‘Laços de Família’ é o trabalho que revelou Giovanna Antonelli como uma das melhores atrizes de sua geração. A forma como representou os conflitos da garota de programa Capitu e seu carisma indiscutível conquistaram o público há vinte anos. Hoje, a atriz revive o sucesso com a exibição da novela de Manoel Carlos no ‘Vale a Pena Ver de Novo’ e percebe que as pessoas continuam torcendo pela felicidade da personagem. Nesta semana, Capitu viveu cenas dramáticas ao lado do pai, Paschoal (Leonardo Villar), e novamente comoveu os espectadores, com intensa repercussão nas redes sociais. “A história tão humana do Maneco toca diretamente o coração das pessoas porque a Capitu é uma pessoa real, com dilemas reais. Aborda um tema delicado, com lastro para muitas situações verdadeiras”, analisa a atriz.
Depois do sucesso de Capitu, Giovanna brilhou como a protagonista Jade em ‘O Clone’, trama que, assim como ‘Laços de Família’, entrou recentemente para o catálogo do Globoplay como parte do projeto de resgate de novelas clássicas. Na entrevista abaixo, a atriz relembra o sucesso, o dia a dia de gravações, e a complexidade de sua personagem.
Exibida no ‘Vale a Pena Ver de Novo’, ‘Laços de Família’ é escrita por Manoel Carlos, com direção geral e de núcleo de Ricardo Waddington.
Entrevista com Giovanna Antonelli
Quais sentimentos a exibição de ‘Laços de Família’ no ‘Vale a Pena Ver de Novo’ desperta em você?
Sempre sinto uma saudade dos bons momentos que vivi na profissão. Essa novela foi um grande acerto em todos os sentidos, com uma equipe maravilhosa envolvida. É muito bom poder rever essa história.
‘Laços de Família’ foi o trabalho que proporcionou uma virada na sua carreira. Como foi o processo de construção da Capitu e a que atribui o enorme sucesso da personagem?
Sem dúvida foi uma grande oportunidade na minha vida que agarrei com toda a dedicação. Tenho muita gratidão ao Manoel Carlos e ao Ricardo Waddington por terem acreditado no meu trabalho. Para construir a personagem convivi com várias garotas de programa na época, foi um processo muito rico. Com certeza a forma como Maneco conta suas histórias, com tanta humanidade, foi determinante para o sucesso dessa personagem.
Quais as principais lembranças que guarda do período de gravações?
Lembro muito da troca com as pessoas durante as gravações nas ruas do Leblon, elas interagiam e ajudavam. Foi um trabalho muito feliz, com um grande elenco. Sempre busco me divertir quando estou trabalhando. Quem trabalha comigo sabe que eu amo trabalhar com humor, ao lado de quem também se diverte e ama o que faz.
Qual a cena foi mais marcante para você?
Quando os pais da Capitu descobrem que ela é garota de programa. Walderez de Barros e Leonardo Villar foram fantásticos comigo e foi uma honra poder estar com eles, tão talentosos e generosos, durante essa cena tão difícil e durante toda a novela.
O que mais te atraía na personagem? Consegue eleger sua personagem preferida em 30 anos de carreira?
O fato de ela ser uma mulher de personalidade e força. A personagem do momento é sempre a preferida. Não tem jeito, eu sou uma apaixonada por trabalho, me dedico, me jogo de cabeça. Tive várias personagens inesquecíveis nesses anos todos. Quando as personagens chegam ao Saara (centro de comércio no Centro do Rio) e à 25 de março (rua de lojas populares em São Paulo), aí eu sinto que contaminaram o público. E isso me deixa muito feliz.