Mãe adolescente, Keyla (Gabriela Medvedovski) é do tipo bem resolvida, consegue manter os pés no chão diante das dificuldades, mas ao mesmo tempo é muito romântica e sonha conhecer um príncipe encantado. Chegou a ter esperança de que Deco (Pablo Morais) ocuparia esse lugar após se conhecerem em Santos, no litoral de São Paulo, ainda mais depois de descobrir que estava grávida do rapaz. Como as coisas não saíram como ela esperava, todos pensam que Tato (Matheus Abreu) é o pai de Tonico.
Durante toda a gravidez e depois que seu filho nasceu, ela quis procurar Deco e contar a verdade. O medo de encarar os fatos e estremecer sua relação com Tato a impediu de seguir em frente. Até que o namorado se mostrou compreensível e apoiou sua decisão. Keyla procurou e encontrou Deco, mas recusou seu convite para ir a Santos. E mesmo sem saber que a relação de uma noite só havia resultado em um filho, ele vai a São Paulo para se encontrar com Keyla sem que ela saiba.
É na festa junina do Cora Coralina, enquanto dança a quadrilha com Tato, seu noivo caipira, que a jovem vai se deparar com Deco e mal acreditará no que vê. A chegada do verdadeiro pai de seu filho vai movimentar sua vida e a de Tato também. Ele, que tem se mostrado cada vez mais apaixonado pela família que construiu, fará de tudo para manter sua relação com Keyla e o bebê.
‘Malhação: Viva a Diferença’ tem autoria de Cao Hamburger e direção artística de Paulo Silvestrini e vai ao ar logo após o ‘Vale a Pena Ver de Novo’.
Entrevista com Gabriela Medvedoviski
Após três anos da exibição original, como você avalia os amores de Keyla?
A Keyla é uma adolescente bem romântica, que idealiza bastante o amor nos padrões da princesa e o príncipe encantado, e, assim como vários adolescentes, é muito intensa. Quando gravamos a temporada, eu já estava com 25 anos e tinha outra perspectiva sobre isso, e hoje cada vez menos eu penso nesse amor romântico idealizado. Enxergo o relacionamento amoroso como uma parceria, que pode ser romântica sim, mas vai para muito além disso. Keyla sofria um julgamento cruel por ser mãe jovem, invalidando seus desejos pessoais e resumindo a sua nova vida aos cuidados com o bebê, e por isso ela precisa lutar para ter uma rotina em que consiga conciliar o Tonico com os estudos e os relacionamentos.
Qual a diferença da sua percepção da trama da Keyla naquela época para agora?
Durante as gravações estamos muito envolvidos na história e na trama das personagens. Hoje, com um certo distanciamento, vejo que algumas opiniões mudaram um pouco e que outras não mudaram nada, inclusive, se intensificaram. Hoje penso que por diversas vezes a Keyla passou por dilemas muito complexos para uma menina de 16 anos. Ela não sabia lidar com eles e tampouco as amigas conseguiam ajudá-la. Fora a pressão diária de ter de sustentar uma farsa para todos ao seu redor. Eu sigo não julgando a indecisão de uma menina de 16 anos, que quer conhecer o pai do seu filho, acho inclusive que ela passou por situações muito cruéis por conta dessa indecisão, foi colocada em situações de precisar tomar atitudes difíceis com pouca maturidade. Em alguns momentos a Keyla toma algumas decisões erradas e aprende muito com seus erros.
Como você descreve a relação dela com o Tato neste momento da trama? E a chegada de Deco?
Acho bonita a relação que ela tem com o Tato porque é uma linda parceria. Eles constroem juntos esse amor. A paixão não sustenta um relacionamento, amor é construção, é manutenção, é empatia, compreensão e talvez no auge dos seus 16 anos ela não entenda isso direito. É preciso muito mais do que paixão, e ela vai perceber isso quando o Deco chegar, porque a relação que ela tem com ele é muito mais passional. Mas ela precisa viver isso tudo para entender.
Você tem conversado com as meninas sobre a reprise? Sobre o que mais falam?
Eventualmente trocamos mensagens sobre alguma cena específica ou acontecimento. É gostoso reviver esses momentos porque foram muitos meses de gravação, então às vezes vendo uma cena nos recordamos de alguma coisa que aconteceu por trás das câmeras, ou até como estávamos pessoalmente naquele dia. Tem sido muito interessante.