Casada com o oficial da Guarda Felício (Bruce Gomlevsky), um homem violento, Domitila (Agatha Moreira) tenta de todas as formas se livrar dele. Seu irmão Francisco (Alex Moreno) a apresenta para Chalaça (Romulo Estrela), que chega a São Paulo a mando de Dom Pedro I (Caio Castro) e consegue que Felício seja preso.
Comovido com a situação da jovem que sofre com o relacionamento abusivo no casamento e já envolvido pelo seu charme, o secretário do imperador se coloca à disposição para ajudar no processo da separação que pode dar a ela o direito de ser livre e viver em paz com os filhos. E, com segundas intenções, ela pede que Chalaça interceda junto a Dom Pedro para que a ajude. Seu real desejo é, na verdade, conhecer e conquistar de vez o príncipe, para a infelicidade de Leopoldina (Letícia Colin).
No entanto, para conseguir o que deseja ela ainda vai ter que enfrentar a concorrência da irmã Benedita (Larissa Bracher), que também tem interesse em Dom Pedro e ainda dá um jeito de sumir com as crianças e deixar Domitila desesperada a ponto de ir até a cadeia falar com Felício. No encontro, ele diz que não sabe onde os filhos estão e aproveita para ameaçar novamente a esposa.
Certa de que a solução para a sua vida é o encontro com o príncipe, além da aproximação com Chalaça, ela tenta convencer o irmão Francisco (Alex Morenno) a levá-la para o Rio de Janeiro com o objetivo de apoiar o imperador. Domitila não medirá esforços para chegar até o príncipe.
As cenas estão previstas para irem ao ar a partir de segunda-feira, dia 20 de abril. ‘Novo Mundo’ é escrita por Thereza Falcão e Alessandro Marson, com Duba Elia, João Brandão e Renê Belmonte e tem direção artística de Vinícius Coimbra e direção de André Câmara, João Paulo Jabur, Bruno Safadi, Guto de Arruda Botelho e Pedro Brenelli.
ENTREVISTA COM LARISSA BRACHER
Como recebeu a notícia da volta da novela?
Eu amei a Globo ter escolhido essa novela. ‘Novo Mundo’ não é só um sucesso de dramaturgia, mas é um sucesso por instruir as pessoas a entender as nossas origens, o impacto social e cultural de ter a coroa portuguesa no Brasil. É uma novela instrutiva, educativa, muito leve, sofisticada e muito engraçada. A gente aprende história do Brasil morrendo de rir.
Qual a importância dessa personagem na sua carreira?
A Benedita de Castro foi um marco da minha carreira. Eu vinha de personagens mais solares, mais leves. Ela me deu a oportunidade de fazer cenas de briga, tirania, principalmente com a Agatha Moreira, com essa irmã com quem ela disputou a atenção de Dom Pedro. Foram cenas muito fortes, de arma, derrubada de carruagem.
Qual cena gostaria de rever?
A novela é um motor de cenas inesquecíveis. Não só as que foram ao ar, mas também nos bastidores, havia um afeto enorme entre todo o elenco. Eu adoraria ver a cena que a Domitila provoca um acidente de carruagem com a Benedita. Foi um momento de muita emoção. Mas tem uma outra cena também que foi do coletivo. Eu adoraria rever a última cena em que a Anna (Isabelle Drummond) passa como se fosse um fantasma no meio de todo elenco. Enquanto a gente estava gravando essa cena, ficamos muito emocionados, seguramos muito o choro, e assim que deu “corta”, começamos a nos abraçar e cantar um hino que só quem fez a novela sabe qual é. A gente sempre coloca no nosso grupo que é sempre presente e ativo, mesmo três anos depois.
Como você acha que o público está recebendo a novela agora?
O público está recebendo da mesma maneira e receberia em qualquer momento que essa novela fosse reprisada. Ela é uma novela muito sofisticada, requintada, tem figurinos maravilhosos, uma trama espetacular, direção ágil, núcleo cômico inesquecível. Acho que compreender mais da história do Brasil é sempre um privilégio. A gente não sabe pra onde vai se não sabe de onde veio. Essa civilização brasileira e carioca é muito mostrada. A gente tem muito dessa família real chegando aqui e desse impacto social, cultural e econômico de 1808. Essa novela sempre vai ter um impacto quando as pessoas puderem se comunicar com ela. A gente aprende sobre a história do Brasil sem saber que está sendo educado.
Tem alguma característica ou algo que você aprendeu com a personagem que ficou pra sua vida?
Ela fica na minha vida no sentido de orgulho de ter feito parte desse projeto maravilhoso, de estar no meio desse elenco que admiro profundamente e orgulho de ter contado essa história do Brasil. Os autores têm um projeto muito legal de popularizar a história do Brasil e tenho muito orgulho de ter feito isso. Vejo o meu filho, agora no Ensino Fundamental, estudando a vinda da família real e fico mais orgulhosa ainda. Com ele u pouco mais velho, vou fazer questão que assista. Essa novela é pra toda família.
Quem você conheceu na novela e mantém contato até hoje?
Temos um grupo bastante ativo há três anos no WhatsApp. Falamos quase diariamente. Já me encontrei e trabalhei diversas vezes com outras pessoas do elenco. E é sempre um prazer muito grande. A gente lembra dessa novela com muito carinho. Quando se encontra, é sempre uma alegria muito grande e trocamos fotos desses encontros no grupo.
ENTREVISTA COM ALEX MORENNO
Como recebeu a notícia da edição especial da novela?
Eu fiquei muito feliz com essa ideia de trazer de volta ‘Novo Mundo’. Eu já estava ansioso para assistir ‘Nos Tempos do Imperador’, que eu sei que se passa 34 anos depois de ‘Novo Mundo’. Ter essa novela de volta agora, para a gente poder contextualizar tudo, vai ser maravilhoso. Para o público e para nós, que fizemos a novela, ter ‘Novo Mundo’’ mais uma vez é maravilhoso.
Fale um pouco sobre o Francisco.
O Francisco foi muito importante pra mim. Eu estava afastado da TV há muito tempo. Antes de ‘Novo Mundo’ tinha trabalhado numa novela no núcleo de comédia, tudo muito leve. E ser jogado para uma novela que conta a história do nosso país com um personagem que de fato existiu, é algo que te movimenta como ator, movimenta a imagem como as pessoas me veem. Me dá uma chance maior de mostrar a minha versatilidade. Acho também que o Francisco me impulsionou para o meu trabalho em ‘Órfãos da Terra’.
Qual cena gostaria de rever?
A cena que eu gostaria de rever é também a mais difícil. É uma cena que Francisco, Dom Pedro e Chalaça estão indo para o momento da declaração da independência da república, mas, antes de chegar, lá eles têm um caminho tortuoso pela frente, no meio do mato, com chuva e frio. Foi uma cena que deu trabalho gravar, nos dedicamos muito, e eu gostaria muito de rever.
Do que lembra com carinho dessa época?
Tem a ver com o momento anterior às gravações: a maneira como tudo foi conduzido nessa novela, a preparação de elenco, ver pessoas que eu nunca imaginava gravar, ser acolhido da forma que eu fui. Muita gente ficou e irei levar para o resto da vida. Isso é muito especial para mim.
Como ficou o relacionamento com a equipe?
Eu conheci pessoas nessa novela que três anos depois ainda estamos aqui. Larissa Bracher, Agatha Moreira, Guilherme Piva, Felipe Silcler, Isabela Dragão, Alice Morena… é tão difícil fazer isso porque tenho medo de não citar alguém. A gente continua tão próximo. Podemos não nos falar todos os dias mas, quando a gente se fala, o carinho é o mesmo.