Jorgito (Rafael Cardoso) e Camila (Maria Helena Chira). Ela nunca precisou trabalhar, mas quando o marido morre decide arregaçar as mangas e assume o comando da confecção que garante a renda da família, sem ter o menor conhecimento de contabilidade, administração e planejamento. Rebeca conta com a ajuda Gino (Marco Ricca), funcionário da fábrica, que se apaixona perdidamente por ela. “Vai ser uma maravilha ter mais um trabalho sendo reprisado. Com ‘Ti Ti Ti’ vão ser três novelas que fiz ao mesmo tempo no ar. Quando a gente tem a oportunidade de ver uma reprise, enxerga o trabalho com outros olhos. Principalmente os mais antigos. ‘A Viagem’ tem quase 30 anos, ‘Mulheres Apaixonadas’, quase 20, e agora ‘Ti Ti Ti’, exibida há 10 anos. Vou ter uma linha do tempo da construção do meu trabalho de atriz . É muito interessante se ver em fases tão diferenciadas. É um aprendizado e ajuda a gente a melhorar”, acredita a veterana.
Em entrevista, a atriz relembra o trabalho em ‘Ti Ti Ti’, que estará de volta no ‘Vale a Pena Ver de Novo’ a partir do próximo dia 29, dividindo a faixa com as emoções finais de ‘Laços de Família’. Ti Ti Ti’ é escrita por Maria Adelaide Amaral, com direção de núcleo de Jorge Fernando e direção de Marcelo Zambelli, Maria de Médicis e Ary Coslov.
Entrevista com Christiane Torloni
Como foi receber a notícia de que ‘Ti Ti Ti’ estará de volta no ‘Vale a Pena Ver de Novo?’ Você curte rever seus trabalhos?
Vai ser uma maravilha ter mais um trabalho reprisado. Com ‘Ti Ti Ti’ vão ser três novelas ao mesmo tempo no ar, contando com ‘Mulheres Apaixonadas’ e ‘A Viagem’, exibidas pelo Canal Viva. É muito interessante essa experiência porque quando você faz o trabalho, tem um crivo ao ver os capítulos, a necessidade de melhorar, de ajustar. A gente nunca pode esquecer que a novela é uma obra aberta. Então, ela deve ser vivenciada como uma obra em construção. A gente sempre pode melhorar, muito, durante uma novela. Quando temos a oportunidade de ver uma reprise, você enxerga o trabalho com outros olhos. Principalmente os mais antigos. ‘A Viagem’ tem quase 30 anos, ‘Mulheres Apaixonadas’, quase 20, e agora ‘Ti Ti Ti’, exibida há 10 anos. Vou ter uma linha do tempo da construção do meu trabalho de atriz. É muito interessante se ver em fases tão diferenciadas. É um aprendizado e ajuda a gente a melhorar.
Quais são as principais recordações que tem de ‘Ti Ti Ti’?
Foi o último trabalho que fiz com o Jorge Fernando, então ele é carregado de emoção. O Jorginho era um príncipe, um querido, além de um artista completo, que dançava, cantava, sapateava. Um excelente diretor, que imprimia um ritmo de prazer, de humor e de rigor, uma combinação adorável. Talvez essa seja a lembrança mais forte que eu tenho desse momento, que foi nosso último encontro carinhoso, divertido. Carrego comigo uma gratidão de ter tido esse encontro com ele numa novela que fez tanto sucesso também.
Como foi a composição para a personagem? O que aprendeu sobre o mundo da moda?
Eu já tive outras personagens que passaram pelo universo da moda, como a Laila, em ‘ Um Anjo Caiu do Céu’, e sou uma pessoa bastante antenada com esse tema, então vamos sempre trazendo as experiências na bagagem. E a equipe da novela apresentou muitas referências. Quando o papel chega para você, já foi feito um trabalho enorme de pesquisa. É o momento de compor todo o universo da personagem, suas cores, seus figurinos, seus estilos. É um trabalho coletivo e isso me dá muito prazer, adoro trabalhar em equipe. Eu gosto muito de poder viajar nas sugestões e me surpreender.
Como foi seu encontro profissional com o Marco Ricca, com quem você mais contracenou?
Foi um encontro adorável, Marco Ricca é um grande ator, um companheiro delicioso de cena, que tem a maior paciência no set de gravação. Foi um encontro muito gostoso que até hoje eu espero que se repita em outros trabalhos, porque o tempo só tem nos feito bem, não tenho a menor dúvida nesse sentido (risos).
Qual é sua principal lembrança dos bastidores da novela?
O reencontro com colegas com quem já tinha trabalhado e o encontro com novos. Com a Claudia Raia, a gente já tinha feito algumas novelas juntas e nessa tivemos o prazer de compartilhar o mesmo camarim. Foi delicioso porque a Claudia é uma companheira divertidíssima, uma mulher inteligente, disciplinada e organizada. Nós somos colegas há muitos anos e foi um prazer enorme fazer esse trabalho com ela.
Quais são seus planos e projetos para esse ano?
Todos os meus planos foram adiados. Continuo dedicada as questões ambientais, há muitos anos atuo na defesa da Floresta Amazônica e agora do Pantanal, isso dá um trabalho gigantesco. Eu lancei um filme em 2019, ‘Amazônia, o despertar da Florestania’, e toda a agenda de circulação de exibição e debate do filme no segmento acadêmico, escolas e universidades, foi paralisada no ano passado e nesse ano também. Estamos num momento de muita perplexidade, esperando que a vacinação coletiva possa realmente acontecer.