Após “3%” e “Onisciente”, o criador, autor, produtor e roteirista Pedro Aguilera está desenvolvendo sua terceira série de ficção científica para a Boutique Filmes, que está sendo negociada com a plataforma de vídeo por streaming Netflix. Trata-se de “To Kill A Queen”, realizada em coprodução com a The Mediapro Studio/Wild Sheep.
Com sugênero dramático, a série “To Kill A Queen” vai contar com 8 episódios de 60 minutos cada em sua primeira temporada. A história resgata os antigos concursos machistas de beleza feminina da década de 50, só que transportados para o ano de 2025, em uma alusão ao avanço do conservadorismo hoje em dia.
Na trama, uma ex-participante de concursos de beleza cria uma competição deste tipo, sem avisar as candidatas de que elas vão se tornar ‘belas, recatadas e do lar’ sem consentimento, durante as provas do concurso, que vai eleger uma vencedora.
“Com o avanço do conservadorismo em todo o mundo, especialmente no Brasil, nada seria mais original do que criar uma realidade futurista inspirada em valores retrógrados do passado”, justifica Ram Tellem, chefe de desenvolvimento de conteúdo internacional da The Mediapro Studio/Wild Sheep, que também conta com a parceria de Erik Barmack, ex-vice presidente da plataforma de vídeo por streaming Netflix.
“O gênero distópico é um dos mais populares em outros territórios e se conecta facilmente com o público, porque mostra as contradições e dilemas do presente”, acrescenta Gustavo Mello, produtor executivo da Boutique Filmes. A empresa também está desenvolvendo outro projeto, que se trata da série “Deslize Para A Direita”.
Descrita como uma série interativa de drama, que conta com a intervenção do público-alvo, “Deslize Para A Direita” gira em torno de dois encontros marcados num aplicativo de relacionamento no celular. O primeiro encontro possui como consequência uma relação amorosa duradoura. O segundo encontro, por sua vez, termina em crime.